Reflexões ecológicas
Reflexões sobre a corrupção nº 15
A popularidade da corrupção
Finalmente aconteceu: a ladroagem na política – o desvio de dinheiro público ou, ainda, em termos menos polidos, a roubalheira nacional – chegou ao topo da popularidade. Não se fala de outra coisa.
No final do ano passado, numa pesquisa do Instituto Datafolha, a corrupção apareceu em primeiro lugar na lista das maiores preocupações dos brasileiros, com nada menos que 34% das respostas. Em segundo lugar veio a saúde, com 16%, e, em terceiro, o desemprego, com 10%. Educação e segurança ficaram empatadas em quarto lugar, com 8%.
É um resultado consagrador – e inédito. Pela primeira vez, numa pesquisa que vem sendo feita no Brasil desde 1990, a gatunagem das autoridades sem decoro assume a liderança.
Revista Época, 11 de janeiro de 2016, nº 917, Eugênio Bucci, A corrupção como sintoma, página 22
Rui Iwersen
Reflexões sobre a corrupção nº 14
A corrupção durante a Ditadura Militar
Numa demonstração de afeto a [general] Golbery, seu padrinho de casamento, Raquel [de Queiroz] enviou a ele três livros com carinhosas dedicatórias: em 1975; 1976 e 1980.
Nesse intervalo, aproveitou para mandar também um bilhete ao chefe da Casa Civil com um pedido de ajuda a sua amiga Regine Feigl, que pretendia erguer um prédio de 24 andares na valorizada Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.
O terreno, pertencente à construtora de Feigl, havia sido desapropriado pelo presidente JK em favor da Sociedade Pestalozzi, voltada para o tratamento de crianças com deficiência. Em 1976, um decreto federal desalojou a entidade.
Faltava apenas a liberação dos militares, uma vez que se tratava de uma área estratégica, vizinha do Forte do Leme. Em março do ano seguinte, o general escreveu a Rachel dizendo que trabalhava por sua demanda. Cinco meses depois sairia a autorização, e no ano seguinte era lançada a pedra fundamental do edifício Regine Feigl, imponente prédio que hoje destoa na orla do Leme.
Revista Época, 11 de janeiro de 2016, nº 917, Flagrantes da Ditadura, página 45
Rui Iwersen
Darwin tinha razão nº 13
Seleção Natural
Todos esses efeitos (…) decorrem de uma mesma causa: a luta pela vida. Graças a esta luta, as variações, por mais fracas que elas sejam e de qualquer causa que elas provenham, tendem a preservar os indivíduos de uma espécie e se transmitem ordinariamente à sua descendência, desde que elas sejam úteis a esses indivíduos em suas relações infinitamente complexas com os outros seres organizados e com a natureza exterior. Os descendentes terão, eles também, em virtude deste fato, uma chance maior de sobreviver. (…)
Eu dei a este princípio, em virtude do qual uma variação, por mais insignificante que ela seja, se conserva e se perpetua, se ela é útil, o nome de seleção natural, para indicar as relações desta seleção com aquela que o homem pode realizar.
Charles Darwin, L’Origine des Espèces, 1859; Editora Flammarion, Paris, 1992, páginas 110 e 111; tradução livre de Rui Iwersen
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4 Comments to “ Reflexões ecológicas”
Olá Maduca.
Assim como eu, talvez outros demorem a perceber que teu nome, escrito em vermelho em teu comentário, é o link de teu site.
Aproveito esta autocrítica e estas reflexões para divulgar teu link e recomendar teu site (que eu visitei e gostei). Importantes e graves as revelações sobre a história e as estratégias da sociedade capitalista de consumo (tão nefasta para o meio ambiente) mostradas e documentadas no vídeo sobre “obsolescência programada”.
Continuo com a opinião de que deverias, sempre que possivel e conveniente, divulgar o endereço eletrônico de teu site, o que poderia facilitar o acesso dos interessados.
Abraço.
Rui
Oi. Visite o meu blog de design ecológico; já coloquei um
link para vocês em meio ambiente. Abraço. Maduca.
Oi Maduca.
No teu comentário a Gaianet tu não deste o nome e o endereço do teu site. Por favor, apresente para mim e para os leitores de GaiaNet o endereço eletrônico de teu blog. Seria bom e importante para nós visitarmos o teu site e lermos, vermos e aprendermos mais sobre design ecológico.
Obrigado pelo vínculo com GaiaNet.
Abraço.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Olá Rui… Gostei muito do seu trabalho… E de como voce traz as informações… Parabéns!
Estou linkando este espaço no blogue 365 Atos… Um grande abraço.