Colapso
Síntese do livro A Vingança de Gaia de James Lovelock
5. Estamos tolhendo a capacidade de Gaia de regular o clima e a química da Terra
Capítulo 6 – Produtos Químicos, Alimentos e Matérias-Primas
Este capítulo serve ao autor para denunciar os malefícios praticados por um animal guerreiro, conquistador e primitivo – Homo sapiens: ‘Não faz muito tempo, estávamos certos de que a vida vegetal havia sido criada por um Deus bondoso para a comermos’.
Neste capítulo James Lovelock nos alerta enfaticamente para o risco das ações humanas contra Gaia. Diz ele à página 108: “Apossando-se maciçamente de terras para alimentar as pessoas e empesteando o ar e a água, estamos tolhendo a capacidade de Gaia de regular o clima e a química da Terra, e se continuarmos assim, corremos o risco de extinção”.
Matéria editada originalmente em 2009 nesta página, e reeditada em dezembro de 2018; foto: Iberdrola
Rui Iwersen, médico planetário
Síntese do livro A Vingança de Gaia de James Lovelock
4. Há gente demais vivendo de forma errada
Capítulo 5 – Fontes de Energia
O médico planetário James Lovelock apresenta neste capítulo várias alternativas energéticas para a humanidade, inclusive a energia atômica. Neste capítulo, o autor enfatiza a necessidade de mudança cultural e de modo de vida.
Diz ele nas páginas 77 e 103: “Como sempre, voltamos ao fato inevitável que de há gente demais vivendo de forma errada. (…) Sem mudanças drásticas no estilo de vida, teremos que continuar usando energia de combustíveis fósseis por várias décadas”.
Matéria editada originalmente em 2009 nesta página, e reeditada em dezembro de 2018; foto: Agência Brasil – EBC
Rui Iwersen, médico planetário
Síntese do livro A Vingança de Gaia de James Lovelock
3. Previsões para o Século 21
Capítulo 4 – Previsões Para o Século 21
James Lovelock refere-se ao aquecimento global, nos alerta para possíveis alterações ambientais – como o aumento do nível do mar, furacões e enchentes – e mostra crença na mitigação de suas consequências.
Diz o cientista na página 62: “Conquanto não possamos retornar ao belíssimo mundo de 1800, quando éramos apenas um bilhão, talvez sejamos capazes de atenuar as consequências do aquecimento global”.
Mas, na página 55 diz o autor em 2006: “… cientistas têm praticamente certeza de que um aumento do dióxido de carbono para 500 ppm, agora quase inevitável, será acompanhado por uma mudança profunda do clima.”
Matéria editada originalmente em 2009 nesta página, e reeditada em dezembro de 2018; foto: Época Negócios
Rui Iwersen, médico planetário
Síntese do livro A Vingança de Gaia de James Lovelock
2. História da Vida de Gaia
Capítulo 3 – História da Vida de Gaia
Nesta breve síntese deste importante livro de James Lovelock, apresento algumas informações, advertências e conselhos do autor que, com realismo científico, neste capítulo faz uma análise retrospectiva e prospectiva do planeta Terra – de seu nascimento à sua futura morte.
Diz James Lovelock nas páginas 47, 51 e 52: A vida na Terra começou há 3 ou 4 bilhões de anos. (…) Naquela época prematura, o Sol era provavelmente 25 por cento menos luminoso do que hoje. (…) Como o Sol vai ficando mais quente, o calor recebido pela Terra agora é maior do que quando a vida começou, há mais de 3 bilhões de anos. (…) Daqui a cerca de um bilhão de anos, e muito antes do fim da vida solar, o calor recebido pela Terra [hoje 1,35 quilowatts/m2] será superior a 2 quilowatts por metro quadrado, mais do que a Gaia que conhecemos consegue suportar. Ela morrerá de superaquecimento.
Matéria editada originalmente em 2009 nesta página e reeditada em dezembro de 2018; foto: Stoodi
Rui Iwersen, médico planetário
Síntese do livro A Vingança de Gaia de James Lovelock
1. O Estado da Terra
The revenge of Gaia, o livro do médico planetário James Lovelock editado no Brasil com o título A Vingança de Gaia, oferece muito material para a compreensão de nosso planeta e de sua dinâmica e, portanto, importantes informações para nossas necessárias reflexões e ações ecológicas. Nesta breve síntese deste importante livro de James Lovelock, apresento algumas informações, advertências e conselhos do autor.
Capítulo 1 – O Estado da Terra
Neste capítulo inicial, James Lovelock apresenta Gaia, o sofrimento da ‘Terra viva’, e os riscos para a humanidade e para a civilização – uma possível ‘nova Idade Média’, ou pior.
Diz ele nas páginas 15 e 23: “O que torna diferente este livro é que eu falo como um médico planetário cujo paciente, a Terra viva, se queixa de febre. Vejo o declínio da saúde da Terra como a nossa preocupação mais importante, nossas próprias vidas dependendo de uma Terra sadia (…) As perspectivas são sombrias, e, ainda que consigamos reagir com sucesso, passaremos por tempos difíceis. (…) O que está em risco é a civilização”.
Matéria editada originalmente em 2009 nesta página e reeditada em dezembro de 2018
Rui Iwersen, médico planetário
O desafio ecológico nº 22
O gênero humano tem agora pelo menos três inimigos comuns – guerra nuclear, mudança climática e disrupção tecnológica
22º e último artigo desta Série de GaiaNet inspirada no Capítulo 7 do livro 21 lições para o século 21 de Yuval Noah Hararari – Nacionalismo; Problemas globais exigem respostas globais.
Enquanto o mundo permanecer dividido em nações rivais será muito difícil superar simultaneamente os três desafios [ecológico, tecnológico e genético] – e o fracasso em uma única dessas frentes pode se mostrar catastrófico.
Para concluir, a onda nacionalista que varre o mundo não pode fazer o relógio recuar para 1939 ou 1914. A tecnologia mudou tudo ao criar um conjunto de ameaças existenciais globais que nenhuma nação é capaz de resolver sozinha.
Um inimigo comum é o melhor catalisador para a formação de uma identidade comum, e o gênero humano tem agora pelo menos três desses inimigos – guerra nuclear, mudança climática e disrupção tecnológica. Se apesar dessas ameaças comuns os humanos privilegiarem suas lealdades nacionais particulares acima de tudo, os resultados serão muito piores que os de 1914 e 1939.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, páginas 160 e 161. Foto: Jornal da USP, guerra da Russia na Ucrânia
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 21
Países que se esforçam por ultrapassar as conquistas tecnológicas de seus rivais acharão difícil concordar com um plano comum para deter a mudança climática
Assim como desafios diferentes tendem a se reforçar reciprocamente, também a boa vontade necessária para enfrentar um desafio pode ser corrompida devido a problemas em outra frente.
Países envolvidos em competição armamentista não são propensos a concordar com restrições ao desenvolvimento de Inteligência Artificial, e países que se esforçam por ultrapassar as conquistas tecnológicas de seus rivais acharão muito difícil concordar com um plano comum para deter a mudança climática.
Enquanto o mundo permanecer dividido em nações rivais será muito difícil superar simultaneamente os três desafios [ecológico, tecnológico e genético] – e o fracasso em uma única dessas frentes pode se mostrar catastrófico.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, página 160. Foto: Blog WayCarbon, fotos da NASA
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 20
As mudanças climáticas e as disrupções tecnológicas podem aumentar o perigo de guerras apocalípticas
(…) o ritmo do desenvolvimento tecnológico disparou porque as nações envolvidas em uma guerra total mandaram a cautela e a economia para o espaço e investiram imensos recursos em todo tipo de projetos audaciosos e fantásticos. (…)
Da mesma forma, as nações, ante um cataclismo climático, poderiam ficar tentadas a investir suas esperanças em apostas tecnológicas desesperadas. O gênero humano tem muitas e sofisticadas dúvidas quanto à Inteligência Artificial e à bioengenharia, mas em tempos de crise as pessoas fazem coisas arriscadas.
O que quer que você pense quanto a regular tecnologias disruptivas, pergunte a si mesmo se é provável que essas regulações se mantenham mesmo que a mudança climática cause escassez de alimentos, inunde cidades em todo o mundo e obrigue centenas de milhões de refugiados a cruzar fronteiras.
As disrupções tecnológicas, por sua vez, poderiam aumentar o perigo de guerras apocalípticas não só ao acirrar as tensões globais, mas também ao desestabilizar o equilíbrio do poder nuclear.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, páginas 159 e 160. Foto: Hypeness
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 19
A mudança climática pode vir a desempenhar a mesma função das duas guerras mundiais
À medida que a crise ecológica se aprofunda, o desenvolvimento de tecnologias de alto risco e alto ganho provavelmente só vai acelerar.
Na verdade, a mudança climática pode vir a desempenhar a mesma função das duas guerras mundiais. Entre 1914 e 1918, e novamente entre 1939 e 1945, o ritmo do desenvolvimento tecnológico disparou porque as nações envolvidas em uma guerra total mandaram a cautela e a economia para o espaço e investiram imensos recursos em todo tipo de projetos audaciosos e fantásticos.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, página 159. Foto: Dom Total
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 18
À medida que a crise ecológica se aprofunda, o desenvolvimento de tecnologias provavelmente vai acelerar
Cada um desses três problemas – guerra nuclear, colapso ecológico e disrupção tecnológica – é suficiente para ameaçar o futuro da civilização. Mas, tomados em conjunto, eles se somam a uma crise existencial sem precedente, em especial porque provavelmente irão se reforçar e recompor mutuamente.
Por exemplo, mesmo que a crise ecológica ameace a sobrevivência da civilização humana como a conhecemos, é improvável que detenha o desenvolvimento da Inteligência artificial e da bioengenharia.
Se você está contando com elevação dos oceanos, a constante diminuição no suprimento de alimentos e as migrações em massa para desviar nossa atenção dos algoritmos e dos genes, pense novamente. À medida que a crise ecológica se aprofunda, o desenvolvimento de tecnologias de alto risco e alto ganho provavelmente só vai acelerar.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, páginas 158 e 159. Foto: FIA
Rui Iwersen, médico planetário, de Recife, Pernambuco
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O desafio ecológico nº 17
Ainda compartilhamos com neandertais e chimpanzés a maior parte de nossas estruturas corporais, habilidades físicas e faculdades mentais
Depois de 4 bilhões de anos de vida orgânica evoluindo por seleção natural, a ciência está nos levando à era da vida inorgânica configurada por design inteligente.
Neste processo, o Homo sapiens provavelmente desaparecerá. Ainda somos macacos da família dos hominídeos. Ainda compartilhamos com neandertais e chimpanzés a maior parte de nossas estruturas corporais, habilidades físicas e faculdades mentais. Não só nossas mãos, olhos e cérebro são distintamente hominídeos como também nosso amor, nossa paixão, nossa raiva e nossos vínculos sociais.
Dentro de um ou dois séculos, a combinação de biotecnologia e Inteligência Artificial poderá resultar em traços corporais, físicos e mentais que se libertem completamente do molde hominídeo. Alguns acreditam que a consciência poderia até mesmo ser dissociada de toda estrutura orgânica, e surfar pelo ciberespaço livre de todas as restrições biológicas e físicas
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio tecnológico, página 158. Foto: G1 – Globo
Rui Iwersen, médico planetário, de Fortaleza, Ceará
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O desafio ecológico nº 16
Devemos evitar a guerra nuclear e o colapso ecológico
Para evitar uma corrida ao fundo do poço, o gênero humano provavelmente vai precisar de algum tipo de identidade e lealdade global. Além disso, enquanto a guerra nuclear e a mudança climática ameaçam apenas a sobrevivência física do gênero humano, tecnologias disruptivas podem mudar a própria natureza da humanidade, e estão entrelaçadas com as mais profundas crenças éticas e religiosas humanas.
Enquanto todos concordam que devíamos evitar a guerra nuclear e o colapso ecológico, as pessoas têm opiniões muito diferentes quanto ao uso da bioengenharia e da Inteligência Artificial para aprimorar os humanos e criar novas formas de vida.
Se o gênero humano não conseguir conceber e administrar diretrizes éticas globalmente aceitas, estará aberta a temporada para o dr. Frankenstein.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio tecnológico, página 157. Foto: Iberdrola
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 15
A fusão de tecnologia da informação com a biotecnologia abre a porta para um leque de cenários apocalípticos
Como não existe uma resposta nacional ao problema do aquecimento global, alguns políticos nacionalistas preferem acreditar que o problema não existe. É provável que a mesma dinâmica estrague qualquer antídoto nacionalista à terceira ameaça existencial do século XXI: a disrupção tecnológica.
Como vimos em capítulos anteriores, a fusão de tecnologia da informação com a biotecnologia abre a porta para uma cornucópia de cenários apocalípticos, que vão desde ditaduras digitais até a criação de uma classe global de inúteis. Qual é a resposta nacionalista a essas ameaças?
Não existe uma resposta nacionalista. Como no caso da mudança climática, também na disrupção tecnológica o Estado-nação é simplesmente o contexto errado para enfrentar a ameaça. Uma vez que pesquisa e desenvolvimento não são monopólio de nenhum país, nem mesmo uma superpotência como os Estados Unidos pode restringi-los a si mesma.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio tecnológico, páginas 156 e 157. Foto: Blog Gestão de Segurança Privada
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 14
O ceticismo quanto à mudança climática tende a ser exclusivo da direita nacionalista
Uma bomba atômica é uma ameaça tão óbvia e imediata que ninguém pode ignorá-la. O aquecimento global, em contraste, é uma ameaça mais vaga e prolongada. Daí que, sempre que considerações ambientais de longo prazo exigem algum sacrifício, nacionalistas podem ser tentados a pôr interesses nacionais em primeiro lugar, e se tranquilizam dizendo que podem se preocupar com o meio ambiente mais tarde, ou deixar isso para pessoas de outros lugares. Ou então podem simplesmente negar a existência do problema.
Não é coincidência que o ceticismo quanto à mudança climática tende a ser exclusivo da direita nacionalista. Raramente veem-se socialistas ou a esquerda proclamar que “a mudança climática é um embuste chinês”. Como não existe uma resposta nacional ao problema do aquecimento global, alguns políticos nacionalistas preferem acreditar que o problema não existe.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 156. Foto: Conexão Planeta
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 13
Nacionalistas talvez sejam míopes e autocentrados demais para avaliar o perigo
Rússia, Irã e Arábia Saudita dependem da exportação de petróleo e gás. Suas economias entrarão em colapso se o petróleo e o gás de repente derem lugar ao sol e vento. Consequentemente, enquanto algumas nações, como China, Japão e Kiribati provavelmente farão forte pressão para a redução das emissões de carbono o mais cedo possível, outras nações, como a Rússia e o Irã, podem ficar muito menos entusiasmadas.
Mesmo em países suscetíveis a grandes perdas com o aquecimento global, como os estados Unidos, nacionalistas talvez sejam míopes e autocentrados demais para avaliar o perigo. Um exemplo pequeno, porém eloquente, foi dado em janeiro de 2018 [era Trump], quando os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 30% sobre painéis solares de fabricação estrangeira, preferindo apoiar produtores americanos mesmo ao preço de retardar a mudança para a energia renovável.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 155 e 156. Foto: Superinteressante
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 12
O aquecimento global provavelmente terá impacto diferente em diferentes nações
O aquecimento global, em contraste, provavelmente terá impacto diferente em diferentes nações. Alguns países, notadamente a Rússia, podem se beneficiar dele.(…) Enquanto temperaturas mais altas provavelmente transformariam a China num deserto, elas podem simultaneamente fazer a Sibéria o celeiro do mundo. (…)
Da mesma forma, é provável que a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia seja mais atraente para alguns países do que para outros. China, Japão e Coreia do Sul dependem da importação de enormes quantidades de petróleo e gás. Ficarão felizes de se livrar desse fardo. Rússia, Irã e Arábia Saudita dependem da exportação de petróleo e gás. Suas economias entrarão em colapso se o petróleo e o gás de repente derem lugar ao sol e vento.
Consequentemente, enquanto algumas nações (…) farão forte pressão para a redução das emissões de carbono o mais cedo possível, outras nações, como a Rússia e o Irã, podem ficar muito menos entusiasmadas.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 155 e 156. Foto: R7 Tecnologia e Ciência
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 11
Alguns países, notadamente a Rússia, podem se beneficiar do aquecimento global
O isolacionismo nacionalista talvez seja mais perigoso no contexto de mudança climática do que no contexto de uma guerra nuclear. Uma guerra nuclear em escala mundial ameaçaria destruir todas as nações, e assim todas as nações têm interesse em evitá-la.
O aquecimento global, em contraste, provavelmente terá impacto diferente em diferentes nações. Alguns países, notadamente a Rússia, podem se beneficiar dele. A Rússia tem poucos ativos em seu litoral, daí estar muito menos preocupada que a China ou o Kiribati quanto à elevação do nível do mar. E enquanto temperaturas mais altas provavelmente transformariam a China num deserto, elas podem simultaneamente fazer a Sibéria o celeiro do mundo.
Além disso, enquanto o gelo derrete no extremo norte, as rotas no mar Ártico dominado pela Rússia podem tornar-se a artéria do comercio global, e Kamchatka poderá substituir Cingapura como o entroncamento do mundo.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 155. Foto: Revista Galileu – Globo
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O desafio ecológico nº 10
Quando se trata de clima, os países não são soberanos
Há, portanto, muitas coisas que governos, corporações e indivíduos podem fazer para evitar a mudança climática. Mas para que sejam eficazes devem ser feitas num nível global. Quando se trata de clima, os países simplesmente não são soberanos. Estão à mercê de ações realizadas por pessoas no outro lado do planeta.
A República de Kiribati – uma nação insular no oceano Pacífico – pode reduzir sua emissão de gás de efeito estufa a zero, e assim mesmo ficar submersa com a elevação das águas se outros países não seguirem seu exemplo. O Chade pode pôr painéis solares em todos os telhados do país e ainda assim tornar-se um deserto árido devido às políticas ambientais irresponsáveis de estrangeiros longínquos.
Até mesmo nações poderosas como China e Japão não são soberanas no que concerne à ecologia. Para proteger Xangai, Hong Kong e Tóquio de inundações e tufões destrutivos, chineses e japoneses terão de convencer os governos russo e americano a abandonar seu comportamento tradicional.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 154 e 155. Foto: DomTotal
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 9
O desenvolvimento tecnológico pode ajudar a impedir o colapso ecológico
… o primeiro hambúrguer limpo foi criado a partir de células – e depois comido – em 2013. Custou 330 dólares. Quatro anos de pesquisa e desenvolvimento trouxeram o preço para onze dólares por unidade, e dentro de mais uma década espera-se que a carne limpa produzida industrialmente seja mais barata do que a carne abatida.
Esse desenvolvimento tecnológico pode salvar bilhões de animais de uma vida de miséria abjeta, ajudar a alimentar bilhões de humanos malnutridos e ao mesmo tempo ajudar a impedir o colapso ecológico.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 154. Foto: iStock
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O desafio ecológico nº 8
A prosperidade crescente de países vai piorar a pressão sobre o meio ambiente
A pressão sobre o meio ambiente provavelmente vai piorar à medida que a prosperidade crescente de países como China e Brasil permitir que centenas de milhões deixem de comer apenas batatas e passem a comer carne regularmente.
Seria difícil convencer chineses e brasileiros – isso sem mencionar americanos e alemães – a parar de comer bifes, hambúrgueres e salsichas. Mas e se os engenheiros fossem capazes de encontrar uma maneira de produzir carne a partir de células? Se quiser um hambúrguer, crie só um hambúrguer, em vez de criar e abater uma vaca inteira (e transportar a carcaça por milhares de quilômetros).
Isso pode soar como ficção científica, mas o primeiro hambúrguer limpo foi criado a partir de células – e depois comido – em 2013.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 154. Foto: Tecnologia no Campo
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O desafio ecológico nº 7
A indústria da carne também é uma das causas do aquecimento global
Inovações tecnológicas podem ser úteis em muitos outros campos além da energia. Considere, por exemplo, o potencial de desenvolver uma “carne limpa”.
Atualmente a indústria da carne não só inflige imenso sofrimento a bilhões de seres sencientes como também é uma das causas do aquecimento global, um dos principais consumidores de antibióticos e veneno e um dos maiores poluidores do ar, da terra e da água.
Segundo um relatório de 2013 da Institution of Mechanical Engineers, são necessários 15 mil litros de água fresca para produzir um quilograma de carne bovina, comparados com 287 litros para produzir um quilograma de batatas.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 153 e 154. Foto: Portal das Missões
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O desafio ecológico nº 6
Dispomos de muito pouco tempo para nos desapegar dos combustíveis fósseis
Quando esse ciclo ultrapassar um limiar crítico, ele vai criar um impulso próprio irresistível, e todo o gelo das regiões polares derreterá mesmo que os humanos parem de queimar carvão, petróleo e gás. Por isso não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos. É crucial que façamos algo quanto a isso agora.
Infelizmente, em 2018, em vez de haver uma redução na emissão de gás de efeito estufa, a taxa global de emissão está aumentando. [e já estamos em 2022 e continua igual ou pior]
a humanidade dispõe de muito pouco tempo para se desapegar dos combustíveis fósseis. Temos de começar a desintoxicação hoje. Não no ano que vem ou no mês que vem, mas hoje.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 152 e 153. Foto: Climainfo
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O desafio ecológico nº 5
Não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos
Essas mudanças, por sua vez, vão desmantelar a produção agrícola, inundar cidades, tornar grande parte do mundo inabitável e despachar centenas de milhões de refugiados em busca de novos lares.
Além disso, estamos nos aproximando rapidamente de um certo número de pontos de inflexão além dos quais mesmo uma queda dramática na emissão de gases de efeito estufa não será suficiente para reverter essa tendência e evitar uma tragédia de abrangência mundial. Por exemplo, à medida que o aquecimento global derrete os mantos de gelo polar, menos luz solar é refletida do planeta Terra para o espaço. Isso quer dizer que o planeta estará absorvendo mais calor, as temperaturas se elevarão ainda mais e o gelo derreterá ainda mais rapidamente.
Quando esse ciclo ultrapassar um limiar crítico, ele vai criar um impulso próprio irresistível, e todo o gelo das regiões polares derreterá mesmo que os humanos parem de queimar carvão, petróleo e gás. Por isso não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos. É crucial que façamos algo quanto a isso agora.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 152 e 153. Foto: Mata Nativa
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O desafio ecológico nº 4
A mudança climática é uma realidade presente
Mesmo que a civilização se adapte posteriormente às novas condições, quem sabe quantas vítimas perecerão no processo de adaptação?
Este experimento aterrorizante já foi acionado. Ao contrário de uma guerra nuclear – que é um futuro potencial – , a mudança climática é uma realidade presente. Existe um consenso científico de que as atividades humanas, particularmente a emissão de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono, estão fazendo o clima da terra mudar num ritmo assustador.
Ninguém sabe exatamente quanto dióxido de carbono podemos continuar lançando na atmosfera sem desencadear um cataclismo irreversível. Mas nossas melhores estimativas científicas indicam que a menos que cortemos dramaticamente a emissão de gases de efeito estufa nos próximos vinte anos, a temperatura média global se elevará em 2º C, o que resultará na expansão de desertos, no desaparecimento das calotas de gelo, na elevação dos oceanos e em maior recorrência de eventos climáticos extremos, como furacões e tufões.
Essas mudanças, por sua vez, vão desmantelar a produção agrícola, inundar cidades, tornar grande parte do mundo inabitável e despachar centenas de milhões de refugiados em busca de novos lares.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 152. Foto: Sustentável
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 3
O curso atual da história poderá solapar os fundamentos da civilização humana
Se continuarmos no curso atual, isso não apenas causará a aniquilação de um grande percentual de todas as formas de vida como poderá também solapar os fundamentos da civilização humana.
A ameaça maior é a mudança climática. Os humanos existem há centenas de milhares de anos, e sobreviveram a inúmeras idades do gelo e ondas de calor. No entanto, a agricultura, as cidades e as sociedades complexas existem a menos de 10 mil anos.
Durante esse período, conhecido como Holoceno, o clima da Terra tem sido relativamente estável. Qualquer desvio dos padrões do Holoceno apresentará às sociedades humanas desafios enormes com as quais nunca se depararam. Será como fazer um experimento em aberto com bilhões de cobaias humanas.
Mesmo que a civilização se adapte posteriormente às novas condições, quem sabe quantas vítimas perecerão no processo de adaptação?
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, páginas 151 e 152. Foto: Brasil Escola – UOL
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 2
Homo sapiens está se transformando num assassino em massa ecológico
Como resultado das atividades humanas, hábitats são degradados, animais e plantas são extintos e ecossistemas inteiros, como a Grande Barreira de Corais australiana [foto] e a Floresta Amazônica, podem ser destruídos.
Durante milhares de anos o Homo sapiens comportou-se como um assassino em série ecológico; agora está se metamorfoseando num assassino em massa ecológico. Se continuarmos no curso atual, isso não apenas causará a aniquilação de um grande percentual de todas as formas de vida como poderá também solapar os fundamentos da civilização humana.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, 4ª impressão, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 151. Foto: Exame
Rui Iwersen, médico planetário
#DesmatamentoNão
#ReflorestamentoSim
#DesmatamentoNãoReflorestamentoSim
#FlorestaValeMaisEmPéDoQueQueimada
O Desafio Ecológico nº 1
Nós rompemos o delicado equilíbrio ecológico da Terra
Primeiro de uma série de 22 artigos baseados no último livro de Yuval Harari, verdadeiros 22 toques para 2022
Não temos nem sequer ideia das dezenas de milhares de maneiras com que rompemos o delicado equilíbrio ecológico que se configurou ao longo de milhões de anos.
Considere, por exemplo, o uso de fosfato como fertilizante. Em pequenas quantidades é um nutriente essencial para o crescimento de plantas. Mas em quantidades excessivas torna-se tóxico. A agricultura industrial moderna baseia-se em fertilizar artificialmente os campos com muito fosfato, mas a grande quantidade de fosfato que escorre das fazendas vai envenenar rios, lagos e oceanos, com impacto devastador na vida marinha. Um agricultor que cultiva milho em Iowa pode estar inadvertidamente matando peixes no golfo do México.
Como resultado dessas atividades, hábitats são degradados, animais e plantas são extintos e ecossistemas inteiros, como a Grande Barreira de Corais australiana e a Floresta Amazônica, podem ser destruídos.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, 4ª impressão, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 151. Foto: Mundo Educação – UOL
Rui Iwersen, médico planetário
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O Desafio Ecológico
O historiador israelense Yuval Noah Harari, autor dos livros Sapiens e Homo deus, escreveu em 2018 seu último livro editado no Brasil: “21 lições para o século 21“. Da Parte II de seu livro – O desafio político – selecionei 22 pequenos textos que são verdadeiros alertas e conselhos para os desafios que a humanidade deverá enfrentar neste século, e que serão editados semanalmente, a partir do dia 29 de janeiro, na página Colapso e, por vezes, em outras páginas de GaiaNet, e em suas páginas do Facebook e Instagram.
Do capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais – extrai e apresentarei uma série de pequenos textos do que ele chamou “O desafio ecológico“. Diz Harari na introdução deste sub capítulo:
“Além da guerra nuclear, nas próximas décadas o gênero humano vai enfrentar uma nova ameaça existencial que os radares políticos mal registravam na década de 1960: o colapso ecológico. Os humanos estão desestabilizando a biosfera global em múltiplas frentes. Estamos extraindo cada vez mais recursos do meio ambiente, e despejando nele quantidades enormes de lixo e veneno, mudando a composição do solo, da água e da atmosfera.”
Boa leitura e bom proveito das informações de Harari – que vão da constatação à solução – para nossas lutas de enfrentamento ao desafio ecológico.
Rui Iwersen, médico planetário, editor de GaiaNet.
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