Reflexões ecológicas
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 30
A escrita teve um papel importante no avanço rumo ao Novo Mundo
Entre as invenções do Velho Mundo que tiveram papel importante no avanço de seus Estados rumo ao Novo Mundo, uma das mais cruciais foi a escrita alfabética, que provavelmente evoluiu de forma independente uma única vez, ao ser bolada a partir de hieróglifos egípcios por povos semitas, falantes de línguas aparentadas ao hebraico, no final da Idade do Bronze.
“Cultura cumulativa rápida e eficiente, só com escrita”, lembra a geneticista Maria Cátira Bortolini, da UFRGS. Trocando em miúdos: a invenção de um método prático de escrita permite um acúmulo muito mais confiável de informações sobre o passado e o presente, abrindo caminho para o avanço tecnológico acelerado.
Formas de escrita nativas do nosso continente evoluíram apenas na região do México e da América Central, e sempre foram complexas demais para que seu uso se popularizasse.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 225 e 226; foto: PantherMedia.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 12
Contaminação dos Yanomami pelo garimpo ilegal
94% dos Yanomami estão contaminados por mercúrio.
Fonte: Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz); foto: SOS Amazônia.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 38
Ondas de calor estão ficando mais lentas
Elas [as ondas de calor] ficam mais tempo sobre cada lugar, e isso – além de causar verões infernais – pode aumentar o risco de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, tornados, secas e inundações.
Essa foi a conclusão de cientistas chineses, que analisaram registros históricos e constataram que a duração média das ondas de calor, em todo o mundo, aumentou de 8 dias (entre 1979 e 1984) para 12 dias (entre 2016 e 2020). Além disso, sua velocidade também caiu: hoje, as ondas de calor se deslocam 10% mais lentamente (andando em média 300 km por dia).
Segundo os pesquisadores, trata-se de um resultado direto das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.
Fonte: Super Interessante, edição 462, abril de 2024, Supernovas, página 15; foto: Observatório do Clima.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 37
Em 2025, dois terços da população do planeta poderão ter dificuldade de acesso à água potável
O abastecimento de água doce do planeta está ameaçado e, em consequência, nossa sobrevivência também. Quem alerta é a Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 1 bilhão de pessoas (18% da população mundial) [em 2011] não têm acesso a uma quantidade mínima de água para consumo.
Agora, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldade de acesso à água potável. Em 2050, o número pode chegar a 75% da humanidade.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, Esgotamento dos Recursos Naturais, página 44; foto: Autossustentável.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 13 – Entrevista com Jared Diamond
A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos
Nos últimos anos temos visto um aumento dos ciclos de calor em certas áreas e o declínio em outras. (…) Como você enxerga essa questão?
A essência da mudança climática é que, no final das contas, o mundo está ficando mais quente. Algumas áreas estão ficando mais frias, porém um número maior delas está mais quente. Ou seja: o mundo está ficando mais variável.
Os céticos dizerem que isto é apenas “um ciclo natural da Terra” é o mesmo que dizer que não deveríamos nos preocupar se 500 pessoas forem assassinadas todos os dias em São Paulo ou Los Angeles porque morrer é parte do ciclo natural da vida. A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos.
Em uma escala de 0 a 10, qual a chance de entrarmos em colapso?
Eu diria que a chance é de 4,99 (o que é um risco grande) se tivermos políticas sérias [para conter os problemas atuais]. Agora, se não mudarmos nosso estilo de vida, a probabilidade é de 9,99 em 10.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 68; foto: Waves.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 29
Áreas vastíssimas do continente europeu eram habitadas por sociedades que muito provavelmente classificaríamos como tribais
Poucas regiões do mundo abrigaram um florescimento antigo e vigoroso de organizações estatais. As principais são velhas conhecidas dos livros de história dos ensinos fundamental e médio: a bacia do Mediterrâneo, a Mesopotâmia, as zonas de influência da Índia e da China (e, é claro, a América Central e os Andes).
Temos outros núcleos, mas quase todos são mais tardios e/ou parecem ter adquirido seus Estados, em larga medida, graças à pressão de sociedades estatais que viraram imperiais nas sua vizinhanças. A hoje desenvolvida Europa, aliás, talvez seja o exemplo mais claro: pouco antes do começo da Era Cristã, áreas vastíssimas do continente, incluindo os atuais territórios de Portugal, da Espanha, da França, do Reino Unido, da Alemanha e da Rússia, eram habitadas por sociedades que muito provavelmente classificaríamos como chefias (organizadas, portanto, de um jeito bastante parecido com o modo de vida de Marajó ou do Xingu antes da conquista europeia).
Foi preciso que a Roma imperial fincasse seu gládio (a espada curta romana) em vários desses territórios para que seus moradores enfim conhecessem a mão pesada do Estado. Em última instância, os Estados nacionais modernos da Europa só surgiram porque decidiram recuperar de vez a herança do Império Romano, após alguns séculos de retorno a uma situação muito próxima à de chefias na Idade Média.
Fonte: Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 223 e 224; foto: Surgiu.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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4 Comments to “ Reflexões ecológicas”
Olá Maduca.
Assim como eu, talvez outros demorem a perceber que teu nome, escrito em vermelho em teu comentário, é o link de teu site.
Aproveito esta autocrítica e estas reflexões para divulgar teu link e recomendar teu site (que eu visitei e gostei). Importantes e graves as revelações sobre a história e as estratégias da sociedade capitalista de consumo (tão nefasta para o meio ambiente) mostradas e documentadas no vídeo sobre “obsolescência programada”.
Continuo com a opinião de que deverias, sempre que possivel e conveniente, divulgar o endereço eletrônico de teu site, o que poderia facilitar o acesso dos interessados.
Abraço.
Rui
Oi. Visite o meu blog de design ecológico; já coloquei um
link para vocês em meio ambiente. Abraço. Maduca.
Oi Maduca.
No teu comentário a Gaianet tu não deste o nome e o endereço do teu site. Por favor, apresente para mim e para os leitores de GaiaNet o endereço eletrônico de teu blog. Seria bom e importante para nós visitarmos o teu site e lermos, vermos e aprendermos mais sobre design ecológico.
Obrigado pelo vínculo com GaiaNet.
Abraço.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Olá Rui… Gostei muito do seu trabalho… E de como voce traz as informações… Parabéns!
Estou linkando este espaço no blogue 365 Atos… Um grande abraço.