Reflexões ecológicas
O médico europeu que deu início à pesquisa com maconha há mais de 170 anos
Ilustração da planta de Cannabis Indica, publicada no artigo de O’Shaughnessy, de 1839
Na primeira metade do século 19, o médico irlandês William Brooke O’Shaughnessy viveu alguns anos na Índia e descobriu algo totalmente novo para o mundo ocidental: a maconha. A cannabis já era usada na região havia milhares de anos, como remédio ou substância recreativa. Mas, na literatura médica do Ocidente, não havia nenhuma informação sobre a planta.
“Não consegui localizar referências sobre o uso dessa substância na Europa”, escreveu o médico, em um estudo sobre a cannabis publicado em 1839 na revista científica Journal of the Asiatic Society of Bengal, com o título “Sobre as preparações da cannabis indiana, ou Gunjah”.
O estudo de O’Shaughnessy propunha registrar o potencial médico da cannabis pela perspectiva científica. Além disso, fazia observações sobre o uso social da substância. Segundo O’Shaughnessy, a droga era consumida por “todo tipo de pessoa”. Entre seus efeitos “fascinantes”, estavam “a felicidade eufórica”, “a sensação de voar”, um “apetite voraz” e “um intenso desejo afrodisíaco”. (…)
Fonte: BBC Brasil
O Homem e a natureza nº 22
A inovadora técnica capaz de transformar areia do deserto em terra fértil
Faisal Al Shimmari espera que a tecnologia o permita ampliar a área verde que cultiva
Faisal Mohammed Al Shimmari tem uma fazenda em uma das regiões mais inóspitas do mundo para agricultura: Al Ain, um oasis no deserto dos Emirados Árabes Unidos, onde as temperaturas podem alcançar os 50º C.
“É caro porque temos que comprar água para irrigar as plantas”, diz ele. (…) Uma pesquisa do cientista norueguês Kristian Morten Olesen, no entanto, pode revolucionar a agricultura na região – e, potencialmente, no mundo.
Olesen fez um acortdo com Shimmari para testar em sua fazenda nos Emirados Árabes uma nova técnica para acondicionar o solo do deserto, mesclando nanopartículas de argila com água e partículas de areia. A tecnologia, chamada “Liquid Nanoclay” (nanoargila líquida), está sendo desenvolvida desde 2005.
“O tratamento recobre as partículas de areia com argila e muda completamente suas propriedades físicas, permitindo que a areia retenha a água”, diz Olesen. É um processo, que segundo o cientista, não necessita do uso de nenhum agente químico. “Podemos transformar os solos arenosos de baixa qualidade em terras agrícolas de alto rendimento em sete horas.”
“Simplesmente misturamos argila natural na água que colocamos sobre a areia e criamos uma capa de meio metro no solo que converte a areia em terra fértil”, explica Ole Morten Olesen, filho de Kristian e diretor de operações da empresa Desert Control, fundada por seu pai para vender a tecnologia. As partículas de areia normalmente têm uma baixa capacidade de retenção de água, mas com a Liquid Nanoclay, as partículas se unem e podem reter água por mais tempo, aumentando o rendimento.
(…) “A técnica reduziu o consumo de água e mais de 50%, o que significa que posso duplicar a área verde com a mesma quantidade de água.” O solo precisa receber uma pequena manutenção a cada quatro ou cinco anos.
A técnica pode vir a ser útil a agricultores de diversas regiões do planeta no futuro por causa do avanço da desertificação e da necessidade de cultivar alimentos em condições cada vez mais hostis.
A cada ano no mundo, uma área equivalente a metade do Estado de São Paulo se converte em deserto como consequência do aumento da seca, do desmatamento e dos métodos intensivos de cultivo. (…)
Fonte: BBC
O Homem e a natureza nº 21
Poluição mata mais que guerra e violência
A poluição mata mais pessoas anualmente que todas as guerras e violência no mundo, tabaco, fome, desastres naturais, aids, tuberculose e malária, concluiu um estudo americano.
Uma em cada seis mortes prematuras no mundo registradas em 2015 – cerca de nove milhões – podem ser atribuídas a doenças por exposição tóxica, de acordo com um estudo divulgado pela revista científica The Lancet.
Segundo o artigo, a poluição do ar foi responsável por 6,5 milhões de mortes, seguida pela poluição da água, que matou aproximadamente 1,8 milhão de pessoas.
A estimativa de cerca de nove milhões de mortes prematuras por poluição ambiental, considerada conservadora pelos autores do estudo, é um valor 1,5 maior do que o número de pessoas mortas pelo tabagismo e três vezes o número de mortes por aids, tuberculose e malária juntos. A estatística supera também em 15 vezes o número de pessoas mortas em guerras ou outras formas de violência.
Segundo o estudo, 92% das mortes relacionadas à poluição ocorreram em países em desenvolvimento de baixa ou média renda. Uma em cada quatro mortes prematuras na Índia em 2015, ou cerca de 2,5 milhões, foram atribuídas à poluição. Na China, as causas ambientais foram o segundo maior motivo de óbitos, causando mais de 1,8 milhão de mortes prematuras, ou uma em cada cinco.
O estudo é a primeira tentativa de reunir dados sobre doenças e mortes causadas por todas as formas de poluição combinadas, do ar à água contaminada. (…)
Fonte: Made for minds
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4 Comments to “ Reflexões ecológicas”
Olá Maduca.
Assim como eu, talvez outros demorem a perceber que teu nome, escrito em vermelho em teu comentário, é o link de teu site.
Aproveito esta autocrítica e estas reflexões para divulgar teu link e recomendar teu site (que eu visitei e gostei). Importantes e graves as revelações sobre a história e as estratégias da sociedade capitalista de consumo (tão nefasta para o meio ambiente) mostradas e documentadas no vídeo sobre “obsolescência programada”.
Continuo com a opinião de que deverias, sempre que possivel e conveniente, divulgar o endereço eletrônico de teu site, o que poderia facilitar o acesso dos interessados.
Abraço.
Rui
Oi. Visite o meu blog de design ecológico; já coloquei um
link para vocês em meio ambiente. Abraço. Maduca.
Oi Maduca.
No teu comentário a Gaianet tu não deste o nome e o endereço do teu site. Por favor, apresente para mim e para os leitores de GaiaNet o endereço eletrônico de teu blog. Seria bom e importante para nós visitarmos o teu site e lermos, vermos e aprendermos mais sobre design ecológico.
Obrigado pelo vínculo com GaiaNet.
Abraço.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Olá Rui… Gostei muito do seu trabalho… E de como voce traz as informações… Parabéns!
Estou linkando este espaço no blogue 365 Atos… Um grande abraço.