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Síntese de A Vingança de Gaia de James Lovelock
The revenge of Gaia, o livro de James Lovelock editado no Brasil com o título A Vingança de Gaia, oferece muito material para a compreensão de nosso planeta e de sua dinâmica, e, portanto, importantes informações para nossas necessárias reflexões e ações ecológicas.
Nesta breve síntese deste importante livro de James Lovelock, A Vingança de Gaia, apresento algumas informações, advertências e conselhos do autor.
Capítulo 1 – O Estado da Terra
Neste capítulo inicial, James Lovelock apresenta Gaia, o sofrimento da ‘Terra viva’, e os riscos para a humanidade e para a civilização – uma possível ‘nova Idade Média’.
Diz ele nas páginas 15 e 23: “O que torna diferente este livro é que eu falo como um médico planetário cujo paciente, a Terra viva, se queixa de febre. Vejo o declínio da saúde da Terra como a nossa preocupação mais importante, nossas próprias vidas dependendo de uma Terra sadia (…) As perspectivas são sombrias, e, ainda que consigamos reagir com sucesso, passaremos por tempos difíceis. (…) O que está em risco é a civilização”.
Capítulo 3 – História da Vida de Gaia
O autor, com realismo científico, neste capítulo faz uma análise retrospectiva e prospectiva do planeta Terra – de seu nascimento à sua futura morte.
Diz James Lovelock nas páginas 47, 51 e 52: “A vida na Terra começou há 3 ou 4 bilhões de anos. (…) Naquela época prematura, o Sol era provavelmente 25 por cento menos luminoso do que hoje. (…) Como o Sol vai ficando mais quente, o calor recebido pela Terra agora é maior do que quando a vida começou, há mais de 3 bilhões de anos. (…) Daqui a cerca de um bilhão de anos, e muito antes do fim da vida solar, o calor recebido pela Terra [hoje 1,35 quilowatts/m2] será superior a 2 quilowatts por metro quadrado, mais do que a Gaia que conhecemos consegue suportar. Ela morrerá de superaquecimento”.
Capítulo 4 – Previsões Para o Século 21
James Lovelock refere-se ao aquecimento global, nos alerta para possíveis alterações ambientais – como o aumento do nível do mar, furacões e enchentes – e mostra crença na mitigação de suas consequências.
Diz o cientista nas páginas 62: “Conquanto não possamos retornar ao belíssimo mundo de 1800, quando éramos apenas um bilhão, talvez sejamos capazes de atenuar as conseqüências do aquecimento global”.
Capítulo 5 – Fontes de Energia
Lovelock apresenta neste capítulo várias alternativas energéticas para a humanidade, inclusive a energia atômica. Neste cápitulo, o autor enfatiza a necessidade de mudança cultural e de modo de vida.
Diz ele nas páginas 77 e 103: “Como sempre, voltamos ao fato inevitável que de há gente demais vivendo de forma errada. (…) Sem mudanças drásticas no estilo de vida, teremos que continuar usando energia de combustíveis fósseis por várias décadas”.
Capítulo 6 – Produtos Químicos, Alimentos e Matérias-Primas
Este capítulo serve ao autor para denunciar os malefícios praticados por um animal guerreiro, conquistador e primitivo – Homo sapiens: ‘Não faz muito tempo, estávamos certos de que a vida vegetal havia sido criada por um Deus bondoso para a comermos’.
Neste capítulo James Lovelock nos alerta enfaticamente para o risco das ações humanas contra Gaia. Diz ele à página 108: “Apossando-se maciçamente de terras para alimentar as pessoas e empesteando o ar e a água, estamos tolhendo a capacidade de Gaia de regular o clima e a química da Terra, e se continuarmos assim, corremos o risco de extinção”.
Capítulo 9 – Além da Estação Final
Concluindo, neste capítulo James Lovelock analisa, entre outras coisas, as condições sanitárias do Planeta após milênios de maltrato por um de seus filhos –Homo sapiens sapiens – e convida os seres humanos a fazerem as pazes com Gaia.
Diz Lovelock nas páginas 139 e 145: “Gaia, a Terra viva, está velha e não mais tão forte como há 2 bilhões de anos. Ela luta contra o aumento inevitável do calor solar a fim de manter a Terra fresca o bastante para sua profusão de vida. Mas, para agravar suas dificuldades, uma dessas formas de vida – os seres humanos, animais tribais aguerridos com sonhos de conquistar até outros planetas – tentou governar a Terra em seu próprio benefício somente”. (…) “De várias maneiras, estamos em guerra involuntária contra Gaia, e para sobreviver com nossa civilização intacta precisamos urgentemente selar uma paz justa com Gaia enquanto somos fortes o bastante para negociar, e não uma ralé derrotada e debilitada em vias de extinção”.
Matéria editada nesta página em 10 de março de 2009
Rui Iwersen
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