Antropoceno
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 7 – Ocaso da Groenlândia Nórdica
No auge da ocupação da Groenlândia, os vikings chegaram a ter 250 fazendas, com 20 pessoas cada uma
Os vikings eram violentos e conservadores. No auge da ocupação [da Groenlândia], chegaram a ter 250 fazendas, com 20 pessoas cada uma e edificações dispostas em torno das igrejas.
Durante o verão, caçavam focas, deixavam o gado pastar, produziam laticínios, cortavam madeira, faziam negócios com barcos que chegavam da Europa, produziam e estocavam feno. Tudo planejado para a sobrevivência no inverno, quando ficavam enclausurados tecendo, planejando novas habitações, fazendo reparos nas construções e controlando as provisões.
Em pouco tempo, perceberam que vacas não se adaptavam ao frio. Eram necessários muitos recursos naturais para mantê-las. Mas não queriam abrir mão da carne bovina – nem de velhos hábitos.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 63; foto: wordPress.com.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 23
Uma epidemia de varíola trazida pelo método do “telefone sem fio” epidemiológico matou o imperador Huayna Capac (1464 – 1527) e muitos de seus súditos
Assim como machados com lâmina de metal ou espelhos podiam ir parar no interior do continente por uma espécie de “telefone sem fio” comercial, ou seja, ao longo de sucessivas trocas entre as tribos litorâneas e vizinhos cada vez mais terra adentro, alguém que nunca tinha visto um branco na vida poderia morrer de sarampo ao entrar em contato com um mercador indígena que visitara uma aldeia por onde jesuítas tinham passado uma semana antes, por exemplo. (…)
Temos um exemplo claro de que coisas desse tipo aconteceram, e inclusive foram politicamente relevantes, no caso do Império Inca: anos antes que os espanhóis pusessem suas botas nos Andes, uma epidemia de varíola, provavelmente oriunda das possessões europeias na América Central e trazida pelo método do “telefone sem fio” epidemiológico matou o imperador Huayna Capac (1464 – 1527) e muitos de seus súditos.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 218 e 219; foto: Lobi Ciclotur
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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1501 – O Brasil depois de Cabral nº 22
Missionários da Companhia de Jesus criaram aldeias europeizadas, com estrutura semelhante à das vilas europeias
Nos primeiros tempos da conquista europeia, é óbvio que a situação foi especialmente ruim para as populações de fala tupi das bordas do Atlântico, pois tais povos estavam em contato mais constante com os europeus e rapidamente se transformaram em aliados, escravos e tropas de choque dos invasores em suas incursões rumo ao interior. Também foi entre eles que aconteceram os experimentos pioneiros das chamadas reduções ou aldeamentos, nas quais missionários da Companhia de Jesus criaram aldeias europeizadas, com estrutura semelhante à das vilas europeias, que frequentemente concentravam gente de diferentes aldeias e tribos.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 218; foto: Exame.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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Einstein pergunta a Freud: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?
Prezado Professor Freud,
A proposta da Liga das Nações e de seu Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual, em Paris, de que eu convidasse uma pessoa, de minha própria escolha, para um franco intercâmbio de pontos de vista sobre algum problema que eu poderia selecionar, oferece-me excelente oportunidade de conferenciar com o senhor a respeito de uma questão que, da maneira como as coisas estão, parece ser o mais urgente de todos os problemas que a civilização tem de enfrentar. Este é o problema: Existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?
É do conhecimento geral que, com o progresso da ciência de nossos dias, esse tema adquiriu significação de assunto de vida ou morte para a civilização, tal como a conhecemos; não obstante, apesar de todo o empenho demonstrado, todas as tentativas de solucioná-lo terminaram em lamentável fracasso.
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, página 241 (1ª frase do artigo original); foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet