Antropoceno
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 21
Cientistas criaram uma versão alterada da enzima PETase para produzir um plástico novo
Em abril deste ano [2022], cientistas da Universidade do Texas criaram uma versão alterada da enzima [PETase], que se chama FAST-PETase e funciona incrivelmente bem: basta aplicá-la sobre o plástico, deixar o material numa temperatura de 30 a 50 graus (fácil de atingir e manter num galpão ou tonel levemente aquecido, por exemplo), e a natureza faz todo o resto.
Um a sete dias depois, dependendo da temperatura ambiente, você tem plástico novo. Sem precisar derreter o material, usar aditivos nem lidar com substâncias tóxicas. E a enzima não só decompõe o plástico, ela o refaz: repolimeriza as moléculas do material, montando novamente as cadeias de átomos que formam o PET (e o tornam tão flexível e resistente).
Super Interessante, Edição 446, dezembro de 2022, O futuro do plástico, página 30; foto: Mais Polímeros
Rui Iwersen
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 20
Em 2016, cientistas descobriram uma “bactéria comedora de plástico”
Em 2016, cientistas descobriram uma “bactéria comedora de plástico”. Um grupo de pesquisadores estava testando amostras do solo perto de uma usina de reciclagem de garrafas PET na cidade de Sakai, no Japão. Eles encontraram uma bactéria capaz de “comer” esse material, transformando-o em energia para sobreviver.
O micróbio foi batizado de Ideonella sakaiensis, e passou a ser estudado em laboratório. O segredo dessa bactéria está numa enzima que ela produz: a PETase, que decompõe esse tipo de plástico. Nos anos seguintes, outras pesquisas descobriram dezenas de PETases, fabricadas por vários micro-organismos. Elas decompõem o plástico em poucos dias – acelerando muito a degradação natural, que leva séculos.
Super Interessante, Edição 446, dezembro de 2022, O futuro do plástico, página 30; foto: Pensamento verde
Rui Iwersen
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 19
O projeto de retirada de plástico da Grande Ilha de Lixo do Pacífico usa grandes redes, presas em flutuadores, para capturar os resíduos
Há outras formas de lidar com o problema [de reciclagem dos plásticos], como o projeto Ocean Cleanup, que foi criado pelo holandês Boyan Slat e já fez as primeiras retiradas de plástico da Grande Ilha de Lixo do Pacífico. Ele usa grandes redes, presas em flutuadores, para capturar os resíduos.
O objetivo é acabar com a ilha de lixo por meio de um trabalho pontual e persistente, de “formiguinha”. Após anos de testes, o projeto começou para valer em 2021, quando realizou 45 coletas – que pegaram 101 toneladas de plástico, ao todo.
Seus criadores preparam um sistema aperfeiçoado, com mais capacidade. Mas eles ainda têm um longo caminho pela frente: afinal, a ilha é formada por 80 mil toneladas de lixo.
Super Interessante, Edição 446, dezembro de 2022, O futuro do plástico, página 29; foto: Razões para Acreditar
Rui Iwersen
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 18
Muitos plásticos não podem ser reciclados
Muitos plásticos simplesmente não podem ser reciclados, por suas propriedades físicas. Outros contêm substâncias que deixam o processo bem mais complexo.
Das sete categorias de plástico, somente o PET e o polietileno de alta densidade, ou HDPE, são recicladas em escala comercial. Nos demais casos, geralmente existe algum problema que complica ou impede isso. O poliestireno (isopor), por exemplo, é considerado inviável de reciclar, porque seu transporte é caro (…) e ele se esfarela facilmente durante o manuseio. (…)
Já o PVC contém cloro, que é liberado na forma de gás tóxico quando esse plástico é aquecido. O polipropileno dos canudos e potes de margarina não sobrevive bem à reciclagem; fica fraco demais. E diversos outros plásticos contêm resinas misturadas – o que torna sua reciclagem inviável.
Super Interessante, Edição 446, dezembro de 2022, O futuro do plástico, página 28; foto: Brasil 247
Rui Iwersen
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Saúde do Planeta nº 17
A Grande Ilha de Lixo do Pacífico soma mais de 80 toneladas de plástico
A Grande Ilha de Lixo do Pacífico fica entre a costa oeste dos EUA e o Japão, e é formada por mais de 1,8 trilhão de detritos, que somam mais de 80 toneladas de plástico e se estendem por 1,6 milhão de quilômetros quadrados – o tamanho do estado do Amazonas.
A ilha se formou ali porque o Giro do Pacífico Norte é um conjunto de correntes marítimas, que puxam e seguram o lixo. Os resíduos mais antigos datam de 1977. E, segundo um estudo publicado em 2018 por cientistas holandeses, há evidências concretas de que a ilha segue crescendo.
Aproximadamente 46% do material veio de redes de pesca que se romperam – sim, elas também são feitas principalmente de plástico.
Super Interessante, Edição 446, dezembro de 2022, O futuro do plástico, página 27; foto: AlmA Londrina Rádio Web
Rui Iwersen
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 9
Com a mudança climática, mais lugares se tornam inabitáveis
A mudança climática está influenciando cada vez mais a mobilidade humana, á medida que mais lugares se tornam inabitáveis.
Estima-se que, até 2050, 2 milhões e meio de pessoas sejam acrescentadas aos ambientes urbanos – onde podem enfrentar o desafio de viver em periferias superlotadas e pouco higiênicas -, com 90% desse aumento ocorrendo na Ásia e na África.
Informação, Médicos Sem Fronteiras, nº 49, janeiro 2022, Saúde do Planeta – A crise climática é uma crise humanitária e de saúde, página 8; foto: A Referência; África
Rui Iwersen, médico planetário
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Síntese do livro A Vingança de Gaia de James Lovelock
2. História da Vida de Gaia
Capítulo 3 – História da Vida de Gaia
Nesta breve síntese deste importante livro de James Lovelock, apresento algumas informações, advertências e conselhos do autor que, com realismo científico, neste capítulo faz uma análise retrospectiva e prospectiva do planeta Terra – de seu nascimento à sua futura morte.
Diz James Lovelock nas páginas 47, 51 e 52: A vida na Terra começou há 3 ou 4 bilhões de anos. (…) Naquela época prematura, o Sol era provavelmente 25 por cento menos luminoso do que hoje. (…) Como o Sol vai ficando mais quente, o calor recebido pela Terra agora é maior do que quando a vida começou, há mais de 3 bilhões de anos. (…) Daqui a cerca de um bilhão de anos, e muito antes do fim da vida solar, o calor recebido pela Terra [hoje 1,35 quilowatts/m2] será superior a 2 quilowatts por metro quadrado, mais do que a Gaia que conhecemos consegue suportar. Ela morrerá de superaquecimento.
Matéria editada originalmente em 2009 nesta página e reeditada em dezembro de 2018; foto: Stoodi
Rui Iwersen, médico planetário
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