Antropoceno
Os males ocultos da poluição nº 2
A poluição nas grandes cidades
(…) Nas cidades grandes, a maior parte desse material [partículas sólidas suspensas no ar] vem diretamente do escapamento dos carros. 63% do material particulado fino de São Paulo é de origem veicular, 18% vem das indústrias, e só os 19% restantes são liberados pelo ambiente naturalmente – na forma de pólen, por exemplo.
Esses compostos não são classificados pela sua origem, mas pelo tamanho. No jargão científico, vai de PM10 até o PM2,5. A sigla é uma abreviação de “material particulado” em inglês, e o número seguinte equivale ao tamanho da partícula em milésimos de milímetro (os “micrômetros”) (…)
Pense em um grão de areia bem fininho. Por minúsculo que seja, ele tem em média 100 micrômetros de diâmetro – dez vezes mais que o maior tipo de material particulado. Os mais perigosos para a saúde são até menores do que isso, podendo chegar a 0,01 micrômetro. Esses são, de longe, os mais abundantes no ar.
Não tem como escapar. A Organização Mundial da Saúde estima que nove a cada dez pessoas no mundo respiram ar altamente poluído. Ele já é responsável por 4,2 milhões de mortes anualmente – mais do que malária e os acidentes de trânsito juntos. (…)
Maria Clara Rossini, Os males ocultos da poluição, Super Interessante, edição 412, fevereiro 2020, página 48; foto: Estudo Prático
Rui Iwersen
Os males ocultos da poluição nº 1
Os gazes e as partículas sólidas suspensas no ar
Primeiro artigo de uma série de 7 que apresentarei a partir deste artigo da Super Interessante
99% dos gases que entram nos seus pulmões são uma mistura de nitrogênio com oxigênio, numa proporção de 78% para 21%. O outro 1% é basicamente argônio (0,93%), e aí vai traços de CO2 e vapor d’água. Isso é o que a gente chama de ar puro. O perigo mora nos menos de 0,001 restantes.
Ali entram pitadas de outros gases: dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2) – “temperos” que deveriam passar bem longe do seu corpo. Eles são responsáveis por agravar a asma, alergias, insuficiência respiratória, conjuntivites e, no caso do monóxido de carbono, até levar à asfixia.
E os gases nem são a pior parte da poluição nas cidades. Quem causa mais danos são as partículas sólidas suspensas no ar. Essa parte sólida da poluição tem nome e sobrenome: material particulado. Trata-se de uma selva de grãozinhos minúsculos, bem diferentes entre si.
Tem de tudo ali: pedaço de motor de carro (na forma de poeira metálica), cimento (que voa das construções) e muita fuligem – que deixa seu pulmão parecendo uma churrasqueira suja. (…)
Maria Clara Rossini, Os males ocultos da poluição, Super Interessante, edição 412, fevereiro 2020, página 48; foto: UOL Notícias
Rui Iwersen
O Homem e a natureza nº 43
Micro-plásticos nos oceanos e no Planeta
Eles estão na água que você bebe, no solo e até no seu cocô.
Se os microplásticos pareciam ter se espalhado pelo planeta inteiro, agora isso é oficialmente verdade: cientistas encontraram quantidades consideráveis deles na neve do Estreito de Fram, que liga o Oceano Ártico ao mar da Groenlândia.
Esses microdejetos costumam acabar na água perto de áreas densamente povoadas. No caso das zonas remotas do Ártico, onde não vive ninguém, os pesquisadores supõem que eles tenham chegado suspensos no ar, carregados pelo vento.
Maria Clara Rossini, Fatos – Até tu Ártico?, Super Interessante, edição 409, novembro de 2019, página 11; foto: Nosso Futuro Roubado.
Rui Iwersen
O degelo da Antártida
Um bloco de gelo se desprendeu da terceira maior geleira da Antártida.
Ele pesa cerca de 330 bilhões de toneladas e tem 1.636 quilômetros quadrados – é maior que a cidade de São Paulo.
O bloco, que agora virou iceberg, será monitorado para evitar acidentes marítimos. É o maior pedaço que se desalojou da plataforma nos últimos 50 anos.
Fatos – 3 notícias sobre a Antártida, Super Interessante, edição 409, novembro de 2019, página 14; foto: Britânica
Rui Iwersen
O Homem e a natureza nº 42
Oceanos mais poluídos por plásticos
A quantidade de microplásticos nos oceanos pode ser um milhão de vezes maior do que se pensava.
As pesquisas que fazem essa medição usam redes que captam pedaços de plásticos de até um terço de milimetro, mas um novo método coleta amostra menores que um fio de cabelo.
Considerando estes [microplásticos], a concentração sobe de 10 pedaços por metro cúbico de água para 8,3 milhões.
Notícias sobre plástico – nanoplásticos, Super Interessante, edição 411, janeiro de 2020, página 18; foto: Revista Planeta
Rui Iwersen
Veja mais…