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Teoria de Gaia

terça-feira, 14 julho 2009 by Rui Iwersen

Pequenas sínteses de livros e artigos sobre a Terra ilustrativos da Teoria de Gaia de James Lovelock – a análise científica de um planeta vivo e doente.

Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 51

Rios brasileiros correm o risco de perder água

Pesquisadores da USP analisaram 17.972 poços localizados a menos de 1 km de rios de todo o Brasil, e encontraram um sinal preocupante: mais da metade deles (55 %) apresentou nível inferior ao do rio mais próximo – indicando que, a longo prazo, os rios podem perder água. (…)

Isso indica que, se existir uma conexão hidráulica entre o rio e o aquífero, esse rio pode estar perdendo água para o aquífero. É um processo natural. Se o nível do aquífero estiver acima do nível do rio, o rio potencialmente está recebendo água do aquífero. Caso contrário, ele está potencialmente perdendo água para o aquífero.

O bombeamento de água subterrânea pode rebaixar o nível do aquífero, fazendo com que um rio que antes recebia água passe a perdê-la para o aquífero. A longo prazo, dependendo das condições geológicas e climáticas, isso pode reduzir a vazão do rio.

Fonte: Super Interessante, edição 474, abril 2025, página 12; foto: Jota 

Rui Iwersen, editor de GaiaNet


Gelo polar deve seguir derretendo até 2300

Mesmo se a humanidade cortar drasticamente as suas emissões de CO2, em quantidade suficiente para alcançar  o estado de “carbono negativo”(situação em que o carbono da atmosfera começa a diminuir), e fizer isso relativamente rápido, já a partir de 2050, o Círculo Polar Ártico deve continuar derretendo por muito tempo, pelo menos até o ano 2300.

Essa é a conclusão pouco animadora de uma simulação feita por cientistas da Coréia do Sul, que analisaram áreas cobertas por permafrost: regiões polares onde o gelo normalmente nunca derrete, mas devido às mudanças climáticas começou a fazer isso [derreter].

Segundo o estudo, os polos vão continuar descongelando porque o aquecimento global já tomou muito impulso – e também porque, ao derreter, o permafrost libera CO2 e metano, que retêm calor na atmosfera e realimentam o processo [e libera também micro-organismos, talvez nocivos à saúde humana ou de outros animais].

Fonte: Bruno Garattoni, Supernovas, Super Interessante, edição 473, março 2025, página 10; foto: Aventuras no Conhecimento.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 25

Mensagem à COP 30 – nº 6   

Podemos transformar em mata mista milhares de hectares dos milhões de hectares de terras improdutivas

Não será através de um reflorestamento geral de uma paisagem, há muito tempo cultivada, que se poderá fomentar a preservação ou a ampliação de uma paisagem de regeneração.

O que mais importa, nessas tradicionais zonas de cultivo, é realizar florestamento limitado, para conservar, por exemplo, os vales relvados dos maciços centrais e os pastos no alto das serras.

Mesmo assim, ainda fica a possibilidade de se transformar numa mata mista milhares de hectares dos milhões de hectares de terras improdutivas que se encontram à disposição.

Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável?, 1973, Biblioteca do Exército, 1979, páginas 174 e 175; foto: Diário do Nordeste.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 47

A humanidade extraiu 2,1 trilhões de toneladas de água do subsolo e deslocou  o eixo rotacional da Terra  

0,8 m foi quanto a humanidade deslocou  o eixo rotacional da Terra entre 1993 e 2010, segundo um novo estudo publicado por cientistas da Universidade Nacional de Seul (Coréia do Sul). Segundo eles, isso aconteceu por causa da extração de água do subsolo.

Nas duas décadas analisadas, a humanidade extraiu 2,1 trilhões de toneladas de água, e a maior parte dela foi parar nos oceanos – o que redistribuiu a massa do planeta, e empurrou o eixo da Terra 80 cm na direção leste.

Fonte: Super Interessante, edição 453, julho de 2023, Supernovas, página 13; foto: Freepik.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 46

Os desertos surgem do esgotamento lento do solo através de uma exploração crescente de seus recursos

Quando a erosão do solo alcança determinados níveis, a terra se torna estéril. Os efeitos dos desmatamentos podem ser detectados em todo o mundo, nas suas consequências mais devastadoras.

Sobre isso escrevem, por exemplo, Jacks e White: “Os desertos da China Setentrional, Pérsia, Mesopotâmia e da África do Norte contam, todos eles, a mesma história do esgotamento lento do solo através de uma exploração crescente de seus recursos, determinada por uma civilização que foi se expandindo. Ele foi explorado de tal forma que não lhe restou força alguma para se recuperar. Naturalmente, à exaustão do solo seguiu-se – um fato que hoje se pode constatar – a erosão. (…)”

Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável?, 1973, Biblioteca do Exército Editora, 1979, página 33; foto: Freepik.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 42

Dia da Sobrecarga da Terra, indicador calculado desde 1971, mostra que em 2023 usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar

Hoje, o aquecimento global e outros problemas ambientais são temas dominantes – e urgentes. Todo ano, a ong americana Global Footprint Network calcula o chamado Dia da Sobrecarga da Terra, a data em que ultrapassamos a capacidade do planeta de reequilibrar seus sistemas ecológicos e regenerar recursos naturais.

Esse indicador é calculado desde 1971; naquele ano, a humanidade atravessou o limite em dezembro. Já em 2023, isso aconteceu no dia 2 de agosto. Isso significa que, no ano passado, usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar.

Fonte: Super Interessante, edição 459, janeiro de 2024, O fim da superpopulação, página 22; foto: A Terra é Redonda.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 41

Modelo teórico mostra a dinâmica do colapso ambiental 

Os vínculos intrincados entre algas que vivem nos oceanos, produção de gás enxofre, química atmosférica, física das nuvens e clima vêm, aos poucos, sendo descobertos em dezenas de laboratórios ao redor do mundo. (…)

Quando executamos nosso modelo aumentando gradualmente a entrada de calor do Sol, ou  mantendo o Sol constante mas aumentando a entrada de dióxido de carbono, como estamos fazendo agora no mundo real, o modelo mostrou um bom equilíbrio, com os ecossistemas oceânico e terrestre desempenhando seus papéis. Mas, quando a quantidade de dióxido de carbono se aproximou de 500 ppm, o equilíbrio começou a falhar, e ocorreu um súbito aumento de temperatura. A causa foi o colapso do ecossistema oceânico. Com o aquecimento do mundo, a expansão da superfície morna dos oceanos privou as algas de nutrientes, até que elas se extinguissem. Com a diminuição da área de oceano coberta por algas, seu efeito resfriador diminuiu e a temperatura disparou.

James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, páginas 40 e 41; foto: Olhar Digital.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 23

Biodiversidade nº 13

Efeito das mudanças climáticas sobre os animais silvestres

“50% das espécies animais brasileiras estão mudando de habitat.”

Fonte: Globo News, Cidades e Soluções, 2 de junho de 2024; foto: Uninter Notícias.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 39

Perdas e ganhos do planeta Terra

“Estima-se que caiam algo entre 30 e 100 mil toneladas [de meteoritos] por ano na Terra. O valor médio estaria por volta de 45 mil toneladas anuais”,  diz o astrofísico Gastão Lima Neto, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências atmosféricas (IAG) da USP. Se levarmos em consideração a massa de 5,9 sextilhões de toneladas do planeta Terra, alguns quilinhos a mais não fazem tanta diferença. (…)

Nem só de ganhos, porém, vive este bólido. Também há perdas. Por dia, aproximadamente 90 toneladas de ar vão embora (temos 5 trilhões de toneladas, não se preocupe). Os gases que escapam, em geral, são os mais leves: hidrogênio e hélio.

Fonte: Super Interessante, edição 459, janeiro de 2024, Oráculo, página 62; foto: Brasil Escola – UOL.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 38

Ondas de calor estão ficando mais lentas

Elas [as ondas de calor] ficam mais tempo sobre cada lugar, e isso – além de causar verões infernais – pode aumentar o risco de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, tornados, secas e inundações.

Essa foi a conclusão de cientistas chineses, que analisaram registros históricos e constataram que a duração média das ondas de calor, em todo o mundo, aumentou de 8 dias (entre 1979 e 1984) para 12 dias (entre 2016 e 2020). Além disso, sua velocidade também caiu: hoje, as ondas de calor se deslocam 10% mais lentamente (andando em média 300 km por dia).

Segundo os pesquisadores, trata-se de um resultado direto das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.

Fonte: Super Interessante, edição 462, abril de 2024, Supernovas, página 15; foto: Observatório do Clima.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 33

Gaia, como o camelo, tem diversos estados estáveis, de modo a poder acomodar-se ao ambiente interno e externo mutável 

Há pouco tempo, ao me dar conta do aquecimento global, pensei na Terra mais como um camelo. Os camelos, ao contrário da maioria dos animais, regulam a temperatura corporal em dois estados diferentes, mas estáveis.

Durante o dia no deserto, quando faz um calor insuportável, os camelos a regulam perto de 40ºC, temperatura bem próxima daquela do ar para não precisarem esfriar o corpo suando água preciosa. À noite o deserto é frio, podendo até provocar geada. O camelo perderia muito calor se tentasse permanecer em 40º; assim, ele muda a regulação para uma temperatura mais adequada de 34ºC, que é quente o bastante.

Gaia, como o camelo, tem diversos estados estáveis, de modo a poder acomodar-se ao ambiente interno e externo mutável. Na maior parte do tempo, as coisas permanecem estáveis, como aconteceu nos últimos milhares de anos antes da virada para o século XX. Quando o forçamento é forte demais, para o calor ou o frio, Gaia, à semelhança de um camelo, passa para um novo estado estável mais fácil de manter. Ela está na iminência de fazer isso agora [2006].

James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 28; foto: Olhar Digital.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Colapsos – Série de GaiaNet nº 22

Colapso nº 8 – Ocaso da Groenlândia Nórdica 

Além das construções, os nórdicos usavam lenha e carvão para fundir metal e para aquecer água; e a madeira acabou de vez

As menores alterações no clima eram suficientes para afetar as pastagens de feno e a quantidade de gelo no mar, o que influía diretamente na caça às focas e nas atividades comerciais da pequena civilização. E o tempo foi esfriando cada vez mais, a ponto de isolar a ilha.

A madeira, já escassa, acabou de vez. Além das construções, os nórdicos usavam lenha e carvão para fundir metal e para aquecer água.

A turfa – vegetal musgoso que recobre o solo – passou a substituir a madeira nas casas e nas fogueiras. Sem essa “pele” natural, a erosão e os ventos deixaram o solo fraco e pouco produtivo.

Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 63; foto: Livros Vikings.  

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 32

Temos de assegurar que as cidades estejam adequadamente defendidas para os estágios iniciais da guerra climática 

Sem perder de vista a escala global do perigo, as nações individuais precisam pensar em maneiras de salvar a si mesmas, bem como o mundo. (…) Não se trata de chauvinismo nem egoísmo: talvez seja a forma mais rápida de assegurar que cada vez mais países, movidos por seus interesses próprios, atuem localmente sobre a mudança global.

(…) precisamos agir agora como se estivéssemos prestes a ser atacados por um inimigo poderoso. Primeiro temos que assegurar nossas defesas contra a mudança climática, antes que o  ataque comece. Os locais mais vulneráveis são as cidades próximas do nível do mar agora (…)

Antes de tudo temos de assegurar que estejam adequadamente defendidas para os estágios iniciais da guerra climática e, depois, estar preparados para evacuá-las, de forma ordeira, quando as enchentes avançarem. Uma vez que a Terra comece a passar rapidamente para seu novo estado mais quente, a mudança climática por certo tumultuará o mundo político e comercial. As importações de alimentos, combustível e matérias-primas ficarão cada vez mais difíceis, à medida que os fornecedores em outras regiões forem assolados por secas e enchentes.

James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 25; foto: Portal Ambiente Legal.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.


Série de GaiaNet nº 20

Saúde do Planeta nº 31

Competição entre espécies durante mudança climática

Quando acontece uma mudança climática, sementes inativas, plantas raras, ou sementes ao vento ou nas patas das aves têm uma chance maior ou menor de crescer; se maior, elas florescem e competem com as espécies nativas, até se tornarem parte estável do ecossistema.

Durante o período de competição, a biodiversidade aumenta, mas volta a declinar quando o ecossistema se adapta às novas condições.

James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 50; foto: NEPAM – /Unicamp.

Rui Iwersen, editor de GaiaNet.

 

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