Reflexões ecológicas
Freud explica nº 2
A Religião nº 1
Wundt descreve o tabu como o código de leis não escrito mais antigo do homem. É suposição geral que o tabu é mais antigo que os deuses e remonta a um período anterior à existência de qualquer espécie de religião. (página 32)
A punição pela violação de um tabu era, sem dúvida, originalmente deixada a um agente interno automático: o próprio tabu violado se vingava. Quando, numa fase posterior, surgiram as idéias de deuses e espíritos, com os quais os tabus se associaram, esperava-se que a penalidade proviesse automaticamente do poder divino. (página 34)
Nem o medo nem os demônios podem ser considerados pela psicologia como as coisas mais primitivas, impenetráveis a qualquer tentativa de descobrimento de seus antecedentes. A coisa seria diferente se os demônios realmente existissem. Mas sabemos que, como os deuses, eles são criações da mente humana: foram feitos por algo e de algo. (página 38)
Sigmund Freud, Totem e Tabu, 1913; Rio de Janeiro, Imago Editora, 1974
Rui Iwersen
Darwin tinha razão nº 4
Ancestral comum
Finalmente, a respeito de minhas próprias observações [sobre a expressão das emoções nos animais], posso dizer que as iniciei no ano de 1838; e, daquela época até hoje [1872], dediquei-me ocasionalmente ao assunto. Naquela data, já me encontrava inclinado a acreditar no princípio da evolução, ou da origem das espécies a partir de outras formas inferiores. (página 28)
A partilha de certas expressões por espécies diferentes ainda que próximas, como na contração dos mesmos músculos faciais durante o riso pelo homem e por vários grupos de macacos, torna-se mais inteligível se acreditarmos que ambos descendem de um ancestral comum. (página 22)
Charles Darwin, A expressão das emoções no homem e nos animais, 1872, São Paulo, Companhia das Letras, 2000
Rui Iwersen
Darwin tinha razão nº 3
Alimentos diferentes podem originar bicos diferentes entre pássaros
Na década de 1870 Darwin teorizou que alimentos diferentes poderiam originar bicos diferentes entre pássaros machos e fêmeas; os beija-flores de pescoço roxo [com línguas mais longas] são a prova de que ele estava certo.
NatGeo Wild – canal 533 da Net; Beija-flores – magia no ar; 05 de maio de 2012
Rui Iwersen
Freud explica nº 1
A agressividade nº 1
O elemento de verdade por trás disso tudo, elemento que as pessoas estão tão dispostas a repudiar, é que os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e que, no máximo, podem defender-se quando atacadas; pelo contrário, são criaturas entre cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade.
Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, não apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual, mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, tortura-lo e mata-lo. Homo homini lupus [O homem é o lobo do homem]. Quem, em face de toda sua experiência da vida e da história, terá a coragem de discutir essa asserção?
Via de regra, essa cruel agressividade espera por alguma provocação, ou se coloca a serviço de algum outro intuito, cujo objetivo também poderia ter sido alcançado por medidas mais brandas. Em circunstâncias que lhe são favoráveis, quando as forças mentais contrárias que normalmente a inibem se encontram fora de ação, ela também se manifesta espontaneamente e revela o homem como uma besta selvagem, a quem a consideração para com sua própria espécie é algo estranho. (página 71)
A existência da inclinação para a agressão, que podemos detectar em nós mesmos e supor com justiça que ela está presente nos outros, constitui o fator que perturba nossos relacionamentos com o nosso próximo e força a civilização a um tão elevado dispêndio de energia. Em consequência dessa mútua hostilidade primária dos seres humanos, a sociedade civilizada se vê permanentemente ameaçada de desintegração. (página 72)
Freud, 1930, O Mal-Estar na Civilização; Imago Editora Ltda, Rio de Janeiro, 1974
Rui Iwersen
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4 Comments to “ Reflexões ecológicas”
Olá Maduca.
Assim como eu, talvez outros demorem a perceber que teu nome, escrito em vermelho em teu comentário, é o link de teu site.
Aproveito esta autocrítica e estas reflexões para divulgar teu link e recomendar teu site (que eu visitei e gostei). Importantes e graves as revelações sobre a história e as estratégias da sociedade capitalista de consumo (tão nefasta para o meio ambiente) mostradas e documentadas no vídeo sobre “obsolescência programada”.
Continuo com a opinião de que deverias, sempre que possivel e conveniente, divulgar o endereço eletrônico de teu site, o que poderia facilitar o acesso dos interessados.
Abraço.
Rui
Oi. Visite o meu blog de design ecológico; já coloquei um
link para vocês em meio ambiente. Abraço. Maduca.
Oi Maduca.
No teu comentário a Gaianet tu não deste o nome e o endereço do teu site. Por favor, apresente para mim e para os leitores de GaiaNet o endereço eletrônico de teu blog. Seria bom e importante para nós visitarmos o teu site e lermos, vermos e aprendermos mais sobre design ecológico.
Obrigado pelo vínculo com GaiaNet.
Abraço.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Olá Rui… Gostei muito do seu trabalho… E de como voce traz as informações… Parabéns!
Estou linkando este espaço no blogue 365 Atos… Um grande abraço.