Varal ecológico
Varal Ecológico é uma atividade que divulgo desde 1983 em encontros ou atividades ecológicas. Nesta página apresento, desde 2009, imagens com pequenas sínteses de alguns dos artigos editados em GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 4
As antigas realizações técnicas tinham relações com a defesa, a obtenção e o armazenamento de água
(…) De um lado, as águas produzidas por fontes nas proximidades das grandes cidades tinham de ser captadas, armazenadas e conduzidas às povoações. (…)
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Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 29 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 8
Água em abundância faz toda a diferença do mundo para um império agrário
(…) E há, é claro, um fator ainda mais crucial: água. Água em abundância faz toda a diferença do mundo para um império agrário. (…)
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Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 11
Para os índios parecia que os europeus odiavam tudo na natureza
No continente, os wampanoags de Massasoit e do rei Philip haviam desaparecido, junto com os chesapeakes, os chickahominys e os potomacs da grande confederação Powhatan. (…)
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Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 3
O que mais o impressionou um pigmeu que vivia ainda na selva foi a água canalizada de nossas cidades
(…) Com seu instinto seguro, o pigmeu tinha reconhecido que não invejava o homem civilizado por possuir aquelas torres de cimento e tijolos e suas autoestradas. (…)
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Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 28 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 7
As potências mesopotâmicas estavam relativamente longe do Mediterrâneo, fora do alcance direto dos navios dos Povos do Mar
(…) Na categoria dos sobreviventes, cada caso é um caso, mas há alguns pontos interessantes em comum. Talvez a situação mais simples de entender seja a da Mesopotâmia. (…)
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Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 2
Nas épocas pré-cristãs das civilizações mediterrâneas existiam metrópoles que já enfrentavam problemas ecológicos
Já há algumas décadas comecei a me conscientizar de que a humanidade se encontra à beira do maior perigo que enfrentou até hoje. (…)
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Gelo polar deve seguir derretendo até 2300
(…) Essa é a conclusão pouco animadora de uma simulação feita por cientistas da Coréia do Sul, que analisaram áreas cobertas por permafrost: (…)
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Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 41
O convívio não fez cessar a violência e a dramaticidade das relações entre índios e não-índios
” (…) se pudesse prever que iria vê-los morrer tão miseravelmente, os teria deixado na mata, onde ao menos morreriam mais felizes e defendendo-se de armas nas mãos contra os bugreiros que os assaltavam.”
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Série de GaiaNet nº 25
Mensagem à COP 30 – nº 6
Podemos transformar em mata mista milhares de hectares dos milhões de hectares de terras improdutivas
(…) O que mais importa, nessas tradicionais zonas de cultivo, é realizar florestamento limitado, para conservar, por exemplo, os vales relvados dos maciços centrais e os pastos no alto das serras.(…)
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Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 26 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 5
Um estudo da Universidade Cornell (EUA) mostrou que todo o século anterior ao colapso do Mediterrâneo Oriental foi marcado por secas
(…) Por fim, pouco depois de 1200 a.C., três anos consecutivos de seca totalmente fora do comum chegaram, coincidindo, ao que parece, com o abandono de Hattusa, a capital hitita.
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Série de GaiaNet nº 25
Mensagem à COP 30 – nº 5
É preciso que amplas áreas sejam reservadas à defesa do meio ambiente
Deve-se encarar a paisagem de regeneração como uma nova forma de exploração do solo, que respeita não só a preservação da natureza, mas que também deve servir ao fomento do turismo. (…)
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Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 25 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 4
Uma onda de destruição se abateu também na Grécia continental
(…) Quando a poeira do colapso baixou, tudo isso tinha deixado de existir. Os palácios luxuosos foram incendiados ou abandonados (…)
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Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 7
A primeira transferência documentada de terra índia a colonos ingleses
Depois de os ingleses desembarcarem em Plymouth (1620), a maioria deles teria morrido de fome, não fosse a ajuda que receberam dos nativos amistosos do Novo Mundo. (…)
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 49
Cerca de metade das mortes de crianças menores de 5 anos de idade está relacionada à desnutrição
(…) desnutrição, uma doença grave causada pela falta de nutrientes essenciais para a vida saudável. (…)
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Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 24 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 3
O Egito nunca mais voltou a ser a potência internacional que havia sido na Idade do Bronze
No caso do Egito, deu ruim para os Povos do Mar, conforme Ramsés III conta em seus monumentos. (…)
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Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 23
O panda se separou mais cedo do ancestral comum do grupo de ursos
Oito espécies de ursos compõem a família Ursidae. Entre todas, a Ailuropoda melanoleuca – o panda – foi a que se separou mais cedo do ancestral comum do grupo, há milhões de anos. (…)
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Área queimada no Brasil cresce 79% em 2024
Território devastado pelo fogo no ano passado é maior que o da Itália; Amazônia foi o bioma mais atingido
A área devastada por queimadas no Brasil cresceu 79% em 2024 com relação a 2023, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. (…)
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21 de janeiro de 2025
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 6
Em pouco tempo, os oito mil índios powhatan foram reduzidos a menos de mil
(…) mas os índios subestimaram o poder das armas inglesas. Em pouco tempo, os oito mil powhatan foram reduzidos a menos de mil.
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 48
99% do território original do pandas foi perdido devido ao desmatamento e à interferência humana
Os pandas são especialmente sensíveis a mudanças ambientais: qualquer diminuição na área de floresta de bambu pode significar morrer de fome. (…)
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Série de GaiaNet nº 25
Mensagem de 1973 à COP 30 – nº 3
A estrutura agrícola de hoje tem por objetivo maximizar sua produção
O segundo tipo [de estrutura paisagística] é representado pela “paisagem de produção agrícola”, que hoje tem por objetivo maximizar sua produção (…)
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Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 22
Carnes de laboratório
O cultivo de “carne de laboratório” existe desde 2013. (…)
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Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 37
A frente de expansão portuguesa estimulava a expulsão dos campos dos contingentes indígenas
No ano de 1728 abriu-se uma picada ligando o morro dos Conventos, ao sul de Santa Catarina, com os campos de Lages e Curitiba. (…)
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Série de GaiaNet nº 25
Mensagem de 1973 a nós e à COP 30 – nº 2
A paisagem de civilização fomenta a alteração do equilíbrio biológico
A alteração do equilíbrio ecológico (…) receberá um ponto final no dia em que se conseguir manter em sua forma original ou fazer retornar a ela as unidades paisagísticas hoje ameaçadas de extinção. (…)
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Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 22 – O apocalipse da Idade do Bronze
Essa realidade próspera e tranquila veio abaixo em pouco tempo e arrasou civilizações da Grécia à Síria, passando pelo Egito faraônico
Era o ano 1.177 a.C., e o mundo estava acabando. (…)
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Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 21
Desde a Idade Média os ingleses cruzam raças de cachorros para produzir cães lutadores
Para criar bons cães lutadores, os ingleses cruzaram buldogues com raças mais ágeis de terrier, um tipo de cachorro usado para caça. (…)
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 46
Os desertos surgem do esgotamento lento do solo através de uma exploração crescente de seus recursos
Quando a erosão do solo alcança determinados níveis, a terra se torna estéril. (…)
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Série de GaiaNet nº 25
Mensagem de 1973 a nós e à COP 30 – nº 1
A sobrevivência de uma humanidade sadia custa dinheiro, muito dinheiro
O problema principal da defesa ecológica é que, em se tratando do nosso meio ambiente, cada indivíduo deve se conscientizar de que tem de modificar, a esse respeito, seus conceitos e sus mentalidade. (…)
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Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 20
Pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais
Recentemente, um grupo de biólogos propôs uma terceira hipótese: pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por raízes sociais, e não puramente reprodutivas. (…)
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Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 35 – Grupos tribais sobreviventes
A educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional
A escola existente junto às comunidades indígenas, de uma forma ou de outra, compatua como instrumento destinado a manter tal quadro de relacionamento e submissão entre índios e não-índios. (…)
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Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 1
Dee Brown conseguiu mostrar a grande tragédia dos índios norte-americanos
Enterrem meu coração na curva do rio (Bury my Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro lado da história, a história índia do Oeste Americano. (…)
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Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 19
Biodiversidade da flora amazônica
“Há cerca de 40 mil espécies vegetais na Amazônia.”
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 44
53,6% da humanidade não têm acesso a água limpa para beber
4,4 bilhões de pessoas, ou 53,6% da humanidade, não têm acesso a água limpa para beber. (…)
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Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 18
Biodiversidade da fauna brasileira
“Em Santa Catarina há 701 espécies de aves registradas, 35% das aves do Brasil.”
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Séries de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 43
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
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Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 17
Brasil tem mais gado que gente
“O Brasil tem 240 milhões de cabeças de gado.”
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Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 18 – Mazdaísmo
As montanhas derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal incandescente
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Séries de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 42
Dia da Sobrecarga da Terra, indicador calculado desde 1971, mostra que em 2023 usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar
Hoje, o aquecimento global e outros problemas ambientais são temas dominantes – e urgentes. Todo ano, a ong americana Global Footprint Network calcula o chamado Dia da Sobrecarga da Terra (…)
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Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 17 – Apocalipse Hindu
A Terra será incinerada e destruída, mas ressurgirá das cinzas
Na cosmologia hindu, cada dia na vida de Brahma equivale a 4 bilhões de anos dos seres humanos. (…)
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Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 15
Sete em cada dez brasileiros têm animal de estimação
- 94% dos brasileiros têm ou já tiveram algum animal de estimação. (…)
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Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 32
Muitas das sociedades ameríndias do litoral ficavam cada vez mais desarticuladas diante das epidemias e da conversão religiosa
O governo luso, com sua unidade política e acesso ao comércio marítimo global, sempre conseguia desembarcar a tripulação de mais algumas caravelas em São Vicente, no Rio ou em Salvador…
Editado nas páginas Antropoceno, Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde mental.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 13
Efeito das mudanças climáticas sobre os animais silvestres
“50% das espécies animais brasileiras estão mudando de habitat.”
Editado nas páginas Antropoceno, Aquecimento global, Colapso, Reflexões ecológicas, Saúde ambiental e Teoria de Gaia.
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- Published in Reflexão Ecológica
Reflexões ecológicas
Pequenas sínteses de pensadores como Darwin, Freud, James Lovelock, Jared Diamond, Richard Dawkins e Yuval Harari, e reflexões sobre o Universo, a Terra, a Natureza, a Vida e o Homem.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 44
Os Xokleng estão em vias de rápido desaparecimento
A esperança de viver dias melhores já desapareceu para a maioria da população. “A reserva é um desânimo só”, disse-me há alguns dias um regional interessado na situação dos índios.
Em São João dos Pobres, os Xokleng estão em vias de rápido desaparecimento. Vivem sem assistência oficial. São 4 indivíduos apenas. Um homem e três mulheres. Outrora, em 1920, ano da atração, somavam 50. A terra que ocupam jamais foi regularizada pelos órgãos assistenciais. O precário apoio que recebem é obtido junto aos postos assistenciais dos governos municipais.
O desaparecimento desse grupo, entretanto, está a ocorrer dentro de um quadro muito especial. Trata-se da negativa flagrante dos descendentes mestiços do grupo a assumir a identificação indígena, decorrente dos estereótipos altamente negativos que os regionais mantêm sobre os índios.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Capítulo I – Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil, Os Xokleng, página 23; foto: Conselho Indigenista Missionário – Cimi.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 51
Rios brasileiros correm o risco de perder água
Pesquisadores da USP analisaram 17.972 poços localizados a menos de 1 km de rios de todo o Brasil, e encontraram um sinal preocupante: mais da metade deles (55 %) apresentou nível inferior ao do rio mais próximo – indicando que, a longo prazo, os rios podem perder água. (…)
Isso indica que, se existir uma conexão hidráulica entre o rio e o aquífero, esse rio pode estar perdendo água para o aquífero. É um processo natural. Se o nível do aquífero estiver acima do nível do rio, o rio potencialmente está recebendo água do aquífero. Caso contrário, ele está potencialmente perdendo água para o aquífero.
O bombeamento de água subterrânea pode rebaixar o nível do aquífero, fazendo com que um rio que antes recebia água passe a perdê-la para o aquífero. A longo prazo, dependendo das condições geológicas e climáticas, isso pode reduzir a vazão do rio.
Fonte: Super Interessante, edição 474, abril 2025, página 12; foto: Jota
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 4
As antigas realizações técnicas tinham relações com a defesa, a obtenção e o armazenamento de água
O acúmulo de dezenas de milhares de pessoas num espaço reduzido, depois mesmo de centenas de milhares de pessoas, levou o homem, já na Antiguidade, a se ver confrontado com problemas de defesa ecológica, tal como os conhecemos também nas nossas metrópoles.
De um lado, as águas produzidas por fontes nas proximidades das grandes cidades tinham de ser captadas, armazenadas e conduzidas às povoações. Vincula-se a isso a eliminação das águas servidas, ou seja, os esgotos. Não devemos pois nos admirar de que as antigas realizações técnicas do homem tivessem de manter restritas relações com o desenvolvimento de instalações destinadas à defesa, à obtenção e ao armazenamento de água. Foi no âmbito da economia dos recursos hídricos que primeiro se obtiveram conhecimentos que continuam a ser proveitosos ainda nos nossos dias.
Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável? – Da antiguidade até os nossos dias toda a trajetória poluidora da humanidade, 1973, Biblioteca do Exército Editora, 1979, Capítulo III – O meio ambiente na Antiguidade, página 82 ; foto: Guia do Estudante.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 29 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 8
Água em abundância faz toda a diferença do mundo para um império agrário
A sorte de ambas essas potências mesopotâmicas [Assíria e Babilônia] é que, para começo de conversa, elas estavam relativamente longe do Mediterrâneo – e, portanto, fora do alcance direto dos navios dos Povos do Mar. O segundo ingrediente da sobrevivência: liderança com a cabeça no lugar. (…)
E há, é claro, um fator ainda mais crucial: água. Água em abundância faz toda a diferença do mundo para um império agrário. “Assírios e babilônios podiam contar com o Tigre e o Eufrates, que continuavam fornecendo água em quantidades adequadas mesmo durante a grande seca”, diz o arqueólogo americano [Eric Cline]. “Os egípcios tinham o Nilo. Já os hititas não contavam com nenhum rio tão resiliente em seu território.”
Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, O apocalipse da Idade do Bronze, página 39; foto: Facebook.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 11
Para os índios parecia que os europeus odiavam tudo na natureza
No continente, os wampanoags de Massasoit e do rei Philip haviam desaparecido, junto com os chesapeakes, os chickahominys e os potomacs da grande confederação Powhatan. (Só Pocahontas era lembrada). Dispersos ou reduzidos a sobreviventes: os pequots, montauks, nanticokes, machapungas, catawbas, cheraws, miamis, hurons, eries, mohawks, senecas e mohegans. (Só Uncas era lembrado). Seus nomes, que se celebrizaram na história da sua pátria, permaneceram para sempre fixados na terra americana; mas seus ossos estavam abandonados, esquecidos em mil aldeias queimadas, perdidos em florestas que logo desapareciam diante dos machados de vinte milhões de invasores.
Os rios, de cujas águas límpidas e cristalinas se serviam eșses povos, a maioria com nomes índios, já estavam turvados pelo lodo e pelos detritos dos intrusos; a própria terra estava sendo devastada e dissipada. Para os índios, parecia que os europeus odiavam tudo na natureza – as florestas vivas e seus pássaros e bichos, as extensões de grama, a água, o solo e o próprio ar.
Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio – A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Capítulo I, página 25; foto: Portal dos Mitos.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 43
A maioria dos Xokleng hoje sobrevive pela execução de atividades de extração de palmitos em áreas florestais
Orientando o posto indígena desde a pacificação [em 1910] até 1954, Eduardo Hoerhan logrou resguardar a área indígena de Ibirama da exploração dos civilizados regionais. Com a sua destituição, entretanto, esse quadro logo se modificou. Em pouco tempo, os Xokleng passaram a ser utilizados pela sociedade regional em seu potencial de mão de obra e capacidade de consumo, enquanto o potencial florestal da reserva começou a ser sistematicamente explorado.
Sujeitos a situações de trabalho em que predomina a espoliação, a maioria dos Xokleng hoje sobrevive pela execução de atividades de extração de palmitos em áreas florestais localizadas fora do posto indígena. A agricultura é praticada de modo bastante precário, pois não há condição para os índios, isoladamente, dinamizarem tal atividade. A exploração de madeiras que continuamente vem se fazendo na reserva, pela associação da FUNAI com madeireiros regionais, não utiliza em nenhum momento a mão de obra indígena. A prostituição não é desconhecida por muitos dos elementos do sexo feminino. A esperança de viver dias melhores já desapareceu para a maioria da população. “A reserva é um desânimo só”, disse-me há alguns dias um regional interessado na situação dos índios.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Capítulo I – Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil, página 23; foto: BBC News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 3
O que mais o impressionou um pigmeu que vivia ainda na selva foi a água canalizada de nossas cidades
Quando, há algumas décadas, foi trazido para uma metrópole australiana um pigmeu que vivia ainda na selva, num ambiente da Idade da Pedra, perguntaram-lhe, depois de lhe terem mostrado todas as conquistas da civilização, o que lhe tinha causado maior impressão. Ao contrário do que se esperava, ele não respondeu que tinham sido os “arranha-céus”. O que mais o impressionou foi o fato de que, ao se abrir uma simples torneira, escorria “água” da canalização, em grande quantidade.
Com seu instinto seguro, o pigmeu tinha reconhecido que não invejava o homem civilizado por possuir aquelas torres de cimento e tijolos e suas autoestradas. Portanto, só podia causar-lhe admiração, realmente, o fato de que se podia obter, pela canalização, qualquer quantidade de água, a toda hora do dia ou da noite.
Tratando-se do elemento básico, que é sobreviver na luta pela existência no nosso planeta, a água límpida e potável é mais importante do que o mais rápido e maior dos jatos tipo Jumbo que atravessam os oceanos em tempo recorde.
Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável? – Da antiguidade até os nossos dias toda a trajetória poluidora da humanidade, 1973, Biblioteca do Exército Editora, 1979, Capítulo III – O meio ambiente na Antiguidade, página 81 ; foto: Inforpress.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 28 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 7
As potências mesopotâmicas estavam relativamente longe do Mediterrâneo, fora do alcance direto dos navios dos Povos do Mar
Seja como for, o cenário geral da desgraça e suas causas estão ficando razoavelmente claros. O apocalipse da Idade do Bronze está relacionado a guerras e fenômenos climáticos, com suas consequências políticas e econômicas. (…)
Na categoria dos sobreviventes, cada caso é um caso, mas há alguns pontos interessantes em comum. Talvez a situação mais simples de entender seja a da Mesopotâmia (grosso modo, o atual Iraque), onde a Assíria, no norte, e a Babilônia, no sul, mantiveram sua estrutura estatal mais ou menos intacta.
A sorte de ambas essas potências mesopotâmicas é que, para começo de conversa, elas estavam relativamente longe do Mediterrâneo – e, portanto, fora do alcance direto dos navios dos Povos do Mar. O segundo ingrediente da sobrevivência: liderança com a cabeça no lugar. “Eles tiveram os líderes certos na hora certa. Enquanto o Império Hitita, por exemplo, bem no momento em que a grande seca causava seus piores efeitos, acabou dilacerado por uma guerra entre membros da família real.”
Fonte: Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, O apocalipse da Idade do Bronze, páginas 36 e 39; foto: Planejativo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 10
Os europeus que seguiram Colombo destruíram a vegetação e seus habitantes – homens, animais, pássaros e peixes – da ilha de São Salvador
Mais de três séculos haviam se passado desde que Cristóvão Colombo desembarcara em São Salvador, mais de dois séculos desde que os colonos ingleses haviam chegado à Virginia e à Nova Inglaterra. Nesse espaço de tempo, os amistosos tainos que receberam Colombo na praia haviam sido completamente dizimados.
Bem antes do último dos tainos morrer, a simplicidade de sua cultura de lavoura e artesanato fora destruída e substituída por plantações de algodão onde trabalhavam escravos. Os colonos brancos abateram as florestas tropicais para aumentar seus campos; os algodoeiros cansaram o solo; sem o escudo das florestas, ventos cobriam os campos de areia.
Quando Colombo viu a ilha pela primeira vez, descreveu-a como “muito grande, muito alta e com árvores muito verdes… o conjunto é tão verde que é um prazer olhá-lo”. Os europeus que o seguiram destruíram sua vegetação e seus habitantes – homens, animais, pássaros e peixes – e, depois de a transformarem num deserto, abandonaram-na.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio – A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Capítulo I, páginas 24 e 25; foto: Mundo Educação – UOL.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 42
Epidemias grassaram no grupo, ceifando a maior parte dos índios que haviam sido atraídos
” (…) se pudesse prever que iria vê-los morrer tão miseravelmente, os teria deixado na mata, onde ao menos morriam mais felizes e defendendo-se de armas nas mãos contra os bugreiros que os assaltavam.”
Efetivamente, os Xokleng passaram a enfrentar inimigos mais sutis, mas com maior poder destrutivo. Epidemias grassaram no grupo, ceifando a maior parte dos índios que haviam sido atraídos. Os sobreviventes tiveram de se adaptar à vida sedentária, substituindo suas atividades tradicionais de caça e coleta, pelo cultivo de roças. A dieta alimentar foi bruscamente alterada, contribuindo, hoje se sabe, para a disseminação de doenças. O desequilíbrio demográfico, por sua vez, alterou toda a organização tribal, tornando o grupo definitivamente dependente do organismo oficial de proteção.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Capítulo I – Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil, página 22; foto: Terra.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 2
Nas épocas pré-cristãs das civilizações mediterrâneas existiam metrópoles que já enfrentavam problemas ecológicos
Já há algumas décadas comecei a me conscientizar de que a humanidade se encontra à beira do maior perigo que enfrentou até hoje. Nem a mais devastadora das guerras, nem a destruição de que são capazes as bombas atômicas têm o poder de ameaçar a existência humana na mesma proporção que o fará a catástrofe ecológica que se avizinha. Eis porque surge, óbvia, a indagação: será que os danos ecológicos são um sinal característico da moderna civilização ou também exerceram marcante influência na Antiguidade?
Nas épocas pré-cristãs das civilizações mediterrâneas existiam metrópoles que, certamente, já enfrentavam problemas de defesa ecológica. Como, por essa época, a utilização da técnica ainda não tinha progredido como hoje em dia, podemos excluir a ameaça da poluição atmosférica. Porém, devemos voltar a nossa atenção para os danos ecológicos ocasionados pelo desmatamento, pela erosão do solo, pelos esgotos e pelo lixo doméstico.
Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável? – Da antiguidade até os nossos dias toda a trajetória poluidora da humanidade, 1973, Biblioteca do Exército Editora, 1979, Capítulo III – O meio ambiente na Antiguidade, páginas 79 e 80; foto: iStock.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Gelo polar deve seguir derretendo até 2300
Mesmo se a humanidade cortar drasticamente as suas emissões de CO2, em quantidade suficiente para alcançar o estado de “carbono negativo”(situação em que o carbono da atmosfera começa a diminuir), e fizer isso relativamente rápido, já a partir de 2050, o Círculo Polar Ártico deve continuar derretendo por muito tempo, pelo menos até o ano 2300.
Essa é a conclusão pouco animadora de uma simulação feita por cientistas da Coréia do Sul, que analisaram áreas cobertas por permafrost: regiões polares onde o gelo normalmente nunca derrete, mas devido às mudanças climáticas começou a fazer isso [derreter].
Segundo o estudo, os polos vão continuar descongelando porque o aquecimento global já tomou muito impulso – e também porque, ao derreter, o permafrost libera CO2 e metano, que retêm calor na atmosfera e realimentam o processo [e libera também micro-organismos, talvez nocivos à saúde humana ou de outros animais].
Fonte: Bruno Garattoni, Supernovas, Super Interessante, edição 473, março 2025, página 10; foto: Aventuras no Conhecimento.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 27 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 6
O apocalipse da Idade do Bronze está relacionado a guerras e fenômenos climáticos
“Dois anos contínuos [de seca] costumam destruir as estratégias de resiliência a longo prazo, fazendo com que, por exemplo, não seja mais possível alimentar animais domésticos nas fazendas. Um terceiro ano consecutivo é muito raro, e muito sério”, afirma Manning [Stuart Manning, da Universidade Cornell (EUA)]. “No mundo pré-moderno, isso acabaria minando a autoridade do rei, tanto pela incapacidade de coletar impostos e alimentar o Exército quanto também do ponto de vista simbólico: claramente os deuses abandonaram e rejeitaram os governantes.” (…)
Por outro lado, as colheitas ruins também podem ter estimulado revoltas internas em vários reinos – até porque, na maioria dos casos, não há indício de que uma população vinda de fora tenha conquistado os domínios palacianos.
Seja como for, o cenário geral da desgraça e suas causas estão ficando razoavelmente claros. O apocalipse da Idade do Bronze está relacionado a guerras e fenômenos climáticos, com suas consequências políticas e econômicas.
Fonte: Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, O apocalipse da Idade do Bronze, página 36; foto: Notícias Concursos.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 26
A Trajetória Poluidora da Humanidade nº 1
Apresento, a partir de hoje, esta nova Série de GaiaNet com cerca de 60 pequenos artigos extraídos dos capítulos III – O Meio Ambiente na Antiguidade, IV – O Meio Ambiente na Idade Média e V – Como Escapar da Catástrofe Ecológica do livro Terra -Um Planeta Inabitável? do alemão Hans Liebmann, de 1973.
Estamos fazendo que o nosso planeta acabe por se tornar artificialmente inabitável nas próximas décadas
A alteração do equilíbrio biológico do nosso meio ambiente e os tantos focos de perigo que nós próprios criamos através da poluição do nosso espaço vital, quer terrestre, aquático ou atmosférico – todos esses sinais de alarma e suas consequências para cada um de nós em particular são de tal forma graves que não podemos ficar à espera de medidas legais que possam salvar o nosso planeta. Já tão-somente o nosso instinto de conservação deveria ser suficiente para nos livrar dos terríveis acontecimentos que se anunciam.
No entanto, sabemos todos nós muito bem que isso não acontece e que, a passos de gigante, por nos afastarmos sempre mais da vida natural, estamos fazendo que o nosso planeta acabe por se tornar artificialmente inabitável nas próximas décadas.
Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável? – Da antiguidade até os nossos dias toda a trajetória poluidora da humanidade, 1973, Biblioteca do Exército Editora, 1979, Capítulo III – O meio ambiente na Antiguidade, página 79; foto: Dreamstime.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 9
Os holandeses ordenaram o massacre de duas aldeias inteiras enquanto os habitantes dormiam
Quando os holandeses chegaram à ilha de Manhattan, Peter Minuit comprou-a por sessenta florins em anzóis e contas de vidro, mas eles encorajaram os índios a permanecer e continuar trocando suas valiosas peles por tais bugigangas.
Em 1641, Willem Kieft cobrou tributos dos mahicans e enviou soldados à ilha Staten para punir os raritans por ofensas cometidas por colonos brancos, não por eles. Quando os índios revidaram, matando quatro holandeses, Kieft ordenou o massacre de duas aldeias inteiras enquanto os habitantes dormiam. Os holandeses passaram à baioneta homens, mulheres e crianças, cortaram seus corpos em pedaços e arrasaram as aldeias com fogo.
Por mais dois séculos, esses fatos se repetiram, enquanto os colonos europeus deslocavam=se para o interior, através de passagens entre os montes Alleghenies, e para os rios que corriam no rumo oeste, para o Grandes Águas (o Mississippi) e para o Grande Barrento (o Missouri).
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio – A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Capítulo I, página 22; foto: InfoEscola.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 41
O convívio não fez cessar a violência e a dramaticidade das relações entre índios e não-índios
As pressões exercidas pela frente de expansão sobre o território ocupado pelos Xokleng foi de tal ordem que, em vários episódios onde os índios assaltaram os brancos, evidencia-se claramente que a fome era a razão do ataque.
Assim sendo, compreende-se porque as técnicas de persuasão empregadas pelo novo e vigoroso Serviço de Proteção aos Índios, além da bravura do jovem Eduardo Hoerhan, convenceram a maioria dos Shokleng sobreviventes ao convívio pacífico. Convívio que entretanto não fez cessar a violência e a dramaticidade das relações entre índios e não-índios. E isto se depreende nitidamente do seguinte depoimento do pacificador:
” (…) se pudesse prever que iria vê-los morrer tão miseravelmente, os teria deixado na mata, onde ao menos morriam mais felizes e defendendo-se de armas nas mãos contra os bugreiros que os assaltavam.”
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Capítulo I – Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil, página 22; foto: AgroSaber.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 25
Mensagem à COP 30 – nº 6
Podemos transformar em mata mista milhares de hectares dos milhões de hectares de terras improdutivas
Não será através de um reflorestamento geral de uma paisagem, há muito tempo cultivada, que se poderá fomentar a preservação ou a ampliação de uma paisagem de regeneração.
O que mais importa, nessas tradicionais zonas de cultivo, é realizar florestamento limitado, para conservar, por exemplo, os vales relvados dos maciços centrais e os pastos no alto das serras.
Mesmo assim, ainda fica a possibilidade de se transformar numa mata mista milhares de hectares dos milhões de hectares de terras improdutivas que se encontram à disposição.
Fonte: Hans Liebmann, Terra – um planeta inabitável?, 1973, Biblioteca do Exército, 1979, páginas 174 e 175; foto: Diário do Nordeste.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 22
Colapsos nº 26 – O apocalipse da Idade do Bronze nº 5
Um estudo da Universidade Cornell (EUA) mostrou que todo o século anterior ao colapso do Mediterrâneo Oriental foi marcado por secas
Os palácios luxuosos foram incendiados ou abandonados, a população grega pode ter caído pela metade e até a arte da escrita foi completamente esquecida. Mas os Povos do Mar (quem quer que fossem eles) não podem ser responsabilizados sozinhos por tanta desgraça.
Tudo indica que, para que eles conseguissem causar tanto estrago, foi preciso que boa parte do Mediterrâneo Oriental já tivesse sido desestabilizada por outros fatores, e o principal parece ter sido o clima. Num estudo publicado em 2023 no periódico especializado Nature, uma equipe liderada por Stuart Manning, da Universidade Cornell (EUA), mostrou que todo o século anterior ao colapso foi marcado por condições cada vez mais secas na esfera de influência dos hititas, por exemplo. Situações parecidas podem ter afetado as ilhas do mar Egeu, a Grécia e talvez a Itália.
Por fim, pouco depois de 1200 a.C., três anos consecutivos de seca totalmente fora do comum chegaram, coincidindo, ao que parece, com o abandono de Hattusa, a capital hitita.
Fonte: Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, O apocalipse da Idade do Bronze, páginas 35 e 36; foto: Escola Kids – UOL.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 8
O poder de fogo dos colonos praticamente exterminou os wampanoags e narragansetts
Na época em que Massasoit, grande chefe dos wampanoags, morreu, em 1602, seu povo estava sendo expulso para as florestas. Seu filho Metacom previu que os índios chegariam ao fim, se não se unissem para resistir aos invasores. Embora os habitantes da Nova Inglaterra tentassem agradar Metacom, coroando-o rei Philip de Pokanoket, ele dedicou a maior parte de seu tempo à formação de alianças com os narradansetts e outras tribos da região.
Em 1675, depois de uma série de ações arrogantes por parte dos colonos, o rei Philip [Metacom] levou sua confederação índia a uma guerra destinada a salvar as tribos da extinção. Os índios atacaram 52 acampamentos, destruíram completamente doze, mas, depois de meses de luta, o poder de fogo dos colonos praticamente exterminou os wampanoags e narragansetts.
O rei Philip foi morto e sua cabeça exibida publicamente em Plymouth por vinte anos. Juntamente com outras mulheres e crianças índias capturadas, sua mulher e seu filho foram vendidos como escravos nas Índias Ocidentais.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio – A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Capítulo I, páginas 21 e 22; foto: eCycle.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral – nº 40
A ordem era de afugentar os índios para lugar onde não mais pudessem incomodar os brancos
Um terceiro grupo [indígena], entretanto, continuou perambulando nas florestas do sul do estado de Santa Catarina. Descendentes desse grupo, segundo tudo indica, ainda vagam nas escassas pontas de floresta que cobrem a serra do Taboleiro.
A resistência indígena foi enfrentada pelos governos locais e pelas companhias interessadas nos negócios de colonização, com a organização e estipêndio de grupos de bugreiros. A ordem era de afugentar os índios para lugar onde não mais pudessem incomodar os brancos. Mas, segundo o objetivo depoimento de um bugreiro, “o negócio era afugentar pela boca da arma”.
As pressões exercidas pela frente de expansão sobre o território ocupado pelos Xokleng foi de tal ordem que, em vários episódios onde os índios assaltaram os brancos, evidencia-se claramente que a fome era a razão do ataque.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Capítulo I – Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil, páginas 21 e 22; foto: Café História.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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- Published in Reflexão Ecológica