Saúde mental
Alerta à humanidade nº 35
Pesquisa indica que poluição pode danificar cérebro e contribuir para Alzheimer
Representação da quebra de conexão entre células cerebrais como acontece em pacientes com Alzheimer
É sabido que ambientes poluídos provocam dificuldades respiratórias, problemas cardíacos e até morte prematura. Agora, um novo estudo traz mais um motivo de alerta: partículas de compostos de ferro oriundas da poluição do trânsito podem chegar ao cérebro.
Amostras do cérebro de corpos de pessoas que viveram e morreram na Cidade do México – que é um dos lugares mais poluídos do mundo e onde uma grande nuvem cinzenta paira no ar – foram analisados em um laboratório da Universidade de Lancaster, na Inglaterra.
(…) “Identificamos milhões de partículas de poluição no cérebro. Num grama de cérebro humano, haverá milhares de partículas. É um milhão de oportunidades para essas partículas provocarem danos nas células do cérebro”, explica a professora Barbara Maher, da Universidade de Lancaster.
Magnetita pode ocorrer naturalmente no cérebro em pequenas quantidades, mas as partículas formadas ali têm um formato irregular distinto.
(…) “É uma descoberta. É toda uma nova área para ser investigada e entendida – se essas partículas de magnetita estão causando ou acelerando doenças neurodegenerativas.”
(…) Uma forte suspeita ainda não comprovada empiricamente é que essas partículas são capazes de quebrar conexões entre as células cerebrais, exatamente como acontece com doenças como o Alzheimer. (…)
Fonte: BOL Notícias e BBC Brasil
Reedições de GaiaNet
Freud Explica nº 24
A Guerra nº 4
Pensando no absurdo terror em Paris, Bruxelas, Londres, Iraque, Afeganistão, Síria, Turquia, Orlando, Nice e et cétera, reedito hoje o quadro Freud Explica número 24, de 4 de junho de 2015, em que Freud escreve a Einstein e à Liga das Nações sobre a guerra.
A pedido de Einstein e da Liga das Nações (a atual ONU), Freud explica a guerra
Prezado Professor Einstein
(…) As modificações psíquicas que acompanham o processo de civilização são notórias e inequívocas. Consistem num progressivo deslocamento dos fins instintuais e numa limitação imposta aos impulsos instintuais. (…)
Dentre as características psicológicas da civilização, duas aparecem como as mais importantes: o fortalecimento do intelecto, que está começando a governar a vida instintual, e a internalização dos impulsos agressivos com todas as suas consequências e perigos. Ora, a guerra se constitui na mais óbvia oposição à atividade psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização.
Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra.
Cordialmente,
Sigmund Freud
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, páginas 258 e 259
Rui Martins Iwersen
A cultura do estupro nº 4
918 mulheres. Esse foi o número de vítimas de violência sexual que entrou em contato com a redação para compartilhar suas doloridas histórias e nos ajudar a mostrar que o estupro, infelizmente, se tornou uma epidemia no Brasil.
São mulheres de todas as classes sociais e idades, anônimas ou famosas, que – assim como a adolescente carioca que foi abusada por 33 homens ao sair de um baile funk – foram duplamente vítimas da pior forma de machismo que existe. Sofreram estupro físico e moral. O primeiro, na hora do ato sexual não consentido. E o segundo quando, ao contarem suas histórias para parentes, policiais ou amigos, tiveram de ouvir (e ler) comentários como: “Quem mandou ir a baile funk?”; “Fica se insinuando e depois quer se safar” e até “Se foi o marido que forçou a barra, não é estupro”.
É estupro, sim.
Marina Caruso, diretora de redação da revista Marie Claire, julho de 2016, página 13
Rui Iwersen
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