Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 14
A relação predatória do Homem com a natureza
Uma árvore pode alimentar milhares de animais e, na mão do Homem, produzir milhões de palitos de fósforo. Um fósforo, na mão do Homem, pode queimar milhões de árvores e matar milhares de animais.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet; foto: Campo Grande News.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 40
Dois bilhões de pessoas não têm acesso à água limpa
No mundo todo, mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso à água limpa para viver.
“Para cerca de 300 milhões de pessoas que não têm água limpa, o problema é agravado pelo conflito armado e pela violência. Essas pessoas são as mais vulneráveis de todas”, segundo Roberto Mardini, diretor geral do CICV.
Fonte: Boletim do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), abril de 2024; foto: Biodiesel Brasil.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 15 – Apocalipse bíblico
Foi-lhes dito que não danificassem a vegetação da terra, nem as ervas nem as árvores
A Terra será atacada por pragas terríveis. “Espalharam-se gafanhotos sobre a terra e receberam poder igual ao dos escorpiões”, escreveu [João]. “Foi-lhes dito que não danificassem a vegetação da terra, nem as ervas nem as árvores, mas somente as pessoas que não levassem na fronte a marca do selo de Deus. Não lhes foi permitido matá-las, mas sim atormentá-las durante cinco meses. E a dor que causavam era semelhante à dor da picada do escorpião quando morde alguém.”
Diante disso, não é à toa que João tenha previsto que “naqueles dias, as pessoas vão procurar a morte e não a encontrarão. Vão desejar morrer, mas a morte fugirá delas!”
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 13, Apocalipse bíblico; foto: Superinteressante.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 13
Efeito das mudanças climáticas sobre os animais silvestres
“50% das espécies animais brasileiras estão mudando de habitat.”
Fonte: Globo News, Cidades e Soluções, 2 de junho de 2024; foto: Uninter Notícias.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 39
Perdas e ganhos do planeta Terra
“Estima-se que caiam algo entre 30 e 100 mil toneladas [de meteoritos] por ano na Terra. O valor médio estaria por volta de 45 mil toneladas anuais”, diz o astrofísico Gastão Lima Neto, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências atmosféricas (IAG) da USP. Se levarmos em consideração a massa de 5,9 sextilhões de toneladas do planeta Terra, alguns quilinhos a mais não fazem tanta diferença. (…)
Nem só de ganhos, porém, vive este bólido. Também há perdas. Por dia, aproximadamente 90 toneladas de ar vão embora (temos 5 trilhões de toneladas, não se preocupe). Os gases que escapam, em geral, são os mais leves: hidrogênio e hélio.
Fonte: Super Interessante, edição 459, janeiro de 2024, Oráculo, página 62; foto: Brasil Escola – UOL.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 12
Contaminação dos Yanomami pelo garimpo ilegal
94% dos Yanomami estão contaminados por mercúrio.
Fonte: Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz); foto: SOS Amazônia.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 38
Ondas de calor estão ficando mais lentas
Elas [as ondas de calor] ficam mais tempo sobre cada lugar, e isso – além de causar verões infernais – pode aumentar o risco de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, tornados, secas e inundações.
Essa foi a conclusão de cientistas chineses, que analisaram registros históricos e constataram que a duração média das ondas de calor, em todo o mundo, aumentou de 8 dias (entre 1979 e 1984) para 12 dias (entre 2016 e 2020). Além disso, sua velocidade também caiu: hoje, as ondas de calor se deslocam 10% mais lentamente (andando em média 300 km por dia).
Segundo os pesquisadores, trata-se de um resultado direto das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.
Fonte: Super Interessante, edição 462, abril de 2024, Supernovas, página 15; foto: Observatório do Clima.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 37
Em 2025, dois terços da população do planeta poderão ter dificuldade de acesso à água potável
O abastecimento de água doce do planeta está ameaçado e, em consequência, nossa sobrevivência também. Quem alerta é a Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 1 bilhão de pessoas (18% da população mundial) [em 2011] não têm acesso a uma quantidade mínima de água para consumo.
Agora, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldade de acesso à água potável. Em 2050, o número pode chegar a 75% da humanidade.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, Esgotamento dos Recursos Naturais, página 44; foto: Autossustentável.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 36
74% das emissões do Brasil em 2018 estavam relacionadas à agropecuária
Diante das mudanças climáticas, o Brasil tem um desafio que é também uma oportunidade: adaptar seu modelo de agropecuária e, de quebra, cuidar do meio ambiente.
Três quartos das emissões brasileiras estão relacionadas à agropecuária, principalmente pelo desmatamento gerado para a abertura de novas produções.
Industria, energia (especialmente transporte rodoviário) e resíduos completam essa conta.
Fonte: Galileu, edição 329, dezembro de 2018, O país do futuro, páginas 24 e 25; foto: Aprova Total.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 11
O cérebro humano possui 3.300 tipos de células, 86 bilhões de neurônios e 84 bilhões de outras células
3.300 tipos de células estão presentes no cérebro humano, segundo o Brain Cell Census: um projeto de 375 milhões de dólares que foi iniciado em 2017 pelo National Institutes of Health (NIH), do governo americano, e agora publicou seus primeiros resultados.
A complexidade surpreendeu os cientistas – até então, acreditava-se que o cérebro tivesse algumas centenas de tipos de células, não milhares. Além dos neurônios, 86 bilhões deles, o órgão também possui 84 bilhões de outras células, que desempenham diversas funções.
Super Interessante, edição 457, novembro de 2023, Supernovas, página 13; foto: Microsoft Bing.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 28
As informações a respeito da existência de grandes cidades e impérios do outro lado das montanhas eram vagas e desencontradas
É claro que existiam Estados nas Américas pré-colombianas, mas eles estavam concentrados no México, na América Central e nos Andes. Mais importante ainda, não havia, até onde sabemos, nenhuma conexão diplomática ou política “em tempo real” entre essas entidades estatais. (…)
Do mesmo modo, embora as sociedades indígenas da Amazônia estivessem envolvidas em complexas redes de comércio de longa distância com seus vizinhos andinos a oeste da floresta, as informações que os membros das chefias amazônicas tinham a respeito da existência de grandes cidades e impérios do outro lado das montanhas eram vagas e desencontradas, e ficavam ainda mais genéricas e fantasiosas quando fornecidas pelos grupos Tupi e Guarani do litoral.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 222 e 223; foto: Zarpo Magazine.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
#OBrasilDepoisdeCabral
#SériedeGaiaNet
#IndígenasdoBrasil
#PovosOriginários
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 35
Um aumento de 4ºC da temperatura seria suficiente para arrasar a floresta amazônica, transformando-a em cerrado ou deserto
Assim como na superfície do oceano, os organismos podem gostar de calor, mas as propriedades da água impõem um limite de crescimento.
Richard Betts, do Hadley Center, mostrou como as grandes florestas úmidas tropicais superam, em certo grau, essa limitação adaptando-se ao seu meio ambiente quente para conseguir reciclar água. O ecossistema faz isso sustentando as nuvens e a chuva sobre a copa da floresta, mas essa capacidade é limitada.
Ele e Peter Cox afirmam que um aumento de 4ºC da temperatura seria suficiente para arrasar a floresta amazônica, transformando-a em cerrado ou deserto. Este aumento poderia decorrer em parte das consequências locais de evaporação mais rápida da chuva, mas também de mudanças globais nos padrões de vento em um mundo 4ºC mais quente.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 39; foto: PrePara Enem.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 10
A importância da biodiversidade brasileira
“O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo.”
Jornal Hoje, 8 de dezembro de 2023; foto: Acembra Sincep News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 11 – Entrevista com Jared Diamond
A chance de um colapso é basicamente 100% se continuarmos a adotar nosso estilo de vida atual
Será que a sociedade atual pode ter o mesmo destino de civilizações como a da Ilha de Páscoa, varrida do mapa por suas atitudes pouco sábias? A resposta, segundo o biogeógrafo americano Jared Diamond, é sim.
E a chance é basicamente 100% se continuarmos a adotar nosso estilo de vida atual, que une destruição dos recursos naturais, mudanças bruscas no clima e fatores políticos, econômicos e sociais que dificultam ou impedem a solução de questões ambientais.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 66; foto: Universo Racionalista.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 27
A diferença crucial foi a ausência de Estado centralizado entre os nativos brasileiros
Em última instância, entretanto, as diferenças de potencial tecnológico e bélico entre os ameríndios brasileiros e os invasores europeus começam a parecer relativamente desimportantes diante da principal distinção entre os dois tipos de sociedade: a presença de Estados politicamente centralizados do lado leste do Atlântico versus a ausência desse tipo de entidade política por aqui.
É claro que existiam Estados nas Américas pré-colombianas, mas eles estavam concentrados no México, na América Central e nos Andes. Mais importante ainda, não havia, até onde sabemos, nenhuma conexão diplomática ou política “em tempo real” entre essas entidades estatais.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 222; foto: Aventuras da História.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
#OBrasilDepoisdeCabral
#SériedeGaiaNet
#IndígenasdoBrasil
#PovosOriginários
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 9
Abelhas, uma “sociedade de classes”
Uma colmeia tem [cerca de] 50 mil abelhas, organizadas em três categorias de indivíduo – com características e obrigações diferentes.
Trabalhadoras
São fêmeas e fazem todo o trabalho. Vivem 45 dias. (…)
Zangões (drones)
São machos e bem menos numerosos: há 1 deles para cada 100 trabalhadoras. Sua função é reprodutiva, acasalar com a abelha rainha. (…) Vivem 80 dias.
Rainha
É bem maior do que as outras, porque recebeu a “geleia real”. (…) Acasala com vários zangões para fertilizar seus ovos, que produz em grande quantidade: 1500 por dia. Vivem até 7 anos.
Super Interessante, Edição 459, janeiro 2024, A inteligência das abelhas, página 35. Foto: UPF/Universidade de Passo Fundo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 10 – Entrevista com Jared Diamond
A humanidade, tal como a conhecemos, caminha para o colapso
Para Jared Diamond, biogeógrafo americano que estuda a ascensão e queda das civilizações, o futuro da humanidade, tal como a conhecemos, caminha para o colapso.
Para evitar ou reduzir o aquecimento global e a escassez de recursos naturais é necessário mudar completamente nosso modo de vida.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 65; foto: HipeScience.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 34
Quando se trata de previsão do clima, é preciso conhecer a natureza da superfície da terra
Mas, quando se trata de previsão do clima, não basta considerar apenas a física da atmosfera. É preciso levar em conta como o oceano armazena calor e dióxido de carbono, e a dinâmica de suas trocas com a atmosfera. É preciso também conhecer a natureza da superfície da terra – se está ou não coberta de neve faz uma enorme diferença, por exemplo.
As florestas agora conhecidas não são áreas passivas em um mapa, com propriedades climáticas fixas, mas protagonistas vivos do sistema climático. O mesmo acontece com a superfície do oceano e os organismos que vivem nele. As nuvens e partículas de poeira suspensas no ar também exercem um efeito poderoso sobre o clima.
Para levar em conta o grande número de variáveis, precisamos de um computador grande.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 57; foto: Geolnova.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 26
As armas e armaduras de metal europeias fizeram a diferença nos conflitos com os indígenas
O que talvez tenha feito uma diferença significativa [entre os indígenas e os europeus] do ponto de vista do equipamento bélico foi a presença de armas e armaduras de metal do lado ibérico do conflito.
Embora até as armaduras europeias pudessem ser atravessadas pelas flechas dos Tupinambá de vez em quando, conforme relato de cronistas, é difícil imaginar que a maioria dos confrontos não tenha mostrado a superioridade do aço das espadas, lanças e capacetes do Velho Mundo no combate corpo a corpo.
Os próprios Tupinambá do Maranhão teriam reconhecido esse fato, segundo o frade capuchinho Claude D’Abbeville, ao contarem a seus aliados franceses uma narrativa da criação das diferentes raças humanas na qual as armas metálicas desempenham um papel-chave.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 221 e 222; foto: 123RF.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
#OBrasilDepoisdeCabral
#SériedeGaiaNet
#IndígenasdoBrasil
#PovosOriginários
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 8
No Brasil existem cerca de 170 milhões de animais domésticos
- O Brasil ocupa o 3º lugar no mundo em número de animais domésticos.
- No Brasil existem cerca de 170 milhões de animais domésticos, especialmente cachorros e gatos.
Fonte: Globo News; foto: O Imparcial.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 9 – Ocaso da Groenlândia Nórdica
A sociedade nórdica desapareceu da Groenlândia em 1400
A turfa – vegetal musgoso que recobre o solo – passou a substituir a madeira nas casas e nas fogueiras. Sem essa “pele” natural, a erosão e os ventos deixaram o solo fraco e pouco produtivo. O metal começou a ser reaproveitado até perder a utilidade. Colher feno, esquartejar uma carcaça ou tosquiar uma ovelha passaram a ter grande grau de dificuldade.
Enquanto isso, do lado “não explorado” da Groenlândia, os inuits (esquimós) pescavam baleias e focas, usavam gordura de baleia para se aquecer e faziam suas casas de gelo, de acordo com Jared Diamond no livro Colapso.
O bloqueio cultural dos colonizadores os impediu de se aproximar do grau de adaptação dos inuits, e a sociedade viking definhou. Vacas, cabras e até cães de caça foram comidos. As pessoas morreram de frio e fome. A sociedade nórdica desapareceu da Groenlândia em 1400.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 63; foto: Mar Sem Fim.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 33
Gaia, como o camelo, tem diversos estados estáveis, de modo a poder acomodar-se ao ambiente interno e externo mutável
Há pouco tempo, ao me dar conta do aquecimento global, pensei na Terra mais como um camelo. Os camelos, ao contrário da maioria dos animais, regulam a temperatura corporal em dois estados diferentes, mas estáveis.
Durante o dia no deserto, quando faz um calor insuportável, os camelos a regulam perto de 40ºC, temperatura bem próxima daquela do ar para não precisarem esfriar o corpo suando água preciosa. À noite o deserto é frio, podendo até provocar geada. O camelo perderia muito calor se tentasse permanecer em 40º; assim, ele muda a regulação para uma temperatura mais adequada de 34ºC, que é quente o bastante.
Gaia, como o camelo, tem diversos estados estáveis, de modo a poder acomodar-se ao ambiente interno e externo mutável. Na maior parte do tempo, as coisas permanecem estáveis, como aconteceu nos últimos milhares de anos antes da virada para o século XX. Quando o forçamento é forte demais, para o calor ou o frio, Gaia, à semelhança de um camelo, passa para um novo estado estável mais fácil de manter. Ela está na iminência de fazer isso agora [2006].
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 28; foto: Olhar Digital.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 25
As armas de fogo do começo do século XVI tendiam a ter principalmente um efeito moral, causando pânico nas fileiras indígenas
Talvez você esteja estranhando o que parece ser uma ênfase exagerada nos aspectos microbiológicos do sucesso europeu nas Américas, bem como a falta de uma menção aos aspectos tecnológicos dessa vitória, em especial do ponto de vista militar. É óbvio que armas de fogo e navios de guerra inevitavelmente criaram um contexto de superioridade bélica avassaladora de portugueses e espanhóis, certo? Bem, mais ou menos.
É preciso considerar, antes de mais nada, que a tecnologia militar baseada na pólvora não era exatamente uma maravilha por volta do ano 1500. Pesadas, complicadas, difíceis de carregar, as armas de fogo do começo do século XVI tendiam a ter principalmente um efeito moral, causando pânico nas fileiras indígenas, sem que houvesse um impacto tão consistente assim contra grupos acostumados ao estampido e ao cheiro da pólvora, ou que conseguissem manter mobilidade suficiente para escapar dos tiros desferidos após o processo relativamente moroso de carregar e disparar canhões e arcabuzes.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 220; foto: Superinteressante.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
#OBrasilDepoisdeCabral
#SériedeGaiaNet
#IndígenasdoBrasil
#PovosOriginários
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 7
As vacinas oferecem proteção para mais de 30 doenças
Por ano, a vacina previne 3 milhões de mortes ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e oferece proteção para mais de 30 doenças.
Super Interessante, Edição 408, outubro 2019, página 61, A saga das vacinas; foto: Governo do Estado do Ceará.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 8 – Ocaso da Groenlândia Nórdica
Além das construções, os nórdicos usavam lenha e carvão para fundir metal e para aquecer água; e a madeira acabou de vez
As menores alterações no clima eram suficientes para afetar as pastagens de feno e a quantidade de gelo no mar, o que influía diretamente na caça às focas e nas atividades comerciais da pequena civilização. E o tempo foi esfriando cada vez mais, a ponto de isolar a ilha.
A madeira, já escassa, acabou de vez. Além das construções, os nórdicos usavam lenha e carvão para fundir metal e para aquecer água.
A turfa – vegetal musgoso que recobre o solo – passou a substituir a madeira nas casas e nas fogueiras. Sem essa “pele” natural, a erosão e os ventos deixaram o solo fraco e pouco produtivo.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 63; foto: Livros Vikings.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 32
Temos de assegurar que as cidades estejam adequadamente defendidas para os estágios iniciais da guerra climática
Sem perder de vista a escala global do perigo, as nações individuais precisam pensar em maneiras de salvar a si mesmas, bem como o mundo. (…) Não se trata de chauvinismo nem egoísmo: talvez seja a forma mais rápida de assegurar que cada vez mais países, movidos por seus interesses próprios, atuem localmente sobre a mudança global.
(…) precisamos agir agora como se estivéssemos prestes a ser atacados por um inimigo poderoso. Primeiro temos que assegurar nossas defesas contra a mudança climática, antes que o ataque comece. Os locais mais vulneráveis são as cidades próximas do nível do mar agora (…)
Antes de tudo temos de assegurar que estejam adequadamente defendidas para os estágios iniciais da guerra climática e, depois, estar preparados para evacuá-las, de forma ordeira, quando as enchentes avançarem. Uma vez que a Terra comece a passar rapidamente para seu novo estado mais quente, a mudança climática por certo tumultuará o mundo político e comercial. As importações de alimentos, combustível e matérias-primas ficarão cada vez mais difíceis, à medida que os fornecedores em outras regiões forem assolados por secas e enchentes.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 25; foto: Portal Ambiente Legal.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 24
Aedes aegypti, o inimigo número um da saúde pública brasileira, é uma espécie africana
Além das doenças tipicamente eurasiáticas, moléstias tropicais africanas, que chegaram até aqui por causa da conexão entre a costa brasileira e o tráfico de escravos na África, também devem ter tido um impacto considerável sobre a demografia indígena.
Sei que parece difícil conceber isso hoje, mas houve um tempo em que não havia um único exemplar de [mosquito] Aedes aegypti no Rio de Janeiro, já que o inimigo número um da saúde pública brasileira é uma espécie africana, e os surtos de febre amarela nas Américas (originalmente a principal doença transmitida pela criaturinha) só começaram no século XVII. O mesmo vale para a malária e seus vetores, os mosquitos do gênero Anopheles.
Em suma, as enfermidades tropicais que frequentemente aterrorizavam (e aterrorizam) os europeus em visita ao Brasil são, com frequência, doenças africanas.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 219 e 220; foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
#OBrasilDepoisdeCabral
#SériedeGaiaNet
#IndígenasdoBrasil
#PovosOriginários
Série de GaiaNet
Em Defesa da Ciência nº 32
A dopamina não tem a ver com prazer, e sim, com a antecipação do prazer
O animal [um macaco] foi treinado para saber que, quando a luz da jaula acendia, ele tinha que pressionar uma alavanca dez vezes para ganhar comida. E outras dez vezes para ganhar mais.
[O biólogo Robert] Sapolsky acreditava que o nível de dopamina no cérebro do macaco aumentaria quando ele recebesse a recompensa. Mas, na verdade, isso acontecia antes: quando o macaco via a luz acender. “A dopamina não tem a ver com prazer, e sim, com a antecipação do prazer”, declarou Sapolsky, ao comentar o resultado.Super Interessante, Smartphone: o novo cigarro, Edição 408, outubro 2019, página 26; foto: Mega Curioso.
Rui Iwersen, médico psiquiatra, editor de GaiaNet.
[…] Aos leitores do JSA sugerimos que acompanhem as “Reflexões ecológicas” do coordenador e dos colaboradores de GaiaNet, começando, talvez, pela leitura da Ação Ecológica 6 sobre Saúde Ambiental”. […]
Acho interessante que haja alguém se preocupando em achar soluções que faça surgir um equilibrio entre o homem e o meio ambiente, porque quando pensamos na natureza e sua preservação, esquecemos o homem.
È necessário que protejamos o meio ambiente, para que no futuro não muito distante se viva em harmonia.