Aquecimento global
O desafio ecológico nº 7
A indústria da carne também é uma das causas do aquecimento global
Inovações tecnológicas podem ser úteis em muitos outros campos além da energia. Considere, por exemplo, o potencial de desenvolver uma “carne limpa”.
Atualmente a indústria da carne não só inflige imenso sofrimento a bilhões de seres sencientes como também é uma das causas do aquecimento global, um dos principais consumidores de antibióticos e veneno e um dos maiores poluidores do ar, da terra e da água.
Segundo um relatório de 2013 da Institution of Mechanical Engineers, são necessários 15 mil litros de água fresca para produzir um quilograma de carne bovina, comparados com 287 litros para produzir um quilograma de batatas.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio ecológico, páginas 153 e 154. Foto: Portal das Missões
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 5
Não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos
Essas mudanças, por sua vez, vão desmantelar a produção agrícola, inundar cidades, tornar grande parte do mundo inabitável e despachar centenas de milhões de refugiados em busca de novos lares.
Além disso, estamos nos aproximando rapidamente de um certo número de pontos de inflexão além dos quais mesmo uma queda dramática na emissão de gases de efeito estufa não será suficiente para reverter essa tendência e evitar uma tragédia de abrangência mundial. Por exemplo, à medida que o aquecimento global derrete os mantos de gelo polar, menos luz solar é refletida do planeta Terra para o espaço. Isso quer dizer que o planeta estará absorvendo mais calor, as temperaturas se elevarão ainda mais e o gelo derreterá ainda mais rapidamente.
Quando esse ciclo ultrapassar um limiar crítico, ele vai criar um impulso próprio irresistível, e todo o gelo das regiões polares derreterá mesmo que os humanos parem de queimar carvão, petróleo e gás. Por isso não basta que reconheçamos o perigo que enfrentamos. É crucial que façamos algo quanto a isso agora.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio ecológico, páginas 152 e 153. Foto: Mata Nativa
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 4
A mudança climática é uma realidade presente
Mesmo que a civilização se adapte posteriormente às novas condições, quem sabe quantas vítimas perecerão no processo de adaptação?
Este experimento aterrorizante já foi acionado. Ao contrário de uma guerra nuclear – que é um futuro potencial – , a mudança climática é uma realidade presente. Existe um consenso científico de que as atividades humanas, particularmente a emissão de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono, estão fazendo o clima da terra mudar num ritmo assustador.
Ninguém sabe exatamente quanto dióxido de carbono podemos continuar lançando na atmosfera sem desencadear um cataclismo irreversível. Mas nossas melhores estimativas científicas indicam que a menos que cortemos dramaticamente a emissão de gases de efeito estufa nos próximos vinte anos, a temperatura média global se elevará em 2º C, o que resultará na expansão de desertos, no desaparecimento das calotas de gelo, na elevação dos oceanos e em maior recorrência de eventos climáticos extremos, como furacões e tufões.
Essas mudanças, por sua vez, vão desmantelar a produção agrícola, inundar cidades, tornar grande parte do mundo inabitável e despachar centenas de milhões de refugiados em busca de novos lares.
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio ecológico, página 152. Foto: Sustentável
Rui Iwersen, médico planetário
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O desafio ecológico nº 3
O curso atual da história poderá solapar os fundamentos da civilização humana
Se continuarmos no curso atual, isso não apenas causará a aniquilação de um grande percentual de todas as formas de vida como poderá também solapar os fundamentos da civilização humana.
A ameaça maior é a mudança climática. Os humanos existem há centenas de milhares de anos, e sobreviveram a inúmeras idades do gelo e ondas de calor. No entanto, a agricultura, as cidades e as sociedades complexas existem a menos de 10 mil anos.
Durante esse período, conhecido como Holoceno, o clima da Terra tem sido relativamente estável. Qualquer desvio dos padrões do Holoceno apresentará às sociedades humanas desafios enormes com as quais nunca se depararam. Será como fazer um experimento em aberto com bilhões de cobaias humanas.
Mesmo que a civilização se adapte posteriormente às novas condições, quem sabe quantas vítimas perecerão no processo de adaptação?
Yuval Noah Hararari, 21 lições para o século 21, Companhia das Letras, 2018, Capítulo 7 – Nacionalismo – Problemas globais exigem respostas globais; O desafio ecológico, páginas 151 e 152. Foto: Brasil Escola – UOL
Rui Iwersen, médico planetário
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A Vingança de Gaia nº 7
Devemos estar preparados para um período quente tão longo quanto uma era glacial
As superfícies de terra e oceano, durante o período quente do Eoceno [de 55 milhões de anos a 35 milhões de anos], eram áridas, e talvez por isso o dióxido de carbono [CO2] maior tenha permanecido mais tempo no ar. Além disso, a Terra permaneceu quente porque outros mecanismos de resfriamento biológicos que atuam em uma Terra saudável form desativados durante o período quente do Eoceno.
Se as condições agora equivalerem às das emissões do Eoceno, devemos estar preparados para um período quente tão longo quanto uma era glacial [10 mil anos], ou ainda mais.
Embora as condições iniciais do evento do Eoceno se assemelhem às atuais da Terra, existem duas diferenças importantes: o Sol está agora 0,5 por cento mais quente do que a 55 milhões de anos, o equivalente a cerca de 0,5ºC na temperatura global, e transformamos cerca de metade da superfície de terra do planeta de floresta natural em terra cultivável, cerrado e deserto, reduzindo assim a capacidade da Terra de se autoregular.
Agora, além de dióxido de carbono e metano, vários outros gases de estufa presentes no ar aumentam o aquecimento global, entre estes os CFCs, óxido nitroso e outros produtos da agricultura e indústria.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, cap. 4 – Previsões para o Século XXI, 2006, Editora Intrínseca, Rio de Janeiro, 2006, página 65; foto: Blog da Pimenta
Rui Iwersen, médico planetário
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A Vingança de Gaia nº 6
O que corre mais risco é a civilização
A Terra já se recuperou de febres assim, e não há razão para achar que o que estamos fazendo destruirá Gaia, mas se continuarmos deixando as coisas como estão, nossa espécie poderá nunca mais desfrutar o mundo viçoso e verdejante que tínhamos faz apenas cem anos.
O que corre mais risco é a civilização; os seres humanos são resistentes o suficiente para que casais procriadores sobrevivam, e Gaia é ainda mais resistente. O que estamos fazendo a enfraquece, mas dificilmente a destruirá. Ela sobreviveu a catástrofes enormes em seus 3 bilhões de anos ou mais de vida. (…) Mas, se essas enormes mudanças ocorrerem, provavelmente poucos bilhões de seres humanos que agora proliferam sobreviverão.
Acho necessário repetir que o aumento gradual da temperatura do terceiro relatório do IPCC mostra uma mudança média estimada do clima global, mas o que ele não mostra são extremos imprevistos, incluindo inundações e tempestades fortíssimas. Devemos esperar mudanças climáticas de um tipo nunca antes imaginado, eventos únicos afetando apenas uma região.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, cap. 4 – Previsões para o Século XXI, 2006, Editora Intrínseca, Rio de Janeiro, 2006, páginas 65 e 66; foto: WWF Brasil
Rui Iwersen, médico planetário
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2 Comments to “ Aquecimento global”
É de suma importância esse tipo de colocação cronológica, mostrando a clareza dos efeitos das tempestades que assolam nosso pais. Espero que as pessoas tomem consciência do que está acontecendo.
Muito bom ter estas notícias aqui! Eu pesquiso e logo acho! Um beijo, :*