Colapso
Bahia, Ilhéus e Golfo do México
Em 2007, quando viajei pela última vez pela Bahia, uma das imagens que mais me marcou foi uma vista de uma bela área de Mata Atlântica, com coqueiros, praia e mar ao fundo, nos arredores de Ilhéus. Hoje, quando tive notícias da Bahia pela última vez, uma das imagens que mais me marcou foi ver aquela mesma praia de Ilhéus, aquele mesmo mar e aquela mesma floresta ameaçados pelo projeto de construção de um porto e de uma ferrovia.
Em defesa do meio ambiente, e contra os explícitos interesses mercantilistas, especialmente do comércio e da hotelaria, os ambientalistas de Ilhéus e da Bahia estão mobilizados e lutando para evitar este projeto e seus possíveis danos ecológicos para a região, para Ilhéus, para a Bahia, para a Mata Atlântica e para o Oceano Atlântico.
Para ilustrar uma possibilidade futura para a região de Ilhéus, além do dano ambiental imediato para a fauna, para a flora, para o turismo e para a sustentabilidade regional em geral, uma notícia da América do Norte, mais especificamente, do Golfo do México: o Presidente dos Estados Unidos classificou o atual desastre ambiental no Golfo do México como “o 11 de setembro do meio ambiente”. Felizmente, o Presidente dos Estados Unidos aproveitou a situação para intensificar sua luta por energia limpa e renovável em seu país.
Rui Iwersen
MG, PR e SC [Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina] lideram desmatamento da Mata Atlântica
A sexta edição do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” revelou que, de 2008 até maio de 2010, dos nove Estados analisados, os que possuem desflorestamento mais crítico são Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que perderam 12.524, 2.699 e 2.149 hectares, respectivamente. O atlas foi divulgado hoje pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), compreendendo a análise de 94.912.769 hectares. Aos números do desflorestamentos dos Estados já citados somam-se outros 1.897 hectares no Rio Grande do Sul, 743 em São Paulo, 315 no Rio de Janeiro, 161 em Goiás, 160 no Espírito Santo e 154 no Mato Grosso do Sul, totalizando 20.867 hectares de floresta nativa cortada.
No que se refere ao desmatamento dos ecossistemas costeiros, dos nove Estados avaliados, São Paulo foi o único a perder 65 hectares de vegetação de restinga. Em Minas Gerais, o índice de desmatamento anual aumentou em 15% – no último levantamento, era de 10.909 hectares, e os dados de 2008-2010 revelam desmatamento de 12.524 hectares. Minas possuía originalmente 46% do seu território (27.235.854 ha) cobertos pelo Bioma Mata Atlântica. (…) No Paraná, apesar de o desflorestamento ainda continuar, o ritmo anual diminuiu em 19%: de 3.326 hectares no período de 2005-2008 para 2.699 hectares no período de 2008-2010. (…)
Áreas críticas
De acordo com o SOS, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo são áreas críticas para a Mata Atlântica pois são os Estados que mais possuem remanescentes florestais em seus territórios e acabam trazendo grandes desmatamentos em números absolutos. “No caso de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, é preciso que os governos federal e estaduais atuem firmemente, acompanhados sempre de perto pela sociedade, para diminuir e até zerar estes números pensando em políticas públicas para valorizar a floresta e que promovam o desenvolvimento de negócios que sejam aliados à conservação, como o turismo sustentável, assim como invistam em educação ambiental”, reforça Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica. (…)
Fonte: Agência /Estado – WWW.estadao.com.br e UOL Notícias – http://noticias.uol.com.br/
Mata Atlântica teve área equivalente a metade de Curitiba desmatada em dois anos
No período de 2008 a 2010, a Mata Atlântica sofreu um desmatamento equivalente a metade do município de Curitiba, no Paraná, ou 20.867 hectares de cobertura florestal nativa. É o que mostra pesquisa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgada nesta quarta-feira (26).
Os dados parciais do do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, levantados com patrocínio da Bradesco Cartões, foram divulgados na véspera do Dia Nacional da Mata Atlântica. Foram analisados 72% da área total do Bioma Mata Atlântica, nos Estados de Goiás, Minas Gerais (avaliado em 80%), Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul (avaliado em 80%), Paraná (avaliado em 90%), Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (…)
Estados mais críticos
Entre os nove Estados analisados, os que possuem desflorestamentos mais críticos são Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que perderam 12.524 hectares, 2.699 hectares e 2.149 hectares, respectivamente. Em seguida, estão os desflorestamentos de 1.897 hectares no Rio Grande do Sul, 743 hectares em São Paulo, 315 hectares no Rio de Janeiro, 161 em Goiás, 160 no Espírito Santo e 154 hectares no Mato Grosso do Sul. No que se refere ao desmatamento dos ecossistemas costeiros, dos nove Estados avaliados, São Paulo foi o único a perder 65 hectares de vegetação de restinga. Em Minas Gerais, a taxa de desmatamento anual aumentou em 15%: no último levantamento, a taxa anual de desflorestamento no Estado era de 10.909 hectares, e os dados de 2008-2010 apontam uma taxa de desmatamento de 12.524 hectares. (…)
Fonte: UOL Ciencia e Saúde – http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/
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