Colapso
Antropoceno
70 mil anos de transformações humanas do ‘seu planeta’
Desde o surgimento da vida [na Terra], há cerca de 4 bilhões de anos, uma única espécie jamais havia mudado sozinha a ecologia global. Embora não tenham faltado revoluções ecológicas e eventos que causaram extinções em massa, eles não foram causados pelas ações de um determinado lagarto, morcego ou fungo, e sim pela ação de poderosas forças naturais, como mudanças climáticas, movimentação de placas tectônicas, erupções vulcânicas e colisão de asteroides. (…)
O Homo sapiens reescreveu as regras do jogo. Essa espécie singular de macacos conseguiu mudar em 70 mil anos o ecossistema global de modo radical e sem precedentes. O impacto que causamos já é comparável com o da idade do gelo e dos movimentos tectônicos. Em um século ele pode superar o do asteroide que exterminou os dinossauros 65 milhões de anos atrás.
Aquele asteroide mudou a trajetória da evolução terrestre, mas não suas regras fundamentais, que permanecem fixas desde o aparecimento do primeiro organismo, há 4 bilhões de anos. Durante toda essa eternidade, se você fosse um vírus ou um dinossauro, você evoluiu de acordo com os princípios imutáveis da seleção natural. (…)
Mesmo se deixarmos de lado as perspectivas futuras e só olharmos para trás, para os últimos 70 mil anos, é evidente que o Antropoceno alterou o mundo de maneira única.
Yuval Noah Harari, Homo deus – uma breve história do amanhã, Companhia das Letras, São Paulo, 2016, 12ª reimpressão, 2018; 2. O Antropoceno, páginas 80 e 81
Rui Iwersen
O Homem e a Natureza nº. 20
A morte de Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte macho
Sudan tinha 45 anos e vivia na reserva Ol Pejeta, no Quênia. Ele foi sacrificado na segunda, quando as complicações decorrentes de sua idade avançada pioraram.
Com sua morte, restam agora apenas duas fêmeas da subespécie do mundo – a filha e a neta de Sudan.
“Sua morte é um símbolo cruel da falta de apreço do ser humano pela natureza”, diz Jan Stejskal, do Zoológico Dvur Kralove, na República Tcheca, onde Sudan viveu até 2009. “Isso entristeceu todos que o conheceram. Mas não devemos desistir”, disse ele à agência AFP.
A única esperança de preservar a subespécie agora é com o uso de técnicas de fertilização in vitro.
“Precisamos aproveitar a possibilidade de usar tecnologias para preservar espécies ameaçadas de extinção. Pode parecer inacreditável, mas, graças a novas técnicas, Sudan ainda pode ter uma descendência”, diz ele. (…)
Fonte: http://www.bbc.com/
Brasil tem ano com o maior número de queimadas da história
São 270.479 focos de incêndio registrados pelo Inpe, recorde da série histórica anual, iniciada em 1999. Estiagem prolongada e ausência de fiscalização são apontadas como causas.
Com 270.479 focos de incêndio, 2017 já é o recordista em número de queimadas de toda a série do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), iniciada em 1999. E o ano nem acabou
O mês de setembro é um dos grandes responsáveis pelo dado histórico. Foram 110.988 pontos de calor registrados – número nunca antes atingido em apenas 30 dias no país e que represe nta mais de 40% do total do ano. Em dezembro, são 6.873 focos em apenas nove dias (a média mensal é 8.836).
Na comparação com todo o ano passado, já há um aumento de 44% no número de focos de calor. (…)
Fonte: INPE e G1
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