Saúde mental
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 40
Dois bilhões de pessoas não têm acesso à água limpa
No mundo todo, mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso à água limpa para viver.
“Para cerca de 300 milhões de pessoas que não têm água limpa, o problema é agravado pelo conflito armado e pela violência. Essas pessoas são as mais vulneráveis de todas”, segundo Roberto Mardini, diretor geral do CICV.
Fonte: Boletim do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), abril de 2024; foto: Biodiesel Brasil.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 12
Contaminação dos Yanomami pelo garimpo ilegal
94% dos Yanomami estão contaminados por mercúrio.
Fonte: Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz); foto: SOS Amazônia.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 11
O cérebro humano possui 3.300 tipos de células, 86 bilhões de neurônios e 84 bilhões de outras células
3.300 tipos de células estão presentes no cérebro humano, segundo o Brain Cell Census: um projeto de 375 milhões de dólares que foi iniciado em 2017 pelo National Institutes of Health (NIH), do governo americano, e agora publicou seus primeiros resultados.
A complexidade surpreendeu os cientistas – até então, acreditava-se que o cérebro tivesse algumas centenas de tipos de células, não milhares. Além dos neurônios, 86 bilhões deles, o órgão também possui 84 bilhões de outras células, que desempenham diversas funções.
Super Interessante, edição 457, novembro de 2023, Supernovas, página 13; foto: Microsoft Bing.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 7
As vacinas oferecem proteção para mais de 30 doenças
Por ano, a vacina previne 3 milhões de mortes ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e oferece proteção para mais de 30 doenças.
Super Interessante, Edição 408, outubro 2019, página 61, A saga das vacinas; foto: Governo do Estado do Ceará.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet
Em Defesa da Ciência nº 32
A dopamina não tem a ver com prazer, e sim, com a antecipação do prazer
O animal [um macaco] foi treinado para saber que, quando a luz da jaula acendia, ele tinha que pressionar uma alavanca dez vezes para ganhar comida. E outras dez vezes para ganhar mais.
[O biólogo Robert] Sapolsky acreditava que o nível de dopamina no cérebro do macaco aumentaria quando ele recebesse a recompensa. Mas, na verdade, isso acontecia antes: quando o macaco via a luz acender. “A dopamina não tem a ver com prazer, e sim, com a antecipação do prazer”, declarou Sapolsky, ao comentar o resultado.Super Interessante, Smartphone: o novo cigarro, Edição 408, outubro 2019, página 26; foto: Mega Curioso.
Rui Iwersen, médico psiquiatra, editor de GaiaNet.
Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 4
Pesquisa revela que é comum a atração entre bichos do mesmo sexo
Em seu livro de 750 páginas – Biological Exuberance – Animal Homossexuality and Natural Diversity (Exuberância Biológica – Homossexualidade Animal e Diversidade Natural) o biólogo americano Bruce Bagemihl analisou 450 espécies, principalmente de mamíferos e aves, todas praticantes, em maior ou menor grau, de hábitos homossexuais.
Super Interessante, Homossexualismo animal, ano 13, nº 8, agosto de 1999, página 27; foto: Hypeness.
Einstein pergunta a Freud: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?
Prezado Professor Freud,
A proposta da Liga das Nações e de seu Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual, em Paris, de que eu convidasse uma pessoa, de minha própria escolha, para um franco intercâmbio de pontos de vista sobre algum problema que eu poderia selecionar, oferece-me excelente oportunidade de conferenciar com o senhor a respeito de uma questão que, da maneira como as coisas estão, parece ser o mais urgente de todos os problemas que a civilização tem de enfrentar. Este é o problema: Existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?
É do conhecimento geral que, com o progresso da ciência de nossos dias, esse tema adquiriu significação de assunto de vida ou morte para a civilização, tal como a conhecemos; não obstante, apesar de todo o empenho demonstrado, todas as tentativas de solucioná-lo terminaram em lamentável fracasso.
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, página 241 (1ª frase do artigo original); foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 3
O Homem é o único animal que faz guerra contra a própria espécie
“Há mais de 100 países afetados pelas guerras.”
(Fonte desconhecida)
“Guerras e outros conflitos envolvem mais de 100 milhões de pessoas.”
(ACNUR, agência de refugiados da ONU)
“Uma em cada seis crianças está crescendo em zonas de guerra ao redor do mundo.”
(Comité Internacional da Cruz vermelha – CICV)
“Gaza se tornou um cemitério a céu aberto de crianças palestinas, e um inferno para todas as outras.”
(Organização Mundial de Saúde – OMS)
Foto: O Globo; bombardeios de Israel sobre os palestinos de Gaza.
Freud fala de guerra e de paz para Einstein e para nós
A guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização. (…)
Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra.
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, páginas 258 e 259 (pg. 16 e 17 do artigo original); foto: Guerra e Paz, murais na ONU do pintor brasileiro Cândido Portinari, 1957.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 4 – Ilha de Páscoa
Os moais são hoje o símbolo do apocalipse do povo de Pascoa, causado por ele mesmo.
Em 1700, 70% da população de Páscoa tinha desaparecido. No lugar dos imensos moais, escultores agora faziam pequenas estátuas (os moais kavakava) que mostram pessoas famintas, com o rosto fundo e as costelas à mostra.
Quando Roggeveen chegou à ilha, iniciou uma segunda fase de extinção. As epidemias de doenças trazidas com os europeus e, mais tarde, os sequestros de insulares para trabalhar como escravos no Peru terminaram por dizimar a população. Entre 1862 e 1863, cerca de 1500 pessoas (metade da população) foram sequestradas.
Com a chegada dos missionários católicos, em 1864, o pouco de tradição oral que restava foi perdido. Em 1872, havia apena 111 habitantes (em seu auge, em 1400, estima-se que a população da ilha era de 15 mil pessoas). (…)
Os moais, restaurados, são hoje o símbolo do apocalipse de seu povo. Causado por ele mesmo.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Jornal da Fronteira.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 3 – Ilha de Páscoa
Os habitantes de Páscoa desmataram a ilha, como estamos desmatando o Planeta
O desmatamento desenfreado [de Páscoa] teve impactos profundos na ilha. (…) Erosões no solo dificultavam o plantio. Em 1500, já não havia mais árvores para a construção de canoas e por isso a pesca de peixes grandes despencou. Até mesmo os anzóis feitos de ossos de peixe desapareceram.
O cenário de crise aumentou a tensão entre os clãs. Por volta de 1680, explodiram guerras civis, e os clãs começaram a derrubar as estátuas dos rivais (quando os europeus chegaram, as estátuas estavam no chão). As pedras dos sagrados ahus foram profanadas e usadas como barreira para tentar evitar que o vento varresse novas plantações.
Nobres e sacerdotes já não conseguiam justificar seus status junto aos deuses, e foram eliminados por uma milícia (os matatoas) que assumiram o poder na ilha. (…) Faminta, a sociedade se degradou até o canibalismo…
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Folha PE (Ilha desmatada e inflamável).
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 2 – Ilha de Páscoa
O tamanho dos moais foi aumentando, o que sugere um acirramento na competição entre os clãs ou um maior apelo aos deuses
Nessa época, a sociedade [de Páscoa] se dividia em 12 clãs. Eles compartilhavam pacificamente os recursos naturais da ilha. A competição se resumia à fabricação das estátuas (os moais). Os moais representavam membros mortos das elites dos clãs.(…) Ao longo da história da ilha, o tamanho dos moais foi aumentando, o que sugere um acirramento na competição entre os clãs ou um maior apelo aos deuses. (…)
O auge da construção dos moais foi entre 1400 e 1600, período que o consumo de alimentos aumentou 25%. As estátuas requeriam, além de “combustível” para os trabalhadores, quilômetros de cordas grossas, muita madeira para os trenós, trilhos e alavancas.
As árvores também eram derrubadas para a construção de canoas, com as quais os homens se lançavam ao mar em busca de peixes e golfinhos. Eram também usadas nas fogueiras com as quais aqueciam os corpos, preparavam a comida e cremavam os mortos.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 58; foto: BBC.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Reflexões sobre o Racismo nº 1
Não existem raças na espécie humana
Pesquisa genética internacional mostra que não existem raças na espécie humana, derrubando qualquer base científica para a discriminação.
As diferenças genéticas mostram que, desde o princípio, as linhagens humanas rapidamente se espalharam por toda a humanidade, indicando um grande grau de contato entre as populações.
Os genes que determinam o tipo físico são apenas antigas adaptações biológicas a uma região geográfica.
Seja Racista Se For Capaz – somos todos um só, Isto É, nº 1520, 18 de novembro de 1998, páginas 129, 130 e 131
Matéria editada originalmente nas páginas Saúde mental e Reflexões ecológicas em 4 de novembro de 2015.
Rui Iwersen
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 1 – Ilha de Páscoa
A ilha chegou a abrigar a maior espécie de palmeira do mundo e uma floresta tropical com mais de 21 espécies de grandes árvores
[A ilha de] Páscoa é formada a partir de três vulcões que se ergueram do mar há milhões de anos. A topografia suave, sem penhascos acentuados, é caminho aberto para fortes ventos oceânicos. O clima é ameno, frio para os padrões polinésios [seus colonizadores]; a baixa temperatura do mar prejudica a formação de recifes de coral e diminui a oferta de peixes e moluscos. Os grandes costados de pedra dificultam ainda mais a pesca. A vida parece nunca ter sido fácil naquele canto do mundo.Se hoje o cenário é desolador, fósseis encontrados recentemente na lava vulcânica revelam que a ilha chegou a abrigar a maior espécie de palmeira do mundo e uma floresta tropical com mais de 21 espécies de grandes árvores. Essa foi a grande fonte de matéria – prima da civilização em seu apogeu.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 58; foto: Felipe, o pequeno viajante
1º artigo desta nova série de GaiaNet que apresentará trechos do relato de apocalipses de alguns povos da antiguidade e de uma entrevista com Jared Diamond, autor do livro Colapso.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
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