Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 21
Os relatos coloniais inicialmente falam de grandes aldeias, vastas esquadras de canoas, gente para todo lado
Não é nada surpreendente que os relatos coloniais inicialmente falem de grandes aldeias, vastas esquadras de canoas, gente para todo lado e, em algumas décadas, isso tudo vire fumaça, enquanto os portugueses da costa brasileira sentem a necessidade de ir procurar mão de obra cada vez mais nos cafundós do interior, ou então de arrancá-la da África.
Alguns cronistas, aliás, apontam uma relação perversa ainda mais direta entre epidemias e escravidão indígena: com tanta gente morta, os sobreviventes não davam conta de obter comida, por pura falta de braços para plantar, vendendo a si próprios como cativos para não morrer de fome.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 218; foto: Café História.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 3
O Homem é o único animal que faz guerra contra a própria espécie
“Há mais de 100 países afetados pelas guerras.”
(Fonte desconhecida)
“Guerras e outros conflitos envolvem mais de 100 milhões de pessoas.”
(ACNUR, agência de refugiados da ONU)
“Uma em cada seis crianças está crescendo em zonas de guerra ao redor do mundo.”
(Comité Internacional da Cruz vermelha – CICV)
“Gaza se tornou um cemitério a céu aberto de crianças palestinas, e um inferno para todas as outras.”
(Organização Mundial de Saúde – OMS)
Foto: O Globo; bombardeios de Israel sobre os palestinos de Gaza.
Freud fala de guerra e de paz para Einstein e para nós
ONU/Lois Conner
A guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização. (…)
Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra.
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, páginas 258 e 259 (pg. 16 e 17 do artigo original); foto: Guerra e Paz, murais na ONU do pintor brasileiro Cândido Portinari, 1957.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 4 – Ilha de Páscoa
Os moais são hoje o símbolo do apocalipse do povo de Pascoa, causado por ele mesmo.
Em 1700, 70% da população de Páscoa tinha desaparecido. No lugar dos imensos moais, escultores agora faziam pequenas estátuas (os moais kavakava) que mostram pessoas famintas, com o rosto fundo e as costelas à mostra.
Quando Roggeveen chegou à ilha, iniciou uma segunda fase de extinção. As epidemias de doenças trazidas com os europeus e, mais tarde, os sequestros de insulares para trabalhar como escravos no Peru terminaram por dizimar a população. Entre 1862 e 1863, cerca de 1500 pessoas (metade da população) foram sequestradas.
Com a chegada dos missionários católicos, em 1864, o pouco de tradição oral que restava foi perdido. Em 1872, havia apena 111 habitantes (em seu auge, em 1400, estima-se que a população da ilha era de 15 mil pessoas). (…)
Os moais, restaurados, são hoje o símbolo do apocalipse de seu povo. Causado por ele mesmo.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Jornal da Fronteira.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 20
Os povos indígenas tinham um sistema imunológico menos variado do que o dos europeus
Até onde sabemos, esse processo [de epidemias na Europa] não estava acontecendo do lado de cá do oceano – ao menos não no caso desse tipo de doença [peste bubônica]. Já houve quem propusesse que, além dessa desvantagem ambiental, os indígenas também tinham uma desvantagem genética.
Por descenderem das populações relativamente pequenas que cruzaram a Beríngia no fim do Pleistoceno e ficaram praticamente isoladas do resto do mundo durante mais de 10 mil anos, eles carregariam um subconjunto de genes ligados à ação do sistema imunológico menos variado do que o das populações mais cosmopolitas da Eurásia – e, portanto, com menos potencial inato para resistir aos ataques dos superpatógenos de origem animal.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 217; foto: Padre Paulo Ricardo.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 4 – Ilha de Páscoa
Os moais são hoje o símbolo do apocalipse do povo de Pascoa, causado por ele mesmo.
Em 1700, 70% da população de Páscoa tinha desaparecido. No lugar dos imensos moais, escultores agora faziam pequenas estátuas (os moais kavakava) que mostram pessoas famintas, com o rosto fundo e as costelas à mostra.
Quando Roggeveen chegou à ilha, iniciou uma segunda fase de extinção. As epidemias de doenças trazidas com os europeus e, mais tarde, os sequestros de insulares para trabalhar como escravos no Peru terminaram por dizimar a população. Entre 1862 e 1863, cerca de 1500 pessoas (metade da população) foram sequestradas.
Com a chegada dos missionários católicos, em 1864, o pouco de tradição oral que restava foi perdido. Em 1872, havia apena 111 habitantes (em seu auge, em 1400, estima-se que a população da ilha era de 15 mil pessoas). (…)
Os moais, restaurados, são hoje o símbolo do apocalipse de seu povo. Causado por ele mesmo.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Jornal da Fronteira.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Caminho sem volta: seca é alerta para destruição irreversível da Amazônia
As imagens de rios icônicos e lagos da Amazônia quase desaparecendo, de botos-cor-de-rosa mortos nas margens e de comunidades ribeirinhas angustiadas pelo desabastecimento soam mais um alerta sobre os riscos de colapso da maior floresta tropical do planeta.
O quanto esse episódio está relacionado com o chamado ‘ponto de não retorno’ do bioma amazônico?
Já faz mais de 30 anos que cientistas brasileiros e estrangeiros alertam que o avanço do desmatamento e as mudanças climáticas afetariam a tal ponto a dinâmica da floresta que ela não conseguiria mais se regenerar e ‘morreria’. No lugar, uma vegetação empobrecida de tipo savana emergiria. A morte em massa de árvores gigantescas A morte em massa de árvores gigantescas ainda geraria uma verdadeira bomba de emissões de carbono, o que agravaria o aquecimento do planeta. (…)
Fonte: Ecoa UOL; foto: Isto É.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
#DesmatamentoNão
#ReflorestamentoSim
#DesmatamentoNãoReflorestamentoSim
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 20
Os povos indígenas tinham um sistema imunológico menos variado do que o dos europeus
Até onde sabemos, esse processo [de epidemias na Europa] não estava acontecendo do lado de cá do oceano – ao menos não no caso desse tipo de doença [peste bubônica]. Já houve quem propusesse que, além dessa desvantagem ambiental, os indígenas também tinham uma desvantagem genética.
Por descenderem das populações relativamente pequenas que cruzaram a Beríngia no fim do Pleistoceno e ficaram praticamente isoladas do resto do mundo durante mais de 10 mil anos, eles carregariam um subconjunto de genes ligados à ação do sistema imunológico menos variado do que o das populações mais cosmopolitas da Eurásia – e, portanto, com menos potencial inato para resistir aos ataques dos superpatógenos de origem animal.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 217; foto: Padre Paulo Ricardo.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 2
Diversidade da vida de Gaia na Floresta Amazônica
Estima-se que um único hectare da floresta amazônica possa abrigar milhares de espécies de plantas, inúmeras espécies de insetos, mamíferos, aves, anfíbios e outros animais.
Fonte: Inteligência Artificial ChatGPT; foto: Jornal da USP.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 28
Gatos selvagens australianos matam cerca de 316 milhões de aves e 596 milhões de répteis por ano
Estimativas feitas em 2018 mostram que gatos selvagens [ou tornados selvagens] matam, em média, 1 milhão de répteis em um único dia.
Os índices de mortalidade anual acumulados pelos gatos selvagens australianos são surpreendentes: cerca de 316 milhões de aves e 596 milhões de répteis de acordo com a organização Australian Wildlife Conservancy.
Super Interessante, Edição 335, junho de 2019, página 12; foto: Ciclo Vivo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 3 – Ilha de Páscoa
Os habitantes de Páscoa desmataram a ilha, como estamos desmatando o Planeta
O desmatamento desenfreado [de Páscoa] teve impactos profundos na ilha. (…) Erosões no solo dificultavam o plantio. Em 1500, já não havia mais árvores para a construção de canoas e por isso a pesca de peixes grandes despencou. Até mesmo os anzóis feitos de ossos de peixe desapareceram.
O cenário de crise aumentou a tensão entre os clãs. Por volta de 1680, explodiram guerras civis, e os clãs começaram a derrubar as estátuas dos rivais (quando os europeus chegaram, as estátuas estavam no chão). As pedras dos sagrados ahus foram profanadas e usadas como barreira para tentar evitar que o vento varresse novas plantações.
Nobres e sacerdotes já não conseguiam justificar seus status junto aos deuses, e foram eliminados por uma milícia (os matatoas) que assumiram o poder na ilha. (…) Faminta, a sociedade se degradou até o canibalismo…
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Folha PE (Ilha desmatada e inflamável).
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 19
As doenças infecciosas devastaram a população ameríndia após o contato com europeus
Com efeito, a maioria das doenças infecciosas que devastaram a população ameríndia após o contato com europeus – e que, em certa medida, continuaram a cumprir esse papel até o século XX – provavelmente surgiu a partir de patógenos que infectavam animais domésticos.
É o caso do sarampo (parente próximo da peste bovina, doença do gado hoje extinta), da varíola (que pode ter chegado ao homem a partir de interação entre vírus de camelos e de bois) e da já citada gripe.
Também foram importantes patógenos do Velho Mundo que não dependem propriamente de bichos domésticos, mas de mamíferos “parasitas”, que se adaptaram à riqueza de alimentos nas vizinhanças das moradias humanas. É o caso dos ratos (incluindo aí tanto as espécies urbanas quanto as do campo), que carregam as pulgas em cujo sistema digestivo vive a temida Yersinia pestis, a bactéria da peste bubônica.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 215 e 216; foto: Amazônia Real.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Este novo quadro de GaiaNet mostrará que biodiversidade não é só diversidade de fauna e flora, mas é também diversidade da espécie humana, uma espécie única com uma única raça com diversidade de aparência, de pensamento e de comportamento.
Biodiversidade nº 1
Não existem raças na espécie humana
Pesquisa genética internacional mostra que não existem raças na espécie humana, derrubando qualquer base científica para a discriminação.
As diferenças genéticas mostram que, desde o princípio, as linhagens humanas rapidamente se espalharam por toda a humanidade, indicando um grande grau de contato entre as populações.
Os genes que determinam o tipo físico são apenas antigas adaptações biológicas a uma região geográfica.
Isto É, nº 1520, Seja Racista Se For Capaz – Somos todos um só, 18 de novembro de 1998, páginas 129, 130 e 131; foto – Change.org.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 27
Mundo teve mês de agosto mais quente da história em 2023, diz agência dos EUA
Relatório atribui recorde às emissões de gases de efeito estufa em associação com as ondas de calor marinhas e o El Niño.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, da sigla em inglês) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos afirmou que o mundo teve, em 2023, o mês de agosto mais quente já registrado. A informação foi divulgada em um relatório publicado pela agência.
A temperatura média global registrada pela NOAA em agosto foi de 16,85 °C, valor que está 1,25 °C acima da média registrada no século 20. O relatório diz ainda que esse foi 45º agosto e o 534º mês consecutivo a registrar temperaturas acima da média do século passado.
“As ondas de calor marinhas globais e o crescente El Niño provocam um aquecimento adicional este ano, mas enquanto as emissões continuarem impulsionado uma marcha constante de aquecimento de fundo, esperamos que novos recordes sejam quebrados nos próximos anos”, afirmou a cientista-chefe da NOAA, Sarah Kapnick.
Cientistas dos Centros Nacionais de Informação Ambiental da NOAA afirmaram também que agosto marcou o fim do verão meteorológico mais quente da história do hemisfério norte e do inverno meteorológico mais quente do hemisfério sul.
Esse também foi o quinto mês seguido em que a temperatura global da superfície do mar atingiu seu recorde para o mês. Agosto foi, inclusive, o mês com a maior anomalia na temperatura dos oceanos, registrando 1,03 °C acima de qualquer mês analisado pela NOAA. (…)
Fonte: CNN Brasil; foto: VEJA RIO
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 2 – Ilha de Páscoa
O tamanho dos moais foi aumentando, o que sugere um acirramento na competição entre os clãs ou um maior apelo aos deuses
Nessa época, a sociedade [de Páscoa] se dividia em 12 clãs. Eles compartilhavam pacificamente os recursos naturais da ilha. A competição se resumia à fabricação das estátuas (os moais). Os moais representavam membros mortos das elites dos clãs. (…) Ao longo da história da ilha, o tamanho dos moais foi aumentando, o que sugere um acirramento na competição entre os clãs ou um maior apelo aos deuses. (…)
O auge da construção dos moais foi entre 1400 e 1600, período que o consumo de alimentos aumentou 25%. As estátuas requeriam, além de “combustível” para os trabalhadores, quilômetros de cordas grossas, muita madeira para os trenós, trilhos e alavancas.
As árvores também eram derrubadas para a construção de canoas, com as quais os homens se lançavam ao mar em busca de peixes e golfinhos. Eram também usadas nas fogueiras com as quais aqueciam os corpos, preparavam a comida e cremavam os mortos.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 56; foto: BBC.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 18
As doenças infecciosas do Velho Mundo contribuíram no extermínio das populações indígenas
[As armas de fogo e os grandes animais de montaria dos soldados] São todas vantagens consideráveis, que muito provavelmente diminuíram as chances de resistência eficaz dos habitantes do Novo Mundo aos invasores europeus, mas nada se compara ao peso das doenças infecciosas do Velho Mundo no extermínio das populações indígenas.E é aqui que podemos enfim amarrar as pontas de nosso raciocínio: essas doenças, em geral causadas por vírus ou bactérias, frequentemente surgiram como zoonoses – moléstias de bicho, em linguagem mais simples.
Trata-se de um fenômeno que, em grande medida, continua ocorrendo no mundo moderno. Basta recordar o pânico em torno da chamada gripe suína anos atrás, o avanço assustador do vírus zika hoje ou da Aids na década de 1980.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 212 e 213; foto: Câmara dos Deputados (Índios Yanomami doentes)
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 26
Estamos caminhando a passos largos na direção da sexta extinção em massa
A Organização Mundial do Comercio (OMC) afirma em seu relatório World Trade Reporter – Natural Resources que recursos naturais são “estoques de materiais existentes em ambiente natural que são escassos e economicamente úteis”. Ou seja, se forem usados de forma excessiva (e estão) terminarão e teremos (já temos) um problema dos grandes.
Nesses recursos naturais não estão incluídos apenas petróleo, gás natural ou carvão. Alimentos também fazem parte dele assim como a água potável, o bem mais necessário à continuidade da vida de boa parte dos animais, homens principalmente. O responsável por tudo isso é nossa espécie.
A situação é tão grave que, em março, cientistas liderados por Anthony Barnorsky, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos, publicaram um estudo mostrando que estamos caminhando a passos largos na direção da sexta extinção em massa, uma situação na qual 75% das espécies do planeta simplesmente deixarão de existir.
Super Interessante, Edição Especial, 291 A, maio de 2011, Apocalipse – O fim do mundo – Esgotamento dos recursos naturais, página 43; foto: Correio do Povo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 1 – Ilha de Páscoa
A ilha chegou a abrigar a maior espécie de palmeira do mundo e uma floresta tropical com mais de 21 espécies de grandes árvores
[A ilha de] Páscoa é formada a partir de três vulcões que se ergueram do mar há milhões de anos. A topografia suave, sem penhascos acentuados, é caminho aberto para fortes ventos oceânicos. O clima é ameno, frio para os padrões polinésios [seus colonizadores]; a baixa temperatura do mar prejudica a formação de recifes de coral e diminui a oferta de peixes e moluscos. Os grandes costados de pedra dificultam ainda mais a pesca. A vida parece nunca ter sido fácil naquele canto do mundo.Se hoje o cenário é desolador, fósseis encontrados recentemente na lava vulcânica revelam que a ilha chegou a abrigar a maior espécie de palmeira do mundo e uma floresta tropical com mais de 21 espécies de grandes árvores. Essa foi a grande fonte de matéria – prima da civilização em seu apogeu.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 58; foto: Felipe, o pequeno viajante
1º artigo desta nova série de GaiaNet que apresentará trechos do relato de apocalipses de alguns povos da antiguidade e de uma entrevista com Jared Diamond, autor do livro Colapso.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 17
O uso da cavalaria teve efeitos devastadores, em especial nos primeiros combates entre europeus e indígenas
O cavalo, um dos últimos mamíferos do Velho Mundo a virar parceiro da humanidade, é o exemplo mais importante [do uso de grandes animais na guerra]: povos de cavaleiros frequentemente derrotaram de forma avassaladora gentes que lutavam a pé ao longo da Antiguidade e da Idade Média na Eurásia. E no Novo Mundo, o uso da cavalaria teve efeitos devastadores, em especial nos primeiros combates entre europeus e indígenas. (…)
Sem entender o que eram aqueles monstros – homens “colados” ao corpo de animais – e pisoteados pelo ímpeto dos cavalos, os incas acabaram não conseguindo defender seu líder [Atahualpa], que foi capturado e usado como refém até os espanhóis decidirem executá-lo.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 212; foto: Brasil Escola – UOL (O triunfo de Aquiles)
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 25
A poluição nas grandes cidades afeta a fertilidade masculina
Pesquisa realizada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) verificou, de maneira inédita, como a poluição nas grandes cidades afeta a fertilidade masculina.
No trabalho, os autores do estudo avaliaram a influência das partículas conhecidas como PM 2.5 – que são extremamente finas e desestabilizam o sistema endócrino de humanos e animais – no ar da capital paulista.
“A exposição à poluição altera a expressão de genes importantes para a formação de espermatozoides”, explica Elaine Frade, pesquisadora da USP e uma das autoras da análise.
Galileu, Edição 335, junho de 2019, página 10; foto: Climainfo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 16
Cada grupo indígena enfrentou o evento apocalíptico do contato com os europeus à sua própria maneira
Desde os primeiros momentos da colonização, não faltaram estratégias, por parte dos indígenas, para que a presença dos portugueses e espanhóis fosse utilizada em favor dos objetivos das próprias sociedades nativas. (…)
Assim como os ingleses do século XVIII reagiram à Revolução Industrial de formas totalmente diferentes das que prevaleceram entre os japoneses do fim do século XIX, cada grupo indígena enfrentou o evento apocalíptico do contato à sua própria maneira, às vezes até tirando partido com algum sucesso das novas condições impostas pela presença europeia (embora essa possibilidade tenha sido claramente a exceção, e não a regra).
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 202; foto: Tucum Brasil
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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[…] Aos leitores do JSA sugerimos que acompanhem as “Reflexões ecológicas” do coordenador e dos colaboradores de GaiaNet, começando, talvez, pela leitura da Ação Ecológica 6 sobre Saúde Ambiental”. […]
Acho interessante que haja alguém se preocupando em achar soluções que faça surgir um equilibrio entre o homem e o meio ambiente, porque quando pensamos na natureza e sua preservação, esquecemos o homem.
È necessário que protejamos o meio ambiente, para que no futuro não muito distante se viva em harmonia.