Saúde mental
Floresta Amazônica e indígenas em risco nº 5
Negligência do Estado com os caripunas
5ª matéria de uma série de 5, organizadas a partir do artigo Crime na floresta
[Por determinação da Justiça Federal] A Funai realizou ações com o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), destinando recursos para o pagamento de diárias dos policiais. Além disso, a PF e o Exército realizaram operações que chegaram a envolver 170 agentes.Eles encontraram de 10 a 15 estradas abertas na mata, destruíram equipamentos agrícolas e de radiodifusão, motocicletas e acampamentos utilizados pelos invasores. Também foram apreendidas espingardas e motosserras.
Apesar do sucesso das ações pontuais, a garantia de vigilância na terra indígena sofreu um baque no fim do ano passado. A Funai suspendeu o pagamento de diárias a funcionários de outros órgãos, por considerar a transferência de recursos indevida. Com isso, a ação continuada feita em parceria com o BPA foi inviabilizada. (…)
A negligência do Estado com os caripunas preocupa o Ministério Público Federal. “Acho que se pode falar em uma pretensão de genocídio do povo caripuna, com o objetivo de invadir a Terra Indígena, tirar os índios e ocupar a área”, avaliou o procurador Daniel Lôbo. “E os madeireiros e grileiros têm armas e, muitas vezes são violentos. Então, pode haver genocídio, morte.”
João Pedro Soares, Crime na floresta, ÉPOCA, nº 1087, 06.05.19, páginas 48 e 49.
Rui Iwersen
Floresta Amazônica e indígenas em risco nº 4
Reação do Ministério Público Federal de Rondônia
4ª matéria de uma série de 5, organizadas a partir do artigo Crime na floresta
(…) Os grupos envolvidos nas atividades ilícitas têm a seu favor o sucateamento dos órgãos de controle. Neste ano, o Ibama está operando com menos da metade de seu efetivo total, de 5.642 funcionários. A autarquia é um dos alvos prediletos do presidente da República, assim como a Funai, cujo poder de identificar, delimitar e demarcar terras indígenas foi transferido para o Ministério da Agricultura (…) Em fevereiro, Bolsonaro editou um decreto que contingenciou em 90% o orçamento da Funai.
Em decisão favorável a um pedido do Ministério Público Federal de Rondônia, a Justiça Federal determinou, em junho do ano passado, que Funai, União e o governo de Rondônia apresentassem, em 30 dias, um plano de ação continuada de proteção da Terra Indígena Karipuna.
A ação deveria ser compartilhada por Forças Armadas, Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar, Secretaria do Meio Ambiente (Sedam) e Funai, com o mínimo de 15 pessoas, durante pelo menos dez dias por mês. A resposta continuada não ocorreu como previsto, mas houve efetividade parcial. (…)
João Pedro Soares, Crime na floresta, ÉPOCA, nº 1087, 06.05.19, página 48.
Rui Iwersen
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2 Comments to “ Saúde mental”
Quanto à notícia do dia 30 de julho. Obesidade é decorrência de sedentarismo. Dar licença para que o obeso permaneça em casa? Comendo e vendo televisão? Erradíssimo e na contramão da saúde.
Cara Janine.
Tu tens razão em dizer que esta decisão da Justiça de aposentar obesos “está na contramão da saude”. Eu considero que esta decisão está tambem na contramão da história e da luta ecológica e, por esta razão, no dia 30 de julho publiquei a matéria tambem nos artigos “Notícias e Políticas Ambientais” e “Colapso” de GaiaNet.
Aposentar obesos é estimular o consumo de alimentos (um recurso importantíssimo do Planeta) e o sedentarismo, desestimular a alimentação e a movimentação corretas, e estimular a corrupção e o oportunismo, evidentes no hábito atual de grande parte dos brasileiros de tentar obter licenças médicas – “ficar na perícia” – com simulações e mentiras.
Abraço.
Rui Iwersen, editor