Saúde mental
A cultura do estupro nº 1
Estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro, divulgado nas redes sociais, expõe a realidade sócio cultural brasileira
A cada 11 minutos, uma mulher é violentada no Brasil.
Em 70% dos casos as vítimas são crianças e adolescentes, de acordo com o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (Ipea). Como no caso da garota, cerca de 15% dos estupros são cometidos por dois ou mais algoses.
Um raio x dos estupros no Brasil
Quem são as vitimas…
-88% das vitimas de estupro são mulheres
-70% são crianças e adolescentes
-46% não tem o ensino fundamental completo
…e os agressores
-24% dos agressores das crianças são o próprio pai ou padrasto
-32% dos casos são amigos ou conhecidos das vítimas
-15% dos estupros são cometidos por dois ou mais agressores
O estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, ÉPOCA, nº 937, 30 de maio de 2016, páginas 59, 60, 61 e 62
Rui Iwersen
Reflexões sobre a corrupção nº 20
As bases sócio culturais da corrupção brasileira
Certa vez, num debate, um empresário levantou a mão e me fez uma pergunta óbvia: “O senhor não acha que a gente deveria começar essa formação ética nas escolas, com as crianças?”. Eu disse: sem dúvida, mas tem uma providência prévia: parem de corromper.
Não existe corrupção sem corruptor. Como a corrupção é feita com dinheiro e o dinheiro vem do setor empresarial, basta vocês pararem de corromper e a gente pode dar conta nas escolas, nas próximas duas gerações.
Mario Sérgio Cortella, Época Negócios, nº 110, abril de 2016, página 90
Rui Iwersen
O assassinato despercebido dos jovens brasileiros
Naqueles nove minutos que dedicamos para um banho mais demorado, uma pessoa é assassinada. Na hora que gastamos dentro do carro, no trânsito, sete pessoas são mortas violentamente. (…) Cento e sessenta e oito homicídios acontecem nas 24 horas que apartam um café da manhã de outro. Mais de 5 mil em um mês.
Em um único ano, o de 2014, foram 59.627 homicídios no Brasil – mais de 31 mil eram jovens. Mas somos incapazes de oferecer nove minutos de nossas vidas para lamentar, ou sequer notar, nossa juventude perdida. (…)
Por que seguimos adormecidos para a imensa tragédia de sermos o país que mais mata no mundo em termos absolutos? Por que não nos comove ter, na pátria amada e tão gentil, 10% dos homicídios do planeta?
A epidemia do descaso, ÉPOCA, nº 928, 28 de março de 2016, páginas 48 e 49
Rui Iwersen
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