Floresta Amazônica e indígenas em risco nº 3
Política ambiental governamental
3ª matéria de uma série de 5, organizadas a partir do artigo Crime na floresta
(…) Neste ano, porém, as ações se intensificaram. Em janeiro uma placa da Funai que marca o limite da reserva foi cravada de balas. No mês seguinte, o presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, visitou a comunidade. Além de monitorar de perto a situação, ele queria levar um recado.
Em diversos vídeos que circulam na internet, representantes das associações de produtores rurais garantem aos ocupantes da terra contar com o apoio do presidente Jair Bolsonaro para a regularização das propriedades. “Alguns posseiros fizeram esses comentários, de que o presidente estaria apoiando invasões. Isso é boato. É falso. O presidente não tem interesse em qualquer ação nesse sentido. (…)”, afirmou Freitas ao colunista de ÉPOCA.
Apesar da garantia de Freitas, indigenistas e ambientalistas apontam a intensificação das invasões no governo Bolsonaro. Segundo eles, as manifestações do presidente contra a demarcação das terras e contra os “excessos” da fiscalização ambiental serviram de incentivo aos grupos criminosos. Um levantamento do Cimi estima que as invasões das terras indígenas tenham aumentado 150% desde a eleição do presidente. (…)
João Pedro Soares, Crime na floresta, ÉPOCA, nº 1087, 06.05.19, páginas 47 e 48.
Rui Iwersen
Floresta Amazônica e indígenas em risco nº 2
Modus operandi do desmatamento
2ª matéria de uma série de 5, organizadas a partir do artigo Crime na floresta da revista ÉPOCA.
(…) A invasão da Terra Indígena Karipuna é o retrato do processo de destruição e grilagem que vem se intensificando na Amazônia. O bioma concentra a quase totalidade de terras públicas no território brasileiro, razão pela qual desperta a ganância dos setores extrativistas.
Valendo-se do frágil poder de fiscalização do estado, empresas madeireiras abrem o caminho da destruição, “limpando ” o território para a atividade agropecuária. O processo é comandado pela grilagem, que utiliza centenas de pequenos produtores como instrumento para criar uma demanda social pela concessão de títulos de posse das terras. (…)
“É o modus operandi para invadir áreas protegidas há mais de três décadas em Rondônia”, disse a freira Laura Vicuña, missionária do Cimi em Rondônia. “Mas nunca conseguiram a redução de uma terra indígena homologada. Se fizerem isso na Karipuna, será aberto um precedente perigosíssimo para todas as áreas demarcadas no Brasil. Vale lembrar que há 15 povos isolados em Rondônia. Eles podem ser exterminados sem que a gente chegue a conhecer suas culturas milenares.” (…)
João Pedro Soares, Crime na floresta, ÉPOCA, nº 1087, 06.05.19, páginas 46 e 47.
Rui Iwersen
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[…] Aos leitores do JSA sugerimos que acompanhem as “Reflexões ecológicas” do coordenador e dos colaboradores de GaiaNet, começando, talvez, pela leitura da Ação Ecológica 6 sobre Saúde Ambiental”. […]
Acho interessante que haja alguém se preocupando em achar soluções que faça surgir um equilibrio entre o homem e o meio ambiente, porque quando pensamos na natureza e sua preservação, esquecemos o homem.
È necessário que protejamos o meio ambiente, para que no futuro não muito distante se viva em harmonia.