Saúde mental
Nazismo e religião
“Num discurso em Munique, em 1923, Hitler disse: “A primeira coisa a fazer é resgatar [a Alemanha] do judeu, que está arruinando nosso país […] Queremos evitar que nossa Alemanha sofra, como Aquele sofreu, da morte na Cruz”.
Num discurso em Berlim em 1933, Hitler disse: “Estávamos convencidos de que o povo precisa e requer essa fé. Assumimos portanto a luta contra o movimento ateísta, e não apenas com umas poucas declarações teóricas: nós o exterminamos”.”
Richard Dawkins, Deus, um delírio, Companhia das Letras, 2016, 20ª reimpressão, página 353
Rui Iwersen
Saúde mental de refugiados nº 7
Dia Mundial do Refugiado
No último ano 9.552 pessoas de 82 nacionalidades foram recebidas como refugiados no Brasil.
Os países com maior número de solicitantes de refúgio no Brasil em 2016 foram Venezuela (3.375), Cuba (1.370), Angola (1.353), Haiti (646) e Síria (391). Desde o início do conflito na Síria, 3.772 sírios solicitaram refúgio no Brasil.
Os dados foram divulgados hoje (Dia Mundial do Refugiado) pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet e de f/gaianet.com
Iraquianos assolados pela guerra lotam instituições de saúde mental
Mustafa, 6, tem pesadelos, chora ao ouvir o ruído de aviões e às vezes molha as calças, sintomas que se agravaram no ano passado quando uma explosão em Mossul matou seu primo e feriu seu pai, na frente dele.
Mustafa foi uma jovem testemunha de mais de dois anos de regime do Estado Islâmico e meses de lutas pesadas com o objetivo de expulsar os extremistas da segunda maior cidade do Iraque.
Assim como inúmeros iraquianos, ele mostra sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, uma epidemia originária de anos de guerra que está sobrecarregando os limitados serviços de saúde mental do Iraque.
“Ele quer que eu fique sempre com ele. Tem medo, apavora-se com ruídos fortes. Até quando as crianças falam alto ele se assusta”, disse a mãe de Mustafa, Intisar Jadan Sultan, no acampamento Khazer para pessoas desalojadas. “Ele não dorme bem, não consegue relaxar, grita e chora até que eu o pegue no colo.” (…)
Profissionais de saúde mental dizem que muitos moradores de Mossul desalojados sofrem pesadelos, ansiedade, depressão, agressão e irritabilidade, todos sinais do transtorno, uma condição que pode se desenvolver após exposição à violência séria. (…)
Fonte: Folha e UOL
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