Saúde mental
Freud explica nº 14
A religião nº 8
Os cerimoniais de sacrifício humano, realizados nas mais diferentes partes do globo habitado, deixam pouca dúvida de que as vítimas encontram seu fim como representantes da divindade e esses ritos sacrificatórios podem ser remontados a épocas antigas, com uma efígie ou boneco inanimado tomando o lugar do ser humano vivo. (…)
Smith (1894) reconhece o fato de que o objeto do ato de sacrifício sempre foi o mesmo, a saber, aquilo que é hoje adorado como Deus, ou seja, o pai. O problema da relação entre o sacrifício animal e o sacrifício humano admite assim uma solução simples.
O sacrifício animal original já constituía um substituto de um sacrifício humano – a morte cerimonial do pai; assim sendo, quando o representante paterno mais uma vez reassumiu a figura humana, o sacrifício animal também podia ser retransformado num sacrifício humano. (…)
Sigmund Freud, Totem e Tabu, 1913; Rio de Janeiro, Imago Editora, 1974; página 174; foto: Rodrigo Peñaloza – Medium
Rui Martins Iwersen
Freud explica nº 13
Psicologia dos grupos
Em seu livro Psicologia das Massas e Análise do Eu, Freud faz uma análise de como se dá a relação de um individuo, seus impulsos instintuais, os motivos e os fins e até as suas ações com aqueles que lhes são mais próximos. Analisa também como tais indivíduos são influenciados, sob certas condições, a tal ponto de agir, pensar e sentir de maneira completamente diferente daquela que seria esperada. Conforme Freud, “esta condição é a inclusão deste individuo que adquiriu a característica de um ‘grupo psicológico’”.
Explicando o que é um grupo psicológico e a influência que o mesmo exerce sobre o individuo, Freud, citando Le Bon diz: “A peculiaridade mais notável apresentada por um grupo psicológico é a seguinte: sejam quem forem os indivíduos que o compõem, por semelhantes ou dessemelhantes que sejam seu modo de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência, o fato de haverem sido transformados num grupo coloca-os na posse de uma espécie de mente coletiva que os faz sentir, pensar e agir de maneira muito diferente daquela pela qual cada membro dele, tomado individualmente, sentiria, pensaria e agiria, caso se encontrasse em estado de isolamento”.
André Contreiro Azevedo, Psicanálise e o Onze de Setembro; Freud – Coleção Guias da Psicanálise – Volume 3 – Para além da psicanálise, página 53
Rui Iwersen
Darwin tinha razão nº 9
A expressão das emoções no homem e nos animais
Macaco “em férias” parece posar para a foto, na Indonésia. Os macacos aproveitam o clima ensolarado na região para descansar. Dailymail/BOL Fotos
“Aquele que observar um cão preparando-se para atacar outro cão ou um homem, e o mesmo animal acariciando seu dono, ou a expressão de um macaco quando provocado e quando afagado pelo seu tratador, será forçado a admitir que os movimentos de seus traços e gestos são quase tão expressivos quanto os dos humanos.”
Charles Darwin, 1872, A expressão das emoções no homem e nos animais; Companhia das Letras, São Paulo, 2000, página 139
Rui Iwersen
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2 Comments to “ Saúde mental”
Quanto à notícia do dia 30 de julho. Obesidade é decorrência de sedentarismo. Dar licença para que o obeso permaneça em casa? Comendo e vendo televisão? Erradíssimo e na contramão da saúde.
Cara Janine.
Tu tens razão em dizer que esta decisão da Justiça de aposentar obesos “está na contramão da saude”. Eu considero que esta decisão está tambem na contramão da história e da luta ecológica e, por esta razão, no dia 30 de julho publiquei a matéria tambem nos artigos “Notícias e Políticas Ambientais” e “Colapso” de GaiaNet.
Aposentar obesos é estimular o consumo de alimentos (um recurso importantíssimo do Planeta) e o sedentarismo, desestimular a alimentação e a movimentação corretas, e estimular a corrupção e o oportunismo, evidentes no hábito atual de grande parte dos brasileiros de tentar obter licenças médicas – “ficar na perícia” – com simulações e mentiras.
Abraço.
Rui Iwersen, editor