Saúde mental
Freud explica nº 8
A religião nº 5
“Reminiscências linguísticas comprovam que a parte do sacrifício atribuída ao deus era a princípio considerada como sendo, literalmente, o seu alimento. À medida que a natureza dos deuses tornava-se progressivamente menos material, essa concepção transformou-se num empecilho e foi evitada, atribuindo-se à deidade apenas a parte líquida da refeição.
Posteriormente, o uso do fogo, que fez com que a carne do sacrifício sobre os altares se elevasse em fumaça, forneceu um método de lidar com o alimento humano mais apropriado à natureza divina. A oferenda de bebida consistia originalmente no sangue da vítima animal, substituído mais tarde por vinho. Nos tempos antigos, o vinho era considerado ‘o sangue da uva’ e foi assim descrito por poetas modernos.” [Robertson Smith, 1894, páginas 224, 229 e 230]
Sigmund Freud, Totem e Tabu, 1913; Rio de Janeiro, Imago Editora, 1974; página 155; foto: Matriz Santo Estevão de Ituporanga
Rui Iwersen
Darwin tinha razão nº 8
Consciência animal
1. Em 1872 Darwin publicou seu livro A expressão das emoções no homem e nos animais, editado no Brasil pela Companhia das Letras, onde ele descreve, além de outras experiências e descobertas sobre animais e plantas, suas observações e conclusões do Teste do Espelho aplicado a macacos e a crianças;
2. O canal Curta! (canal 113 da Net) apresentou, no dia 3 de agosto, o programa No Jardim de Darwin – Sobre Macacos e Homens, e mostrou os experimentos, inclusive o Teste do Espelho, e as conclusões de Darwin sobre o grau de ‘consciência de si’ em macacos e em crianças de um e de dois anos;
3. O blog GaiaNet, que eu edito desde 2009, desde junho de 2013 vem apresentando o quadro Darwin tinha razão!. O último número deste quadro, Darwin tinha razão nº 7 – Sobre macacos e homens, foi editado no dia 5 de agosto em algumas páginas do blog. Esta matéria de GaiaNet é uma síntese do programa No jardim de Darwin – Sobre Macacos e Homens do canal Curta!, que mostrou e confirmou algumas das experiências e descobertas de Darwin sobre consciência animal e sobre a evolução da vida na Terra.
Rui Iwersen
Freud explica nº 7
A agressividade nº 3
“Evidentemente, não é fácil aos homens abandonar a satisfação dessa inclinação para a agressão. Sem ela, eles não se sentem confortáveis. A vantagem que um grupo cultural, comparativamente pequeno, oferece, concedendo a esse instinto um escoadouro sob a forma de hostilidade contra intrusos, não é nada desprezível. É sempre possível unir um considerável número de pessoas no amor, enquanto sobrarem outras pessoas para receberem as manifestações de sua agressividade.”
“Quando, outrora, o Apóstolo Paulo postulou o amor universal entre os homens como o fundamento de sua comunidade cristã, uma extrema intolerância por parte da cristandade para com os que estavam fora dela tornou-se uma consequência inevitável. Para os romanos, que não fundaram no amor sua vida comunal como Estado, a intolerância religiosa era algo estranho, embora, entre eles, a religião fosse do interesse do Estado e este se achasse impregnado dela. Tampouco constitui uma possibilidade inexequível que o sonho de um domínio mundial germânico exigisse o anti-semitísmo como seu complemento…”
Sigmund Freud, 1930, O Mal-Estar na Civilização; Imago Editora Ltda, Rio de Janeiro, 1974; páginas 74 e 75
Rui Iwersen
Darwin tinha razão nº 7
Sobre macacos e homens
Na Exposição de 1815 em Londres, as pessoas se aglomeravam para ver os modelos de dinossauros feitos a partir de esqueletos preservados; eles achavam que eram animais que não conseguiram entrar na arca de Noé e se afogaram na lama.
Curta! O canal independente; No Jardim de Darwin; O Grande Debate; 03 de agosto de 2013
Nós refizemos algumas pesquisas que Darwin fez. Seus seres preferidos eram a minhoca e as plantas. (…) Darwin provou que as minhocas tem, sim, inteligência; é uma questão de nível.
Os seus estudos sobre as emoções dos animais ele publicou em 1872 em seu livro sobre a expressão das emoções nos animais [A expressão das emoções nos homens e nos animais; Companhia das Letras].
A curiosidade e o medo são as expressões que mais identificam os primatas.
No caso da curiosidade de olhar uma cobra [uma falsa coral colocada em uma caixa], animal que tanto os amedronta, eu diria que a curiosidade dos macacos é maior ainda que a dos humanos.
Darwin foi o primeiro a pesquisar a consciência em crianças e em primatas. No Teste do Batom, em que uma bochecha da criança é pintada com batom vermelho, as crianças de um ano não reconhecem sua imagem e vão olhar atrás do espelho, como os macacos fazem. As crianças de dois anos reconhecem a sua imagem no espelho, como os chimpanzés, gorilas e orangotangos.
Nos testes de olhar-se no espelho, gorilas e orangotangos mostram-se mais conscientes de si que crianças.
Na época de Darwin não havia nenhum fóssil humano intermediário entre o homem e o macaco, mas ele seguiu confiante que um dia seria encontrado.
Curta! O canal independente; No Jardim de Darwin; Sobre Macacos e Homens; 03 de agosto de 2013
Rui Iwersen
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2 Comments to “ Saúde mental”
Quanto à notícia do dia 30 de julho. Obesidade é decorrência de sedentarismo. Dar licença para que o obeso permaneça em casa? Comendo e vendo televisão? Erradíssimo e na contramão da saúde.
Cara Janine.
Tu tens razão em dizer que esta decisão da Justiça de aposentar obesos “está na contramão da saude”. Eu considero que esta decisão está tambem na contramão da história e da luta ecológica e, por esta razão, no dia 30 de julho publiquei a matéria tambem nos artigos “Notícias e Políticas Ambientais” e “Colapso” de GaiaNet.
Aposentar obesos é estimular o consumo de alimentos (um recurso importantíssimo do Planeta) e o sedentarismo, desestimular a alimentação e a movimentação corretas, e estimular a corrupção e o oportunismo, evidentes no hábito atual de grande parte dos brasileiros de tentar obter licenças médicas – “ficar na perícia” – com simulações e mentiras.
Abraço.
Rui Iwersen, editor