Reflexões ecológicas
Freud explica nº 8
A Religião nº 5
“Reminiscências linguísticas comprovam que a parte do sacrifício atribuída ao deus era a princípio considerada como sendo, literalmente, o seu alimento.
À medida que a natureza dos deuses tornava-se progressivamente menos material, essa concepção transformou-se num empecilho e foi evitada, atribuindo-se à deidade apenas a parte líquida da refeição. Posteriormente, o uso do fogo, que fez com que a carne do sacrifício sobre os altares se elevasse em fumaça, forneceu um método de lidar com o alimento humano mais apropriado à natureza divina.
A oferenda de bebida consistia originalmente no sangue da vítima animal, substituído mais tarde por vinho. Nos tempos antigos, o vinho era considerado ‘o sangue da uva’ e foi assim descrito por poetas modernos.” [Robertson Smith, 1894]
Sigmund Freud, Totem e Tabu, 1913; Rio de Janeiro, Imago Editora, 1974; página 155
Rui Martins Iwersen
Darwin Tinha Razão nº 8
Consciência animal
No último numero da revista Galileu (edição 265; agosto de 2013), ainda nas bancas, entre outros bons artigos, me interessou especialmente a matéria de capa sobre Consciência Animal, um recomendável artigo sobre ciência, evolução, consciência animal, emoções animais e “direito dos bichos não sofrerem”.
Porém, nesta matéria há uma informação diferente da que eu tenho sobre os estudos e as contribuições de Darwin sobre o assunto. No quadro O Caminho da Consciência Animal, na página 43, por exemplo, o autor diz que “Na visão de Darwin (…) a mente consciente seria algo dotado somente aos seres humanos”, e que “os primeiros estudos sobre consciência nos animais surgiram na década de 80 [provavelmente do século XX] a partir de experimentos com o famoso teste do espelho (…) pelo psicólogo Gordon Gallup”.
Para alertar sobre esta provável falha do autor, enviei à revista Galileu as seguintes informações sobre as descobertas de Darwin sobre consciência animal na segunda metade do século XIX e, pelo que podemos ver, e no que convém crer, comprovadas nos séculos XX e XXI:
1. Em 1872 Darwin publicou seu livro A expressão das emoções no homem e nos animais, editado no Brasil pela Companhia das Letras, onde ele descreve, além de outras experiências e descobertas sobre animais e plantas, suas observações e conclusões do Teste do Espelho (ou Teste do Batom) aplicado a macacos e a crianças;
2. O canal Curta! (canal 113 da Net) apresentou, no dia 3 de agosto, o programa No Jardim de Darwin – Sobre Macacos e Homens, e mostrou os experimentos, inclusive o Teste do Espelho, e as conclusões de Darwin sobre o grau de ‘consciência de si’ em macacos e em crianças de um e de dois anos;
3. O blog GaiaNet – gaianet.com, que eu edito desde 2009, desde junho de 2013 vem apresentando o quadro Darwin tinha razão!. O último número deste quadro, Darwin tinha razão nº 7 – Sobre macacos e homens, foi editado no dia 5 de agosto em algumas páginas do blog. Esta matéria de GaiaNet é uma síntese do programa No jardim de Darwin – Sobre Macacos e Homens do canal Curta!, que mostrou e confirmou algumas das experiências e descobertas de Darwin sobre consciência animal e sobre a evolução da vida na Terra.
Rui Martins Iwersen
Freud Explica nº 7
A Agressividade nº 3
Evidentemente, não é fácil aos homens abandonar a satisfação dessa inclinação para a agressão. Sem ela, eles não se sentem confortáveis. A vantagem que um grupo cultural, comparativamente pequeno, oferece, concedendo a esse instinto um escoadouro sob a forma de hostilidade contra intrusos, não é nada desprezível.
É sempre possível unir um considerável número de pessoas no amor, enquanto sobrarem outras pessoas para receberem as manifestações de sua agressividade. (página 74)
Quando, outrora, o Apóstolo Paulo postulou o amor universal entre os homens como o fundamento de sua comunidade cristã, uma extrema intolerância por parte da cristandade para com os que estavam fora dela tornou-se uma consequência inevitável.
Para os romanos, que não fundaram no amor sua vida comunal como Estado, a intolerância religiosa era algo estranho, embora, entre eles, a religião fosse do interesse do Estado e este se achasse impregnado dela. Tampouco constitui uma possibilidade inexequível que o sonho de um domínio mundial germânico exigisse o anti-semitismo como seu complemento… (página 75)
Sigmund Freud, 1930, O Mal-Estar na Civilização; Imago Editora Ltda, Rio de Janeiro, 1974
Rui Martins Iwersen
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4 Comments to “ Reflexões ecológicas”
Olá Maduca.
Assim como eu, talvez outros demorem a perceber que teu nome, escrito em vermelho em teu comentário, é o link de teu site.
Aproveito esta autocrítica e estas reflexões para divulgar teu link e recomendar teu site (que eu visitei e gostei). Importantes e graves as revelações sobre a história e as estratégias da sociedade capitalista de consumo (tão nefasta para o meio ambiente) mostradas e documentadas no vídeo sobre “obsolescência programada”.
Continuo com a opinião de que deverias, sempre que possivel e conveniente, divulgar o endereço eletrônico de teu site, o que poderia facilitar o acesso dos interessados.
Abraço.
Rui
Oi. Visite o meu blog de design ecológico; já coloquei um
link para vocês em meio ambiente. Abraço. Maduca.
Oi Maduca.
No teu comentário a Gaianet tu não deste o nome e o endereço do teu site. Por favor, apresente para mim e para os leitores de GaiaNet o endereço eletrônico de teu blog. Seria bom e importante para nós visitarmos o teu site e lermos, vermos e aprendermos mais sobre design ecológico.
Obrigado pelo vínculo com GaiaNet.
Abraço.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Olá Rui… Gostei muito do seu trabalho… E de como voce traz as informações… Parabéns!
Estou linkando este espaço no blogue 365 Atos… Um grande abraço.