Antropoceno
O desafio ecológico nº 10
Quando se trata de clima, os países não são soberanos
Há, portanto, muitas coisas que governos, corporações e indivíduos podem fazer para evitar a mudança climática. Mas para que sejam eficazes devem ser feitas num nível global. Quando se trata de clima, os países simplesmente não são soberanos. Estão à mercê de ações realizadas por pessoas no outro lado do planeta.
A República de Kiribati – uma nação insular no oceano Pacífico – pode reduzir sua emissão de gás de efeito estufa a zero, e assim mesmo ficar submersa com a elevação das águas se outros países não seguirem seu exemplo. O Chade pode pôr painéis solares em todos os telhados do país e ainda assim tornar-se um deserto árido devido às políticas ambientais irresponsáveis de estrangeiros longínquos.
Até mesmo nações poderosas como China e Japão não são soberanas no que concerne à ecologia. Para proteger Xangai, Hong Kong e Tóquio de inundações e tufões destrutivos, chineses e japoneses terão de convencer os governos russo e americano a abandonar seu comportamento tradicional.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio ecológico, páginas 154 e 155. Foto: DomTotal
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 5
Não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos
Essas mudanças, por sua vez, vão desmantelar a produção agrícola, inundar cidades, tornar grande parte do mundo inabitável e despachar centenas de milhões de refugiados em busca de novos lares.
Além disso, estamos nos aproximando rapidamente de um certo número de pontos de inflexão além dos quais mesmo uma queda dramática na emissão de gases de efeito estufa não será suficiente para reverter essa tendência e evitar uma tragédia de abrangência mundial. Por exemplo, à medida que o aquecimento global derrete os mantos de gelo polar, menos luz solar é refletida do planeta Terra para o espaço. Isso quer dizer que o planeta estará absorvendo mais calor, as temperaturas se elevarão ainda mais e o gelo derreterá ainda mais rapidamente.
Quando esse ciclo ultrapassar um limiar crítico, ele vai criar um impulso próprio irresistível, e todo o gelo das regiões polares derreterá mesmo que os humanos parem de queimar carvão, petróleo e gás. Por isso não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos. É crucial que façamos algo quanto a isso agora.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio ecológico, páginas 152 e 153. Foto: Mata Nativa
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 2
Homo sapiens está se transformando num assassino em massa ecológico
Como resultado das atividades humanas, hábitats são degradados, animais e plantas são extintos e ecossistemas inteiros, como a Grande Barreira de Corais australiana [foto] e a Floresta Amazônica, podem ser destruídos.
Durante milhares de anos o Homo sapiens comportou-se como um assassino em série ecológico; agora está se metamorfoseando num assassino em massa ecológico. Se continuarmos no curso atual, isso não apenas causará a aniquilação de um grande percentual de todas as formas de vida como poderá também solapar os fundamentos da civilização humana.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, 4ª impressão, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 151. Foto: Exame
Rui Iwersen, médico planetário
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O Desafio Ecológico nº 1
Nós rompemos o delicado equilíbrio ecológico da Terra
Não temos nem sequer ideia das dezenas de milhares de maneiras com que rompemos o delicado equilíbrio ecológico que se configurou ao longo de milhões de anos.
Considere, por exemplo, o uso de fosfato como fertilizante. Em pequenas quantidades é um nutriente essencial para o crescimento de plantas. Mas em quantidades excessivas torna-se tóxico. A agricultura industrial moderna baseia-se em fertilizar artificialmente os campos com muito fosfato, mas a grande quantidade de fosfato que escorre das fazendas vai envenenar rios, lagos e oceanos, com impacto devastador na vida marinha. Um agricultor que cultiva milho em Iowa pode estar inadvertidamente matando peixes no golfo do México.
Como resultado dessas atividades, hábitats são degradados, animais e plantas são extintos e ecossistemas inteiros, como a Grande Barreira de Corais australiana e a Floresta Amazônica, podem ser destruídos.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, 4ª impressão, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais, O desafio ecológico, página 151. Foto: Mundo Educação – UOL
Rui Iwersen, médico planetário
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Recorde de calor na região do Ártico
A ONU reconheceu oficialmente nesta terça-feira (14/12/21) um recorde de calor na região do Ártico, registrado em 20 de junho de 2020. O anúncio é considerado como um alerta às mudanças climáticas.
A temperatura de 38ºC foi registrada na cidade russa de Verkhoyank, na Sibéria, há pouco mais de um ano. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), esse é o calor mais intenso medido acima do círculo polar ártico.
Fonte: Opera Mundi; foto: Veja
A Vingança de Gaia nº 11
Temos a capacidade de destruição desastrosa e o potencial de edificar uma civilização magnífica
Como uma civilização, podemos nos comparar a um viciado que morrerá se continuar consumindo a droga ou se tentar uma retirada brusca. Chegamos à nossa desordem atual por meio de nossa inteligência e inventividade.
O processo pode ter começado até 100 mil anos atrás, quando começamos a atear fogo às florestas como uma forma preguiçosa de caça. Havíamos deixado de ser apenas mais um animal e começado a demolição da Terra.
Somos uma espécie equivalente àquela dupla esquizóide do romance de Stevenson O médico e o monstro. Temos a capacidade de destruição desastrosa, mas também o potencial de edificar uma civilização magnífica.
O monstro nos levou a usar mal a tecnologia; abusamos da energia e superpovoamos a Terra, mas não é abandonando a tecnologia que sustentaremos a civilização. Pelo contrário, temos que usá-la sabiamente, como faria o médico, tendo em mira a saúde da Terra, não a de pessoas.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, cap. 1 – O estado da terra, 2006, Editora Intrínseca, Rio de Janeiro, 2006, páginas 19 e 20; foto: Olhar Animal
Rui Iwersen, médico planetário
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