Saúde mental
Freud Explica nº 22
A Religião nº 10
Tentei demonstrar que as idéias religiosas surgiram da mesma necessidade de que se originaram todas as outras realizações da civilização, ou seja, da necessidade de defesa contra a força esmagadoramente superior da natureza.
A isso acrescentou-se um segundo motivo: o impulso de retificar as deficiências da civilização, que se faziam sentir penosamente. Ademais, é especialmente apropriado dizer que a civilização fornece ao indivíduo essas idéias, porque ele já as encontra lá; são-lhe presenteadas já prontas, e ele não seria capaz de descobri-las por si mesmo.
Aquilo em que ele está ingressando constitui a herança de muitas gerações, e ele a assume tal como faz com a tabuada de multiplicar, a geometria, e outras coisas semelhantes.
Sigmund Freud, O Futuro de uma Ilusão, 1927, Imago Editora, 1974, página 33
Rui Iwersen
Em Defesa da Ciência n° 03
Justiça suspende lei que obriga escola a ter 3 exemplares da Bíblia em destaque
Florianópolis – A lei municipal que obrigava todas as escolas de Florianópolis a disporem de exemplares da Bíblia em local de destaque foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina na última semana. A decisão do desembargador Lédio Rosa Andrade, publicada na sexta-feira, 17/04, concedeu liminar em uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo Ministério Público Estadual. A lei entrou em vigor em 17 de março (…)
A lei proposta pelo vereador Jerônimo Alves (PRB), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), determinava que as escolas públicas e particulares da cidade dispusessem de três exemplares do Livro, um impresso, um em braile e um em áudio. (…)
Fonte: Zip Net
Freud Explica nº 21
A Religião nº 9
Na doutrina cristã, assim, os homens estavam reconhecendo da maneira mais indisfarçada o ato primevo culposo, uma vez que encontraram a mais plena expiação para ele no sacrifício desse filho único. A expiação para com o pai foi ainda mais completa visto que o sacrifício se fez acompanhar de uma renúncia total às mulheres, por causa de quem a rebelião contra aquele fora iniciada.
Mas, nesse ponto, a inexorável lei psicológica da ambivalência apareceu. O próprio ato pelo qual o filho oferecia a maior expiação possível ao pai conduzia-o, ao mesmo tempo, à realização de seus desejos contra o pai. Ele próprio tornava-se Deus, ao lado, ou, mais corretamente, em lugar do pai. (…)
Na tragédia grega, o tema especial de representação eram os sofrimentos do bode divino, Dionísio, e a lamentação dos bodes seus seguidores que se identificavam com ele. Assim sendo, é fácil compreender como o drama, que tinha se extinguido, voltou a brilhar com nova vida na Idade Média, em torno da Paixão de Cristo.
Sigmund Freud, Totem e Tabu [1912-13], Imago Editora Ltda, Rio de Janeiro, 1974, páginas 177 e 179
Rui Iwersen
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