Florestas brasileiras
Nesta página apresento informações, reflexões e ações, benéficas e/ou maléficas, sobre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Pantanal, a Caatinga, o Cerrado e o Pampa.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 35
Grupos tribais sobreviventes
Prosseguimos esta Série de GaiaNet com artigos extraídos do livro Educação e sociedades tribais, de Silvio Coelho dos Santos, com especial destaque para o capítulo Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil.
A educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional
A escola existente junto às comunidades indígenas, de uma forma ou de outra, compatua como instrumento destinado a manter tal quadro de relacionamento e submissão entre índios e não-índios.
As funções da educação escolar foram destacadas a partir da idéia de que ela é uma agência formal do processo destinado a socializar os membros jovens da sociedade que a patrocina. Foi assim possível detectar como a educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional. Essa utilização fica nítida a partir do momento em que a escola se propõe a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa. Ou quando todos os pontos de referência da atividade escolar são tomados na sociedade nacional.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Introdução, páginas 11 e 12; foto: Portal Gov.br.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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#GruposTribaisSobreviventes
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 45
Acredita-se em contaminação por mercúrio a morte de botos e tucuxis na região amazônica do Médio Solimões
As cenas foram de cortar o coração: ao menos 130 botos e tucuxis apareceram mortos em Tefé, na região amazônica do Médio Solimões. As causas ainda estão sendo investigadas, mas acredita-se em contaminação, possivelmente por mercúrio.
A temperatura da água dos rios, que atingiu mais de 40 graus, certamente também contribuiu para a tragédia. Os picos do termômetro provocaram a mais severa seca da história e alguns trechos do Rio Negro ficaram completamente secos. Para além do triste cenário revelado pela fauna – um barco com piscina abrigava os animais resgatados com vida -, há implicações para as populações ribeirinhas, de circulação restrita, sem acesso a escolas e a alimentos que chegam de barcos.
Fonte: Veja, Editora Abril, edição 2862, ano 56, número 40, 6 de outubro de 2023, Tragédia Amazônica, página 23; foto: Projeto Colabora.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 19
Biodiversidade da flora amazônica
“Há cerca de 40 mil espécies vegetais na Amazônia.”
Fonte: Canal Gov; foto: Conhecimento científico.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet
Saúde do Planeta nº 44
53,6% da humanidade não têm acesso a água limpa para beber
4,4 bilhões de pessoas, ou 53,6% da humanidade, não têm acesso a água limpa para beber. Essa é a constatação, alarmante, de um novo estudo publicado por cientistas suíços.
Eles analisaram dados de 135 países em desenvolvimento e descobriram que, em muitos casos, a água que essas populações consomem apresenta níveis inaceitáveis de coliformes fecais.
O número é muito maior que o calculado pela OMS – em 2020, ela estimou que 2 bilhões de pessoas não tinham acesso a água limpa. *
Super Interessante, edição 467, setembro de 2024, Bruno Garattoni, Supernovas, página 13; foto: Águas do Rio.
* Ver Saúde do Planeta nº 37, de 2/4/2024, onde a OMS nos alertava em 2020: “Agora, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldade de acesso à água potável.”
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet
Biodiversidade nº 18
Biodiversidade da fauna brasileira
“Em Santa Catarina há 701 espécies de aves registradas, 35% das aves do Brasil.”
Fonte: NSC, Jornal do Almoço, 17 de julho de 2024; foto: Fauna News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet
Saúde do Planeta nº 43
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É o pior resultado para o mês desde 2010, quando 90.444 focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Considerando os dados históricos coletados pelo Inpe desde 1998, os números do governo federal colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil.
A taxa também mais que dobrou na comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período. A média de queimadas para o mês é de 46.529 focos. Já o mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país. Ainda segundo o Inpe, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
Na Amazônia, a temporada de incêndios geralmente ocorre entre junho e outubro, mas fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a floresta e se preparam para queimá-la durante todo o ano. E de acordo com o Programa Queimadas, o bioma registrou 65.667 focos de fogo desde janeiro até agora (1º setembro). O número representa um aumento de 104% quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 32.145 focos foram contados pelo instituto. (…)
Fonte: G1; Foto: Blog Nossa Voz.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet
Biodiversidade nº 17
“O Brasil tem 240 milhões de cabeças de gado.”
Fonte: Globo News, Prejuízo na Agropecuária [dos incêndios florestais], 7 de maio de 2024; foto: Animal Business Brasil.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
A desertificação e a seca ameaçam vidas e meios de subsistência em todo o planeta
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 14
A relação predatória do Homem com a natureza
Uma árvore pode alimentar milhares de animais e, na mão do Homem, produzir milhões de palitos de fósforo. Um fósforo, na mão do Homem, pode queimar milhões de árvores e matar milhares de animais.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet; foto: Campo Grande News.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 15 – Apocalipse bíblico
Foi-lhes dito que não danificassem a vegetação da terra, nem as ervas nem as árvores
A Terra será atacada por pragas terríveis. “Espalharam-se gafanhotos sobre a terra e receberam poder igual ao dos escorpiões”, escreveu [João]. “Foi-lhes dito que não danificassem a vegetação da terra, nem as ervas nem as árvores, mas somente as pessoas que não levassem na fronte a marca do selo de Deus. Não lhes foi permitido matá-las, mas sim atormentá-las durante cinco meses. E a dor que causavam era semelhante à dor da picada do escorpião quando morde alguém.”
Diante disso, não é à toa que João tenha previsto que “naqueles dias, as pessoas vão procurar a morte e não a encontrarão. Vão desejar morrer, mas a morte fugirá delas!”
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 13, Apocalipse bíblico; foto: Superinteressante.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 13
Efeito das mudanças climáticas sobre os animais silvestres
“50% das espécies animais brasileiras estão mudando de habitat.”
Fonte: Globo News, Cidades e Soluções, 2 de junho de 2024; foto: Uninter Notícias.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 12
Contaminação dos Yanomami pelo garimpo ilegal
94% dos Yanomami estão contaminados por mercúrio.
Fonte: Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz); foto: SOS Amazônia.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Saúde do Planeta nº 36
74% das emissões do Brasil em 2018 estavam relacionadas à agropecuária
Diante das mudanças climáticas, o Brasil tem um desafio que é também uma oportunidade: adaptar seu modelo de agropecuária e, de quebra, cuidar do meio ambiente.
Três quartos das emissões brasileiras estão relacionadas à agropecuária, principalmente pelo desmatamento gerado para a abertura de novas produções.
Industria, energia (especialmente transporte rodoviário) e resíduos completam essa conta.
Fonte: Galileu, edição 329, dezembro de 2018, O país do futuro, páginas 24 e 25; foto: Aprova Total.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Saúde do Planeta nº 35
Um aumento de 4ºC da temperatura seria suficiente para arrasar a floresta amazônica, transformando-a em cerrado ou deserto
Assim como na superfície do oceano, os organismos podem gostar de calor, mas as propriedades da água impõem um limite de crescimento.
Richard Betts, do Hadley Center, mostrou como as grandes florestas úmidas tropicais superam, em certo grau, essa limitação adaptando-se ao seu meio ambiente quente para conseguir reciclar água. O ecossistema faz isso sustentando as nuvens e a chuva sobre a copa da floresta, mas essa capacidade é limitada.
Ele e Peter Cox afirmam que um aumento de 4ºC da temperatura seria suficiente para arrasar a floresta amazônica, transformando-a em cerrado ou deserto. Este aumento poderia decorrer em parte das consequências locais de evaporação mais rápida da chuva, mas também de mudanças globais nos padrões de vento em um mundo 4ºC mais quente.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 39; foto: PrePara Enem.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº23
Biodiversidade nº 10
A importância da biodiversidade brasileira
“O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo.”
Jornal Hoje, 8 de dezembro de 2023; foto: Acembra Sincep News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
- Published in Informação Ecológica
Saúde ambiental
Informações e reflexões sobre as condições de saúde da Terra, um planeta doente, com solo contaminado e em processo de desertificação, e com rios, lagos, mares e atmosfera poluídos e insalubres.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 3
Os que lerem este livro poderão aprender algo sobre sua própria relação com a terra, com um povo que era de conservacionistas verdadeiros
Este não é um livro alegre, mas a história tem um jeito de se introduzir no presente, e talvez os que o lerem tenham uma compreensão mais clara do que é um índio americano, sabendo o que ele foi. Poderão surpreender-se ao ouvir que palavras gentis e ponderadas saem da boca de índios estereotipados no mito americano como selvagens impiedosos. Poderão aprender algo sobre sua própria relação com a terra, com um povo que era de conservacionistas verdadeiros.
Os índios sabiam que a vida equivale à terra e seus recursos, que a América era um paraíso, e não podiam compreender por que os invasores do Leste estavam decididos a destruir tudo que era índio e a própria América.
E se os leitores deste livro alguma vez puderem ver a pobreza, a desesperança e a miséria de uma reserva índia moderna, acharão possível compreender realmente as razões disso.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio – A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Introdução, página 17; foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 20
Pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais
Recentemente, um grupo de biólogos propôs uma terceira hipótese: pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais, e não puramente reprodutivas.
Em um artigo de 2023, esses pesquisadores analisaram a prevalência das relações em mais de 260 espécies de mamíferos – e notaram que a homossexualidade era especialmente comum nos que vivem em sociedade, com destaque para os primatas: 51 espécies, de lêmures a gorilas, apresentam o comportamento.
Fonte: Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, As origens biológicas da Homossexualidade, página 43; foto: DCM.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 2
Esta série mostra o Capitalismo maquiavélico dos colonizadores europeus da América do Norte, como ocorreu na América do Sul (como veremos futuramente na Série de GaiaNet nº 21: “1501 – O Brasil depois de Cabral”).
Enterrem meu coração na curva do rio é um livro de advertência sobre o problema das minorias raciais em confronto com uma cultura tecnologicamente adiantada
O livro de Dee Brown chegou à lista de best-sellers e passou mais de um ano sacudindo consciências e revelando uma face triste da formação dos Estados Unidos, reabilitando os pobres subumanos mostrados pelo cinema e pela televisão de massas. Revela outro aspecto importante dessas décadas impiedosas: o papel do homem branco como o agente poluidor da natureza exuberante da região habitada pelos índios. Os brancos introduziram a fumaça dos trens, o uísque, as doenças infecciosas e acabaram com as florestas e a vida selvagem. (…)
[Dee Brown] Foi um pesquisador nato e provou isso em Enterrem meu coração na curva do rio, revelando uma quantidade imensa de material original e desconhecido sobre os índios. (…)No Brasil, além do interesse natural por uma obra sobre o assunto, Enterrem meu coração na curva do rio é um livro de advertência, profundamente atual, sobre o problema das minorias raciais em confronto com uma cultura tecnologicamente adiantada.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio – A dramática história dos índios norte-americanos, Coleção L&PM Pocket, 2003; Geraldo Galvão Ferraz, Apresentação, páginas 6 e 7; foto: Facebook – Buenas ideias.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 45
Acredita-se em contaminação por mercúrio a morte de botos e tucuxis na região amazônica do Médio Solimões
As cenas foram de cortar o coração: ao menos 130 botos e tucuxis apareceram mortos em Tefé, na região amazônica do Médio Solimões. As causas ainda estão sendo investigadas, mas acredita-se em contaminação, possivelmente por mercúrio.
A temperatura da água dos rios, que atingiu mais de 40 graus, certamente também contribuiu para a tragédia. Os picos do termômetro provocaram a mais severa seca da história e alguns trechos do Rio Negro ficaram completamente secos. Para além do triste cenário revelado pela fauna – um barco com piscina abrigava os animais resgatados com vida -, há implicações para as populações ribeirinhas, de circulação restrita, sem acesso a escolas e a alimentos que chegam de barcos.
Fonte: Veja, Editora Abril, edição 2862, ano 56, número 40, 6 de outubro de 2023, Tragédia Amazônica, página 23; foto: Projeto Colabora.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
Esta nova Série de GaiaNet mostra o Capitalismo maquiavélico dos colonizadores europeus da América do Norte. Esta ideologia foi descrita em 1532 por Nicolau Maquiavel no livro O Príncipe, e é apresentada atualmente na Série de GaiaNet nº21: 1501 – O Brasil depois de Cabral.
A dramática história dos índios norte-americanos – nº 1
Dee Brown conseguiu mostrar a grande tragédia dos índios norte-americanos
Enterrem meu coração na curva do rio (Bury my Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro lado da história, a história índia do Oeste Americano. (…) A tal gente pintada que berrava é um povo altivo, nobre, com uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo o direito de viver nas terras que sempre foram suas. (…)
Os brancos guardam a memória dos massacres Fatterman e de Little Big Horn, onde morreu o general Custer. Ficou relegado aos livros especializados e a documentos de difícil acesso o grande número de massacres de aldeias índias, com morte a sangue frio de velhos, mulheres e crianças. (…)
Dee Brown, nesta sua obra que veio na hora certa, quando a consciência do povo norte-americano estava sendo incomodada pela guerra vietnamita e pela questão racial, conseguiu mostrar, em primeiro lugar, a grande tragédia do índio, uma minoria incômoda para a expressão desenvolvimentista de uma nação em progresso, que precisava de terras para ampliar seu território, para fazer estradas e colonizar o interior.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio (A dramática história dos índios norte-americanos), Coleção L&PM Pocket, 2003; Geraldo Galvão Ferraz, Apresentação, páginas 5 e 6; foto: Dois Pontos.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 19
Biodiversidade da flora amazônica
“Há cerca de 40 mil espécies vegetais na Amazônia.”
Fonte: Canal Gov; foto: Conhecimento científico.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 44
53,6% da humanidade não têm acesso a água limpa para beber
4,4 bilhões de pessoas, ou 53,6% da humanidade, não têm acesso a água limpa para beber. Essa é a constatação, alarmante, de um novo estudo publicado por cientistas suíços.
Eles analisaram dados de 135 países em desenvolvimento e descobriram que, em muitos casos, a água que essas populações consomem apresenta níveis inaceitáveis de coliformes fecais.
O número é muito maior que o calculado pela OMS – em 2020, ela estimou que 2 bilhões de pessoas não tinham acesso a água limpa. *
Super Interessante, edição 467, setembro de 2024, Bruno Garattoni, Supernovas, página 13; foto: Águas do Rio.
* Ver “Saúde do Planeta nº 37” de 2/4/24 onde a ONU nos alertava na época: “Agora, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldade de acesso à água potável.”
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 18
Biodiversidade da fauna brasileira
“Em Santa Catarina há 701 espécies de aves registradas, 35% das aves do Brasil.”
Fonte: NSC, Jornal do Almoço, 17 de julho de 2024; foto: Fauna News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº20
Saúde do Planeta nº 43
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É o pior resultado para o mês desde 2010, quando 90.444 focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Considerando os dados históricos coletados pelo Inpe desde 1998, os números do governo federal colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil.
A taxa também mais que dobrou na comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período. A média de queimadas para o mês é de 46.529 focos. Já o mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país. Ainda segundo o Inpe, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
Na Amazônia, a temporada de incêndios geralmente ocorre entre junho e outubro, mas fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a floresta e se preparam para queimá-la durante todo o ano. E de acordo com o Programa Queimadas, o bioma registrou 65.667 focos de fogo desde janeiro até agora (1º setembro). O número representa um aumento de 104% quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 32.145 focos foram contados pelo instituto. (…)
Fonte: G1; Foto: Blog Nossa Voz.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet nº23
Biodiversidade nº 17
“O Brasil tem 240 milhões de cabeças de gado.”
Fonte: Globo News, Prejuízo na Agropecuária [dos incêndios florestais], 7 de maio de 2024; foto: Animal Business Brasil.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
A desertificação e a seca ameaçam vidas e meios de subsistência em todo o planeta
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 42
Dia da Sobrecarga da Terra, indicador calculado desde 1971, mostra que em 2023 usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar
Hoje, o aquecimento global e outros problemas ambientais são temas dominantes – e urgentes. Todo ano, a ong americana Global Footprint Network calcula o chamado Dia da Sobrecarga da Terra, a data em que ultrapassamos a capacidade do planeta de reequilibrar seus sistemas ecológicos e regenerar recursos naturais.
Esse indicador é calculado desde 1971; naquele ano, a humanidade atravessou o limite em dezembro. Já em 2023, isso aconteceu no dia 2 de agosto. Isso significa que, no ano passado, usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar.
Fonte: Super Interessante, edição 459, janeiro de 2024, O fim da superpopulação, página 22; foto: A Terra é Redonda.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 16
Refugiados políticos e refugiados do clima no Planeta
“Existem 100 milhões de refugiados no mundo”.
Fonte: COI, Abertura dos jogos Olímpicos de Paris; foto: Conexão UFRJ.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 41
Modelo teórico mostra a dinâmica do colapso ambiental
Os vínculos intrincados entre algas que vivem nos oceanos, produção de gás enxofre, química atmosférica, física das nuvens e clima vêm, aos poucos, sendo descobertos em dezenas de laboratórios ao redor do mundo. (…)
Quando executamos nosso modelo aumentando gradualmente a entrada de calor do Sol, ou mantendo o Sol constante mas aumentando a entrada de dióxido de carbono, como estamos fazendo agora no mundo real, o modelo mostrou um bom equilíbrio, com os ecossistemas oceânico e terrestre desempenhando seus papéis. Mas, quando a quantidade de dióxido de carbono se aproximou de 500 ppm, o equilíbrio começou a falhar, e ocorreu um súbito aumento de temperatura. A causa foi o colapso do ecossistema oceânico. Com o aquecimento do mundo, a expansão da superfície morna dos oceanos privou as algas de nutrientes, até que elas se extinguissem. Com a diminuição da área de oceano coberta por algas, seu efeito resfriador diminuiu e a temperatura disparou.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, páginas 40 e 41; foto: Olhar Digital.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 15
Sete em cada dez brasileiros têm animal de estimação
- 94% dos brasileiros têm ou já tiveram algum animal de estimação.
- 72% dos brasileiros têm algum animal de estimação.
- Brasil é o 3º país do mundo com a maior população de pets, 149 milhões, atrás da China e Estados Unidos.
Fonte: GloboNews, edição das 18h, 2 de julho de 2024; foto: Jornal Imparcial.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 16 – Apocalipse bíblico
O primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe
O próprio Apocalípse de João, apesar de todo o sofrimento que prevê para a parte pecadora não arrependida da humanidade, deixa esperanças no final. O homem, enfim, viverá em comunhão com Deus e todas as dores terão acabado. O ciclo se fecha.
“Vi então um novo céu e uma nova terra”, escreve o profeta. “Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, vestida como noiva enfeitada para o seu esposo. Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus com os homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus com eles será seu Deus. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram.”
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 13, Apocalipse bíblico; foto: Central da Oração.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
- Published in Informação Ecológica
Músicas ecológicas
Nesta página apresento, com som, letra, imagem e informações sobre a música, o autor e o interprete, músicas consideradas ecológicas por GaiaNet, isto é, músicas com mensagens sobre o meio ambiente natural, social e cultural.
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Alô Alô Marciano
| Rita Lee – 1980 |
Nesta música Rita Lee envia uma mensagem a um possível extra terrestre e fala da Terra e da humanidade: “aqui quem fala é da Terra, pra variar estamos em guerra, você não imagina a loucura, o ser humano tá na maior fissura, porque…”
ALÔ ALÔ MARCIANO
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando ruça
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola, Alá
Tá cada vez mais down the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down the high society
Down, down, down
The high society
Down, down, down
The high society
Ui, gente fina é outra coisa, entende?
Down, down, down
High society
Down, down, down, down, down
High society
Hoje não se fazem mais countries como antigamente, não é?
High society, high society, high society, high society
Down, down, down
High society
Down, down, down, down down
High society
Ai que chique é o jazz, meu Deus
Down, down, down
High society
Down, down, down
Ah, Deus
Amazônia
| Roberto Carlos – 1989 |
Nesta música Roberto Carlos fala da “Amazônia, insônia do mundo”, descrevendo uma selva de enganos, uma selva ferida, uma incerteza no futuro devido a absurdos contra o destino da vida; tolices fatais.
AMAZÔNIA
Tanto amor perdido no mundo
Verdadeira selva de enganos
A visão cruel e deserta
De um futuro de poucos ano
sSangue verde derramado
O solo manchado
Feridas na selva
A lei do machado
Avalanches de desatinos
Numa ambição desmedida
Absurdos contra os destinos
De tantas fontes de vida
Quanta falta de juízo
Tolices fatais
Quem desmata, mata
Não sabe o que faz
Como dormir e sonhar
Quando a fumaça no ar
Arde nos olhos
De quem pode ver
Terríveis sinais
De alerta
Desperta
Pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Amazônia, insônia do mundo
Todos os gigantes tombados
Deram suas folhas ao vento
Folhas são bilhetes deixados
Aos homens do nosso tempo
Quantos anjos queridos
Guerreiros de fato
De morte feridos
Caídos no mato
Como dormir e sonhar
Quando a fumaça no ar
Arde nos olhos
De quem pode ver
Terríveis sinais
De alerta
Desperta
Pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Amazônia, insônia do mundo
A Novidade
| Bi Ribeiro – Gilberto Gil – Herbert Vianna – Joao Barone – 2012 |
Nesta música os autores descrevem um “mundo tão desigual, de um lado este carnaval, do outro a fome total”.
A NOVIDADE
A novidade veio dar à praia
Na qualidade rara de sereia
Metade, o busto de uma deusa maia
Metade, um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Do paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia
Ó, mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Uo-o-o-o-o-o
Ó, de um lado este carnaval
Do outro a fome total
Uo-o-o-o-o-o
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Ó, mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Uo-o-o-o-o-o
Ó, de um lado esse carnaval
Do outro a fome total
Uo-o-o-o-o-o
As baleias
| Roberto Carlos & Erasmo Carlos, 1981 |
Os autores se dirigem aos caçadores de baleias, falam da falta que elas farão aos seus netos, espantam-se com a indiferença ao ver o animal se debater no mar, e mostram esperança que o Homem pare essa matança.
AS BALEIAS
Não é possível que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento
Não é possível que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que você deixou manchadas
Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão
Como é possível que você tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro
Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor
Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão
Não é possível que você suporte a barra
Balada do Louco
| Arnaldo Batista e Rita Lee, 1972 |
Nesta música dizem os autores, dois componentes da extinta banda Os Mutantes, “se eu sou muito louco por eu ser feliz, mais louco é quem me diz e não é feliz”.
BALADA DO LOUCO
Dizem que sou louco
Por pensar assim
Se sou muito louco
Por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Se eles são bonitos
Sou Alain Delon
Se eles são famosos
Sou Napoleão
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu
Se eles têm três carros
Eu posso voar
Se eles rezam muito
Eu já estou no céu
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser um normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu
Sim, sou muito louco
Não vou me curar
Já não sou o único
Que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz
Bié bié Brazil
| Luiz Gonzaga Jr (Gonzaguinha) – 1980 |
Gonzaguinha diz nesta música: “Salve a maravilha eletrônica que já resolveu a fome crônica; mares de antenas de TV pelo país tornam nosso índio mais alegre mais feliz”.
BIÉ BIÉ BRASIL
Bye bye Brasil, adeus
Tanto faz se eu cantar em português ou inglês
Pois se mudou foi Deus, foi Deus
Salve a maravilha eletrônica
Que já resolveu a fome crônica
Mares de antenas de TV pelo país
Tornam nosso índio mais alegre e mais feliz
E ninguém segura esse milagre
Até Frank Sinatra veio à festa
Pois esse é um país que foi pra frente meu bem
E se ele foi, foi Deus, foi Deus
Pois esse é um país que foi pra frente meu bem
E se ele foi, foi Deus, foi Deus
Brasis
| Seu Jorge – 2007 |
Seu Jorge descreve o Brasil, os brasileiros, suas lutas, suas tramoias e seus crimes: “Tem um Brasil que é próspero, outro não muda; um Brasil que investe, outro que suga”.
BRASIS
Tem um Brasil que é próspero
Outro não muda
Um Brasil que investe
Outro que suga…
Um de sunga
Outro de gravata
Tem um que faz amor
E tem o outro que mata
Brasil do ouro
Brasil da prata
Brasil do balacochê
Da mulata…
Tem um Brasil que é lindo
Outro que fede
O Brasil que dá
É igualzinho ao que pede…
Pede paz, saúde
Trabalho e dinheiro
Pede pelas crianças
Do país inteiro
Lararará!…
Tem um Brasil que soca
Outro que apanha
Um Brasil que saca
Outro que chuta
Perde, ganha
Sobe, desce
Vai à luta bate bola
Porém não vai à escola…
Brasil de cobre
Brasil de lata
É negro, é branco, é nissei
É verde, é índio peladão
É mameluco, é cafuso
É confusão
É negro, é branco, é nissei
É verde, é índio peladão
É mameluco, é cafuso
É confusão…
Oh pindorama eu quero
Seu porto seguro
Suas palmeiras
Suas feiras, seu café
Suas riquezas
Praias, cachoeiras
Quero ver o seu povo
De cabeça em pé…(2x)
(Repetir a letra)
Quero ver o seu povo
De cabeça em pé…(final 2x)
Cálice (cale-se)
| Chico Buarque – 1978 |
Durante a ditadura militar Chico Buarque compôs músicas de protesto com letras pouco claras e com metáforas. Nesta música cálice significa cale-se e ele pede: “Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue; como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano”.
CÁLICE
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Canção do Novo Mundo
Nesta canção os autores dizem que “as canções em nossa memória vão ficar, a luz das pessoas me faz crer, eu sinto que vamos juntos; nem o tempo nem a força bruta pode um sonho apagar”.
CANÇÃO DO NOVO MUNDO
Quem sonhou
Só vale se já sonhou demais
Vertente de muitas gerações
Gravado em nosso corações
Um nome se escreve fundo
As canções em nossa memória
Vão ficar
Profundas raízes vão crescer
A luz das pessoas
Me faz crer
E eu sinto que vamos juntos
Oh! Nem o tempo amigo
Nem a força bruta
Pode um sonho apagar
Quem perdeu o trem da história por querer
Saiu do juízo sem saber
Foi mais um covarde a se esconder
Diante de um novo mundo
Quem souber dizer a exata explicação
Me diz como pode acontecer
Um simples canalha mata um rei
Em menos de um segundo
Oh! Minha estrela amiga
Porque você não fez a bala parar
Oh! Nem o tempo amigo
Nem a força bruta
Pode um sonho apagar
Quem perdeu o trem da história por querer
Saiu do juízo sem saber
Foi mais um covarde a se esconder
Diante de um novo mundo
Chega de Mágoa
| Gilberto Gil – Criação Coletiva – 1985 |
A letra da música, interpretada por vários artistas brasileiros, chama a atenção para o povo nordestino que sofre com o clima: “Terra, olha essa terra, raça valente, gente sofrida.”
Chega de Mágoa
Nós não vamos nos dispersar
Juntos, é tão bom saber
Que passado o tormento
Será nosso esse chão
Água, dona da vida
Ouve essa prece tão comovida
Chega, brinca na fonte
Desce do monte, vem como amiga
Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero orvalho toda manhã
Terra, olha essa terra
Raça valente, gente sofrida
Chama, tem que ter feira
Tem que ter pressa, vamos pra vida
Te quero terra pra plantar, ah
Te quero verde
Te quero casa pra morar, ah
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Canto e o nosso canto
Joga no tempo uma semente
Gente, olha essa gente
Olha essa gente, olha essa gente
Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero terra pra plantar
Te quero verde, hum
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Canto (eu canto) e o nosso canto (canto)
Joga no tempo (joga no tempo) uma semente (ye ye ye ye
ye)
Gente (quero te ver crescer bonita)
Olha essa gente (quero te ver crescer feliz)
Olha essa gente (olha essa terra, olha essa gente)
Olha essa gente (Gente pra ser feliz, feliz)
Te quero água de beber (me dê um copo)
Um copo d’água
Marola mansa da maré (ye ye ye ye ye)
Mulher amada (mulher amada)
Te quero terra pra plantar (plantar)
Te quero verde (te quer verde)
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Ah!
Coração de Estudante
| Milton Nascimento & Wagner Tiso – 1983 |
Esta música, que foi um hino na luta pelas Eleições Diretas (o fim da ditadura militar) em 1984, diz que “há que se cuidar da vida, há que se cuidar do mundo, tomar conta da amizade”.
CORAÇÃO DE ESTUDANTE
Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor, flor e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração
Juventude e fé
De Toda Cor
| Renato Luciano – 2017 |
Nesta bela música o autor fala das cores e diversidades dos pássaros e dos seres humanos.
DE TODA COR
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita como eu sou
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita como eu sou
Eu sou amarelo claro
Sou meio errado
Pra lidar com amor
No mundo tem tantas cores
Sao tantos sabores
Me aceita como eu sou
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita como eu sou
Eu sou ciumento, quente, friorento
Mudo de opinião
Você é a rosa certa
Bonita e esperta
Segura na minha mão
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita como eu sou
Que o mundo é sortido
Toda vida soube
Quantas vezes
Quantos versos de mim em minha alma houve
Árvore, tronco, maré, tufão, capim, madrugada, aurora, sol a pino e poente
Tudo carrega seus tons, seu carmim
O vício, o hábito, o monge
O que dentro de nós se esconde
O amor
O amor
A gente é que é pequeno
E a estrelinha é que é grande
Só que ela tá bem longe
Sei quase nada meu Senhor
Só que sou pétala, espinho, flor
Só que sou fogo, cheiro, tato, plateia e ator
Água, terra, calmaria e fervor
Sou homem, mulher
Igual e diferente de fato
Sou mamífero, sortudo, sortido, mutante, colorido, surpreendente, medroso e estupefato
Sou ser humano, sou inexato
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita com eu sou
Eu sou amarelo claro
Sou meio errado pra lhe dar com amor
No mundo tem tantas cores
São tantos sabores
Me aceita como eu sou
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita como eu sou
Eu sou ciumento, quente, friorento, mudo de opinião
Você é a rosa certa, bonita e esperta
Segura na minha mão
Passarinho de toda cor
Gente de toda cor
Amarelo, rosa e azul
Me aceita como eu sou
Eternas Ondas
| Zé Ramalho – 1982 |
O autor descreve uma ventania que produz ondas, devasta matagais, devora árvores e arrasta multidões.
ETERNAS ONDAS
Quanto tempo temos antes de voltarem aquelas ondas
Que vieram como gotas em silêncio tão furioso;
Derrubando homens entre outros animais,
Devastando a sede desses matagais; (bis)
Devorando árvores, pensamentos seguindo
A linha do que foi escrito pelo mesmo lábio tão furioso.
E se teu amigo vento não te procurar
É porque multidões ele foi arrastar. (bis)
Fora da Ordem
| Caetano Veloso – 2012 |
Nesta música denuncia Caetano diz: Aqui tudo parece Que era ainda construção E já é ruína Tudo é menino, menina No olho da rua; Alguma coisa está fora da ordem
FORA DA ORDEM
Vapor barato
Um mero serviçal
Do narcotráfico
Foi encontrado na ruína
De uma escola em construção
Aqui tudo parece
Que era ainda construção
E já é ruína
Tudo é menino, menina
No olho da rua
O asfalto, a ponte, o viaduto
Ganindo pra lua
Nada continua
E o cano da pistola
Que as crianças mordem
Reflete todas as cores
Da paisagem da cidade
Que é muito mais bonita
E muito mais intensa
Do que no cartão postal
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Escuras coxas duras
Tuas duas de acrobata mulata
Tua batata da perna moderna
A trupe intrépida em que fluis
Te encontro em Sampa
De onde mal se vê
Quem sobe ou desce a rampa
Alguma coisa em nossa transa
É quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova
Parece fogo, parece
Parece paz, parece paz
Pletora de alegria
Um show de Jorge Benjor
Dentro de nós
É muito, é grande
É total
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Meu canto esconde-se
Como um bando de Ianomâmis
Na floresta
Na minha testa caem
Vem colocar-se plumas
De um velho cocar
Estou de pé em cima
Do monte de imundo
Lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio
No esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela
Do garoto de frete
Do Trianon
Eu sei o que é bom
Eu não espero pelo dia
Em que todos
Os homens concordem
Apenas sei de diversas
Harmonias bonitas
Possíveis sem juízo final
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa (It’s something)
Está fora da ordem (Out of order)
Out of new order
It’s something
Is going out of order
Out of new order
It’s something
Is going out of order
Out of new order
It’s something
Is going out of order
Fora da nova ordem
Mundial
It’s something
Is going out of order
Fuera de nueva ordem mundial
Algo parece
Estar fuera del ordem
Out of new order
Algo parece
Estar fuera del ordem
Out of new order
Alguma coisa
Está fora da ordem
Out of new order
Algo parece
Estar fuera del ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial
Alguma coisa
Está fora da ordem
新世界秩序
It’s something
Is going out of order
新世界秩序
It’s something
Is going out of order
新世界秩序
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial…
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial…
Alguma coisa
Está fora da ordem
Out of da velha ordem
Mundial…
Alguma coisa
Está fora da ordem
Out of da velha ordem
Mundial…
It’s something
Is going out of order
Out of da velha ordem
Mundial…
It’s something
Is going out of order
Out of new order
Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial…
Alguma coisa
Está fora da ordem
新世界秩序
Out of da velha ordem mundial
Homo sapiens
| Milton Nascimento & Paulo Ricardo – 1987 |
Nesta música os autores nos perguntam: “Que faz você ver só lixo na vida, que faz alguém chorar? Que clima é esse? Chove mas queima, que quase deixa sem ar?
Só lixo na vida
Que faz alguém chorar?
Que clima é esse
Chove, mas queima
Que quase me deixa sem ar
Que te pintaram no coração
Porque procuras ser um bicho em extinção
Não quero o rumo das previsões
Quero futuro, como as dimensões do sonho
Olha esse povo
E sente a criança
Não há lugar pra a dor
Somos da aurora
Não tão distante
Chamada ato de amor
Que vale o hoje
Se atrai o fim
Não pra meu filho
O que não pedi pra mim
Honra de homem, enquanto há luz
Ou tudo cai
No mais escuro dos silêncios
Cai toda a história
Some o pensamento
Dar adeus à raça
Pra que agir assim
Cai toda a história
Some o pensamento
Dar adeus à raça
Pra que agir assim
Que vale o hoje
Se atrai o fim
Não pra meu filho
O que não pedi pra mim
Não quero o rumo das previsões
Ou tudo cai
No mais escuro dos silêncios
Silêncio
Imagine
| John Lennon & Yoko Ono – 1971|
Nesta música os autores nos dizem para imaginar um mundo de paz. Dizem eles:
“Imagine não existir países/ Não é difícil/ Nada pelo que matar ou morrer/ E nenhuma religião também/ Imagine todas as pessoas/ Vivendo a vida em paz.”
IMAGINE
Imagine there’s no heaven
It’s easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there’s no countries
It isn’t hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say I’m a dreamer
But I’m not the only one
I hope some day you’ll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say I’m a dreamer
But I’m not the only one
I hope some day you’ll join us
And the world will live as one
O dia em que a terra parou
| Raul Seixas – 1977 |
Nesta música de 1977 Raul Seixas nos diz: “maluco que sou eu sonhei com o dia em que a Terra parou, como se fosse combinado em todo o planeta, e acordei no dia em que a Terra parou”, como em 2020, na pandemia do coronavírus. Bem vindo Raul.
O DIA EM QUE A TERRA PAROU
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
Com o dia em que a Terra parou. Foi assim
No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo
O planeta
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém. O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão também não tava lá
E o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar. No dia em que a Terra parou (êêê)
No dia em que a Terra parou (ôôô)
No dia em que a Terra parou (ôôô)
No dia em que a Terra parou
E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar
Pois sabia o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar
No dia em que a Terra parou (ôôô)
No dia em que a Terra parou (ôôô)
No dia em que a Terra parou (uuu)
No dia em que a Terra parou
O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar
No dia em que a Terra parou (oh, yeah)
No dia em que a Terra parou (foi tudo)
No dia em que a Terra parou (ôôô)
No dia em que a Terra parou
Essa noite, eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei
No dia em que a Terra parou (oh, yeah)
No dia em que a Terra parou (ôôô)
No dia em que a Terra parou (eu acordei)
No dia em que a Terra parou (acordei)
No dia em que a Terra parou (justamente)
No dia em que a Terra parou (eu não sonhei acordado)
No dia em que a Terra parou (êêê)
No dia em que a Terra parou (no dia em que a terra parou)
O Estrangeiro
| Caetano Veloso – 1989 |
Nesta complexa música Caetano Veloso descreve as belezas e as feiuras da Baia de Guanabara, da natureza, da sociedade, da vida.
O ESTRANGEIRO
O compositor Cole Porter adorou as luzes na noite dela
A Baía de Guanabara
O antropólogo Claude Lévi-Strauss detestou a Baía de Guanabara
Pareceu-lhe uma boca banguela
E eu menos a conhecera mais a amara?
Sou cego de tanto vê-la, te tanto tê-la estrela
O que é uma coisa bela?
O amor é cego
Ray Charles é cego
Stevie Wonder é cego
E o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem
Uma baleia, uma telenovela, um alaúde, um trem?
Uma arara?
Mas era ao mesmo tempo bela e banguela a Guanabara
Em que se passara passa passará o raro pesadelo
Que aqui começo a construir sempre buscando o belo e o amaro
Eu não sonhei que a praia de Botafogo era uma esteira rolante de areia branca e de óleo diesel
Sob meus tênis
E o Pão de Açúcar menos óbvio possível
À minha frente
Um Pão de Açúcar com umas arestas insuspeitadas
À áspera luz laranja contra a quase não luz quase não púrpura
Do branco das areias e das espumas
Que era tudo quanto havia então de aurora
Estão às minhas costas um velho com cabelos nas narinas
E uma menina ainda adolescente e muito linda
Não olho pra trás mas sei de tudo
Cego às avessas, como nos sonhos, vejo o que desejo
Mas eu não desejo ver o terno negro do velho
Nem os dentes quase não púrpura da menina
(Pense Seurat e pense impressionista
Essa coisa de luz nos brancos dentes e onda
Mas não pense surrealista que é outra onda)
E ouço as vozes
Os dois me dizem
Num duplo som
Como que sampleados num sinclavier
É chegada a hora da reeducação de alguém
Do Pai do Filho do Espírito Santo amém
O certo é louco tomar eletrochoque
O certo é saber que o certo é certo
O macho adulto branco sempre no comando
E o resto ao resto, o sexo é o corte, o sexo
Reconhecer o valor necessário do ato hipócrita
Riscar os índios, nada esperar dos pretos)
E eu, menos estrangeiro no lugar que no momento
Sigo mais sozinho caminhando contra o vento
E entendo o centro do que estão dizendo
Aquele cara e aquela
É um desmascaro
Singelo grito
O rei está nu
Mas eu desperto porque tudo cala frente ao fato de que o rei é mais bonito nu
E eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo
E entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo
(Some may like a soft brazilian singer
But I’ve given up all attempts at perfection)
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| Gonzaguinha – 1973 |
Nesta música Gonzaguinha conta a história de um rapaz educado, comportado, trabalhador, mas que matou a mulher e as crianças e se suicidou.
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Até que ele era um rapaz muito bem educado
Até que ele tinha um bom coração
Até que ele era um rapaz muito bem comportado
Até que ele era um poço de boa intenção
Não creio que ele fosse complexado
Meio calado, talvez esquisito, mas batalhador
Eu creio que ele era muito inteligente
Eficiente, honesto, honrado e trabalhador
Por mais de dez anos foi meu excelente vizinho
Subia comigo às vezes no elevador
Por certo sabia direito do seu cantinho
Do escuro, tranquilo, com jeito de sonhador
Até que hoje à noite pegando e relendo o jornal
A foto no canto da esquerda me despertou
Matou a mulher e as crianças a golpes de pau
Sem um bilhete, sem explicações, se suicidou
Se bem que a patroa falava “esse cara não presta”
“Tem cara de ser mal marido, de não ter valor”
Se bem que a patroa falava “esse cara não presta”
“Tem cara de anjo, mas nunca que ele me enganou”
Até que ele era um rapaz muito bem comportado
Mas, não, eu nem sei o seu nome, ele nunca falou
Um preto sereno com jeito de sonhador
Mas, não, eu nem sei o seu nome, ele nunca falou
Palavras
| Gonzaguinha – 1973 |
Nesta música Gonzaguinha diz que podemos cantar tristes ou contentes, em tempo bom e em tempo ruim, como é a vida.
PALAVRAS
Palavras, palavras, palavras
Eu já não aguento mais
Palavras, palavras, palavras
Você só fala, promete e nada faz
Palavras, palavras, palavras
Desde quando sorrir é ser feliz?
Cantar nunca foi só de alegria
Com tempo ruim
Todo mundo também dá bom dia!
Cantar nunca foi só de alegria
Com tempo ruim
todo mundo também dá bom dia!
Passaredo
| Chico Buarque de Holanda – 2005 |
Nesta música o autor alerta os pássaros a tomar cuidado como bicho homem: “bico calado, muito cuidado, que o Homem vem aí”.
PASSAREDO
Ei, pintassilgo
Oi, pintarroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol sem fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiarití
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chupim
Xô, cotovia
Xô, ave-fria
Xô, pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Pequena memória para
um tempo sem memória
| Gonzaguinha – 1981 |
Segundo o autor “são tantas lutas inglórias, são histórias que a História qualquer dia contará; memória de um tempo em que lutar por seu direito é um defeito que mata”.
Pequena Memória Para
Um Tempo Sem Memória
A gente nunca torna ao belo olhar
se abraça e fala da vida que foi por ai
e conta os amigos nas pontas dos dedos
pra ver quantos vivem e quem já morreu
amanhã ou depois
Ê ê ê eu
Quem me dirá onde está
Aquele moço fulano de tal
filho, marido, irmão, namorado
que não voltou mais
insiste um anuncio nos nossos jornais
achados perdidos morridos
saudades demais
mas eu pergunto a resposta
ninguém sabe ninguém nunca viu
só sei quão sumido ele foi
sei é que ele sumiu
e quem souber algo acerca do seu paradeiro, beco
das liberdades estreita e esquecida
uma pequena marginal
dessa imensa avenida Brasil
Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens
São sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Uma crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas
Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os herois
São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue
Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha
Quem espera nunca alcança
Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará
Ê ê, não quero esquecer
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta.
Planeta Água
| Guilherme Arantes – 1981 |
Nesta bela música, Guilherme Arantes fala da beleza e da importância da água para o Planeta e para a vida na Terra.
Planeta Água
Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos
Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d’água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Plataforma
| João Bosco & Aldir Blanc – 1977 |
Este samba é um hino à luta contra a ditadura militar brasileira (1964 – 1985) com um bloco que não se conforma e derruba as amarras
PLATAFORMA
Não põe corda no meu bloco
Nem vem com teu carro-chefe
Não dá ordem ao pessoal
Não traz lema nem divisa
Que a gente não precisa
Que organizem nosso carnaval
Não sou candidato a nada
Meu negócio é madrugada
Mas meu coração não se conforma
O meu peito é do contra
E por isso mete bronca
Neste samba plataforma
Por um bloco
Que derrube esse coreto
Por passistas à vontade
Que não dancem o minueto
Por um bloco
Sem bandeira ou fingimento
Que balance e abagunce
O desfile e o julgamento
Por um bloco que aumente
O movimento
Que sacuda e arrebente
Pra Não Dizer que Não Falei das Flores
Caminhando
| Geraldo Vandré – 1968 |
Típica “música de protesto” contra a Ditadura Militar dos anos 1960, gravada ao vivo durante o “3º Festival Internacional da Canção” em 1968. A censura militar proibiu seu lançamento até 1979.
Pra não dizer que não falei das flores
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Sangrando
| Gonzaguinha – 1987 |
Palavra por palavra eis aqui uma pessoa se entregando, sangrando e cantando as lutas dessa nossa vida.
SANGRANDO
Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando
Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo aquilo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo
Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção
E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar
Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar
Solar
| Milton Nascimento & Fernando Brant – 1987 |
“Sou filho da terra do sol hoje escuro. O meu futuro é luz e calor, de um novo mundo eu sou, e o mundo novo será mais claro. Tudo está por pensar, tudo está por criar”.
SOLAR
Venho do sol
A vida inteira no sol
Sou filha da terra do sol
Hoje escuro
O meu futuro é luz e calor
De um novo mundo eu sou
E o mundo novo será mais claro
Mas é no velho que eu procuro
O jeito mais sábio de usar
A força que o sol me dá
Canto o que eu quero viver
É o sol
Somos crianças ao sol
A aprender e viver e sonhar
E o sonho é belo
Pois tudo ainda faremos
Nada está no lugar?
Tudo está por pensar
Tudo está por criar
Saí de casa para ver outro mundo, conheci
Fiz mil amigos na cidade de lá
Amigo é o melhor lugar
Mas me lembrei do nosso inverno azul
Eu quero é viver o sol
É triste ter pouco sol
É triste não ter o azul todo o dia
A nos alegrar
Nossa energia solar
Irá nos iluminar
O caminho
Verde
| Fagner, Garcia Lorca & José Ortega Heredia – 1981 |
“Verde que te quiero verde; verde viento, verdes ramas. El barco sobre la mar, el caballo en la montaña. Verde, que yo quiero verde”.
VERDE
Verde que te quiero verde
Verde viento verdes ramas
El barco sobre la mar
El caballo en la montaña
Verde, que yo te quiero ver (te camelo verde)
Com a sombra na cintura
Ela sonha na varanda
Verdes olhos negro pelo
Seu corpo de fria prata
Verde, que eu te quero verde, sim
Ah, que te quero verde
Compadre quiero cambiar
Mi caballo por tu casa
Mi montura por tu espejo
Mi cutilo por tu manta
Verde, que yo te quiero verde
Compadre vengo sangrando
Desde los puertos de cabra
Y se yo fuera mocito
Ese trato lo cerraba
Verde, que yo te quiero verde, verde …
Compadre donde está dime
Donde está esa niña amarga
Cuantas veces yo lo espere
Cuantas veces yo lo esperaba
Verde, que te quiero verde …
Verde que te quiero verde …
- Published in Ação Ecológica
Conferências ecológicas
Nesta página apresento, desde 2009, informações sobre conferências e estudos científicos relacionados ao meio ambiente, especialmente informações sobre as conferências do clima da ONU e IPCC.
Consenso inédito na COP29 estabelece bases sobre mercado de carbono global
Mecanismo será administrado pela ONU e prevê a redução do custo de implementação dos planos climáticos nacionais em US$ 250 bilhões ao ano.
Representantes dos países reunidos no primeiro dia da COP29, em Baku, no Azerbaijão, chegaram a consenso sobre algumas das regras gerais que deverão orientar o mercado de carbono global e a criação de créditos de carbono no âmbito do Acordo de Paris (Artigo 6). A Cúpula, que reúne aproximadamente 70 mil delegados, é o principal fórum internacional para negociações climáticas e acontece até 22 de novembro.
A decisão permite que o mecanismo de mercado administrado pela Organização das Nações Unidas possa começar a detalhar os tipos de projetos e atividades que poderão gerar créditos de carbono. Segundo a presidência da COP29, o uso da ferramenta deve reduzir o custo de implementação dos planos climáticos nacionais em US$ 250 bilhões ao ano, ao estimular a cooperação entre países. Isso incentivará maior ação climática ao aumentar a demanda por créditos de carbono e garantir que o mercado internacional opere com integridade sob a supervisão da ONU. (...)
Fonte: Gov.br; foto: Ecoamazônia.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
O Brasil foi o segundo país a apresentar a terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), que define a redução de emissões de gases do efeito estufa de 59% até 67%, em 2035. O plano, que já havia sido apresentado no Brasil, foi oficialmente entregue ao secretário-executivo do clima das Nações Unidas, Simon Stiell, na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão.
“O Brasil sai de um modelo negacionista, para a liderança e protagonismo no combate às mudanças climáticas. O presidente Lula tem total compromisso em o Brasil ser o exemplo de grande protagonista”, afirmou o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
O documento entregue reassume a meta de neutralidade climática até 2050 e traz na sua apresentação “uma visão de um país que reconhece a crise climática, assume a urgência da construção de resiliência e desenha um roteiro para um futuro de baixo carbono para sua sociedade, sua economia e seus ecossistemas”.
Além de reunir um resumo de políticas públicas que se somam para viabilizar as metas propostas na NDC, como o, o Plano de Transformação Ecológica documento também detalha por setor da economia brasileira, as ações que vêm sendo implementadas no país para que as emissões de gases do efeito estufa sejam mitigadas. (...)
De acordo com o documento, a nova ambição brasileira para emissões considera as diretrizes estabelecidas no Plano Clima, que é resultado de um processo de consulta da sociedade, setor privado, academia, estados e municípios.
Presidente da COP29 diz que 'mundo está a caminho da ruína'
Conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) começou nesta segunda-feira (11).
"Estamos a caminho da ruína. E não se trata de problemas futuros. A mudança climática já está aqui. Precisamos muito mais de todos vocês. A COP29 é um momento da verdade para o Acordo de Paris", disse Babaiev
A grande discussão neste ano é quem vai financiar o combate e a adaptação à crise climática. Em 2009, na COP15 de Copenhague, um acordo estabeleceu que os países industrializados concederiam 100 bilhões de dólares por ano, em ajuda direta ou empréstimos multilaterais. No entanto, o fundo não está funcionando e cientistas dizem que esses bilhões prometidos não são mais suficientes. Especialistas afirmam que é necessária uma quantia pelo menos 10 vezes superior.
O secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, lembrou que o financiamento da luta climática não é "caridade, e sim do interesse de todos, incluindo as nações mais ricas e maiores". Stiell defendeu uma reforma no sistema financeiro global e a transformação da cadeia produtiva com investimento na energia verde.
Havia uma expectativa de que os Estados Unidos pudessem encabeçar esse movimento. Mas agora, com a eleição de Donald Trump, o cenário não é muito animador. O republicano já deixou claro que a agenda climática não é prioridade na gestão dele e que vai investir pesado no petróleo. No mandato anterior, ele tirou o país do Acordo de Paris e prometeu o mesmo movimento na nova gestão.
Fonte: G1
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Acordo de proteção à biodiversidade marinha é firmado na COP 16, na Colômbia
Tratado estabelece fundo de R$ 1,15 trilhão à conservação de recursos naturais até 2030
O primeiro grande acordo da COP 16, Conferência da ONU para a Biodiversidade, foi firmado nesta quarta-feira (30), em Cali, na Colômbia. O tratado estabelece um fundo de R$ 1,15 trilhão para a conservação e identificação de áreas marinhas até 2030. As pesquisas serão financiadas pela Alemanha, Bélgica, Canadá, Noruega e Suécia.
Apesar do acordo firmado da COP 16, o tema já estava em discussão há alguns anos. O tratado representa um avanço no que diz respeito à preservação da biodiversidade marinha e é considerado o primeiro passo para atingir as metas do Marco Global Kunming-Montreal, adotado na COP 15. O marco, firmado no Canadá em 2022, determina 23 objetivos para a biodiversidade global.
Com o trato da COP 16, pesquisadores de várias partes do planeta vão determinar as prioridades dentro dos parâmetros da diversidade biológica, garantindo a transparência na escolha das áreas. O grupo também contará com a participação de comunidades indígenas, mulheres e jovens envolvidos em projetos de conservação.
A COP 16 foi realizada de 21 de outubro a 1º de novembro. O objetivo da reunião, que acontece a cada 2 anos, é debater medidas de preservação ao meio ambiente
Fonte: Náutica; foto: joaquincorbalan / Envato
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Pacto Global da ONU alerta que crise climática tem impacto maior nas comunidades mais vulneráveis
Terminou nesta sexta-feira (20), em Nova York, a reunião anual do Pacto Global nas Nações Unidas. A iniciativa tem o apoio da Globo e estimula empresas, governos e sociedade civil a trabalharem pelo desenvolvimento sustentável e inclusivo no planeta.
O ano de 2024 não deixa dúvida: a crise climática impacta o mundo todo. Mas também ficou evidente que as comunidades mais vulneráveis são as mais atingidas. Esse foi um dos temas do Pacto Global, o maior evento de sustentabilidade corporativa do mundo. Em dois dias, ele reuniu centenas de pessoas na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O primeiro painel do evento foi sobre as ameaças das mudanças climáticas para a saúde.
“Ela vai impactar a saúde, seja por eventos agudos como a gente teve no Brasil. O deslizamento de terra das chuvas no litoral norte, como foi o Rio Grande do Sul, e ao mesmo tempo passa um mês, nós temos uma onda de calor gigantesca com queimadas que estão cobrindo 60% do território brasileiro, com pessoas inalando partículas dentro da fumaça”, diz Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Albert Einstein.
Há décadas, a ONU estimula os debates para os países reconhecerem os riscos das mudanças climáticas. Mas sustentabilidade vai além da redução de emissões de carbono e do combate ao desmatamento. Temas sociais como igualdade salarial entre homens e mulheres, dignidade no trabalho e igualdade racial também fazem parte desse debate.
“O racismo ambiental, que eu mesmo trabalhando com a luta antirracista há tanto tempo, ainda não tinha mapeado. A gente chama de desigualdade, de falta de acesso a direitos, mas isso muitas vezes se expressa em uma cor. E esses dados estão aí", diz o autor e ator Lázaro Ramos.
As empresas que participam do Pacto Global se comprometem a fazer as mudanças necessárias para cumprir as metas de melhorias nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Já são 21 mil empresas em 160 países – 2 mil só no Brasil.
Fonte: G1, Jornal Nacional, 20 de setembro de 2024; foto: TRT4
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Plano de Transformação Ecológica do Brasil é lançado na COP 28
Ministro Fernando Haddad apresenta projeto de economia verde tendo Brasil como protagonista de uma globalização sustentável e inclusiva
O Plano é um novo instrumento de engajamento diplomático que reposiciona o Brasil no sistema internacional e questiona paradigmas de desenvolvimento ao vislumbrar um novo papel para o Sul Global no mundo contemporâneo. Trata-se de uma proposta que apresenta a região como centro da economia verde ao defender uma globalização ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva.
Em seu discurso, proferido no mesmo dia em que o Brasil passa a presidir o G20, Haddad disse que os primeiros estudos da iniciativa privada indicam que a transformação ecológica poderia gerar de 7,5 a 10 milhões de empregos em todos os setores - com enfoque no segmento de bioeconomia, agricultura e infraestrutura -, e oportunidades de geração de renda. (...)
Fonte: agência gov.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
COP 28: Petroleiras firmam acordo para reduzir emissões de gás
Cinquenta das maiores empresas petrolíferas do mundo anunciaram, neste sábado (2), a adesão a um pacto para a redução das emissões de suas operações, incluindo a Petrobras e gigantes como ExxonMobil, dos Estados Unidos, e Aramco, da Arábia Saudita.
No total, as empresas signatárias são responsáveis por 40% da produção mundial, de acordo com o comunicado oficial da COP28. Dessas companhias, mais da metade são estatais.
A Carta de Descarbonização do Petróleo e do Gás foi celebrada pelo presidente da COP28, Sultan Al Jaber, como “um grande primeiro passo”. O documento prevê "operações neutras em termos de carbono" até 2050, a acabar com a queima de gás até 2030 e a reduzir as emissões de metano para quase zero.
"Se quisermos acelerar os avanços em toda a agenda climática, temos de reconhecer a responsabilidade de todos pela ação climática. Todos temos de nos concentrar na redução das emissões e aplicar uma visão positiva para impulsionar a ação climática e levar todos a agir”, disse Al Jaber.
O pacto prevê ainda o investimento em energias renováveis, "combustíveis com baixo teor de carbono" e "tecnologias de emissões negativas". (...)
Fonte: Folha de Pernambuco.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
O que você precisa saber sobre a COP 28
O que é que a COP 28?
É a 28a Conferência das Partes (ou “COP”) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), que é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pelo clima. Na Conferência também se realizará a 28ª Reunião das Partes do Protocolo de Quioto.
A COP reúne as 198 “partes”, ou seja, os 197 países e a União Europeia que assinaram a Convenção-quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Este tratado é uma das três convenções do Rio de Janeiro adotadas na Cúpula da Terra, a Rio-92.
Onde e quando se realizará a COP28?
As reuniões são realizadas anualmente em uma cidade diferente, desde 1995 (exceto a COP26, que foi adiada em um ano devido à pandemia de covid-19). Este ano, a COP28 acontece de 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes. A participação de milhares de delegados de todo o mundo também serve para celebrar, simultaneamente, a conferência das partes do Protocolo de Kyoto e a das 195 partes do Acordo de Paris de 2015.
Quem irá participar na conferência?
No final da conferência deverão ter passado por Dubai cerca de 50 mil participantes: delegados em representação dos países, observadores, membros da sociedade civil e jornalistas. 20 mil pessoas terão acreditação que dá acesso à conferência, enquanto que as restantes poderão participar em debates, visitar exposições e visionar filmes numa área dedicada à sociedade civil que será construída perto do centro de conferências.
O Brasil terá neste ano a maior comitiva já enviada a uma Conferência das Partes. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, 2,4 mil brasileiros se inscreveram para participar da cúpula em Dubai, dos quais, cerca de 400 são do governo. (...)
O que será discutido?
A COP reúne-se todos os anos para tomar decisões relativas à implementação da Convenção-Quadro e para combater as alterações climáticas. Estarão em debate os impasses a respeito das metas de redução de emissão de gases do efeito estufa e das políticas de compensação aos países mais pobres e atingidos pelas mudanças climáticas. (...)
Fonte: SEMA (Sec. do Meio Ambiente e Mudanças do Clima do Gov. do Estado do Ceará); foto: MundoCoop.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
As perdas e danos da COP 27
A COP 27, realizada em Sharm El Sheikh, no Egito, entrará para a história por ter finalmente posto na pauta das negociações o tema do financiamento de perdas e danos, um dos mais complexos previstos no Acordo de Paris; mas também pelo alto custo que pagou por esse avanço.
O mecanismo de perdas e danos do Acordo de Paris prevê que países que sofram danos humanos e materiais em decorrência das causas adversas do aquecimento global poderão ser compensados ou indenizados pelos países que causaram a alteração climática.
A complexidade do tema inicia-se na dificuldade de se estabelecer categoricamente o nexo causal entre determinados eventos climáticos extremos ou mudanças climáticas permanentes à emissão de gases de efeito estufa; mas passa também pelo fato de que os países desenvolvidos evitam se submeter a regras por meio das quais possam ser penalizados e condenados a indenizar.
A grande emissão de gases de efeito estufa por países ricos durante a revolução industrial se deu num contexto em que a prosperidade econômica era paga com sangue e enormes impactos ambientais nos países colonizados, em especial na África e na América Latina. Este processo de expropriação de recursos naturais e de queima de combustíveis fósseis, relegou os países que foram colonizados imediatamente ao subdesenvolvimento e tornou-os ainda mais vulneráveis às mudanças climáticas contemporâneas. (...)
Fonte: André Castro Santos, G1
COP-27: Lula diz querer indígenas no governo
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 17, querer que indígenas tenham cargo no seu governo durante encontro com lideranças dos povos originários durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-27), em Sharm el-Sheik, no Egito. O petista, porém, não revelou quem será o titular do novo Ministério dos Povos Originários, promessa de campanha. "Quero que aproveitem meu mandato para que eu possa contribuir com vocês", afirmou Lula.
"Quero que indígenas participem da governança do País", acrescentou. Segundo Lula, é importante que representantes dos povos originários ocupem cargos de liderança em órgãos como o da saúde indígena (hoje vinculada ao Ministério da Saúde). (...)
Durante a fala, o presidente eleito também disse que os povos nativos são responsáveis pela preservação da maioria das florestas do mundo e voltou a cobrar recursos de países ricos para a conservação da biodiversidade. "Queremos saber quanto vão nos pagar para cuidar do planeta Terra?", disse. No evento, onde havia líderes indígenas brasileiros e estrangeiros, o petista ouviu elogios e cobranças. O chefe Terry Teegee, representante dos povos originários da América do Norte, chegou a chamar Lula de "pop star" (...)
Fonte: UOL; foto: Revista Fórum
‘O Brasil voltou’, diz Lula na COP 27, em defesa da luta ‘indissociável’ contra aquecimento global e pobreza
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta quarta-feira (16), no Egito, durante a COP 27, cúpula das Organizações das Nações Unidas (ONU) para discutir os impactos das mudanças climáticas e as ações globais relacionadas à preservação do meio ambiente e à descarbonização.
Lula citou as eleições que ocorreram em outubro no Brasil como “uma das mais decisivas de sua história” e que o pleito foi observado “com atenção inédita pelos demais países”, por “conter o avanço da extrema-direita autoritária e antidemocrática e do negacionismo climático no mundo”, além de estar em jogo a “sobrevivência da Amazônia” e do planeta.
“Estou hoje aqui para dizer que o Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável. De um mundo mais justo, capaz de acolher com dignidade a totalidade de seus habitantes – e não apenas uma minoria privilegiada”, disse o presidente eleito. “O Brasil voltou.” (...)
O petista disse ainda que a luta contra o aquecimento global é “indissociável” da luta contra a pobreza. Ele afirmou também que é possível explorar “com responsabilidade a extraordinária biodiversidade da Amazônia, para a produção de medicamentos e cosméticos, entre outros”. “Vamos provar que é possível promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica, e não mais como inimiga a ser abatida a golpes de tratores e motosserras”, disse Lula.
Fonte: InfoMoney
Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, no Egito, terá participação de senadores brasileiros
A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito, até o dia 18, deverá contar com um grupo de 12 senadores em missão oficial. O requerimento para participação no evento, que começou no dia 6, foi aprovado em Plenário. Além dos 12 parlamentares, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também avalia uma possível viagem ao Egito para acompanhar as discussões, que reúnem líderes mundiais em torno do lema "Juntos para a implementação".
Os países participantes debatem sobre adaptação climática, mitigação dos gases do efeito estufa, impacto climático na questão financeira e colaboração para conter o aquecimento global. Também devem definir aspectos centrais para a implementação do Acordo de Paris e dar previsibilidade ao financiamento climático. (...)
Como evento preparatório para a COP27, o Senado realizou sessão temática em setembro, quando debateu os acordos firmados na COP26 e as propostas do Brasil para a COP27. Para o senador Fabiano Contarato (PT-ES), um dos parlamentares que vai à conferência, os países continuam com o desafio de combater o aumento da temperatura global e suas consequências. Ele disse que a gestão ambiental no Brasil tem sofrido um desmonte nos últimos anos, o que fez com que o país regredisse nessa área, deixando de ser uma referência em estratégias de preservação ambiental. Na sessão, Contarato ressaltou como exemplo os efeitos nocivos ao bioma Cerrado. Estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Brasília [UnB] aponta que a conversão de áreas nativas do Cerrado para pastagens e agricultura já tornou o clima na região quase 1º C mais quente e 10% mais seco. (...)
Fonte: Rádio Senado; foto: Jornal da USP
Na COP 27, Marina diz que EUA estão 'ávidos por parcerias' e pede apoio com verba para o Fundo Amazônia
A ex-ministra do meio ambiente também citou desejo de sediar uma futura COP do clima no Brasil.
A deputada federal eleita e integrante do governo de transição Marina Silva disse, nesta quinta-feira (10), que sugeriu a um representante dos EUA na COP 27 que o país contribua com verba para o Fundo Amazônia. Paralisado no governo Bolsonaro, o fundo tem R$ 3,2 bilhões para investimento em ações de preservação ambiental.
Após uma conversa com John Kerry, enviado especial do governo americano sobre o Clima, Marina afirmou que "os EUA estão ávidos em ter uma parceria cada vez mais forte na proteção das florestas".
A representante do governo Lula na conferência explicou que sugeriu a participação dos Estados Unidos e não teve uma resposta definitiva, mas ouviu uma boa sinalização do representante de Joe Biden.
"A sinalização de que é importante aprofundar a cooperação, de que os EUA estão ávidos em ter uma parceria cada vez mais forte na proteção das florestas, com um esforço ainda maior, para que a gente busque alternativas que viabilizem o desenvolvimento econômico e social para os mais de 25 milhões de amazônidas." (...)
Fonte: G1; foto: Tribuna da Imprensa
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COP 27 reúne lideranças para garantir cumprimento das metas de redução das emissões de poluentes
A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas acontece de 6 a 18 de novembro, no Egito, para que os países que assinaram o Acordo de Paris mantenham-se comprometidos com a redução da poluição e desmatamento.
Começou nesse domingo, dia 6, e vai até 18 de novembro, no Egito, a vigésima sétima Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 27. O encontro reúne representantes dos 196 países que assinaram o Acordo de Paris, que prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa.
A intenção é renovar os compromissos assumidos, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou defendendo a criação do que ele classificou de Pacto de Solidariedade Climática. O novo acordo envolveria um esforço extra para reduzir as emissões ainda nesta década, com países mais ricos e instituições financeiras internacionais fornecendo fundos e auxílio técnico para ajudar as economias emergentes a acelerar a própria transição para energia renovável.
Em reunião da Comissão de Meio Ambiente que aprovou relatório sobre impactos ambientais de ocupações ilegais na Amazônia em 2022, a senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, ressaltou a importância de o Brasil cumprir as metas assumidas em edições anteriores da conferência (...)
Fonte: Rádio Senado; foto: Carta Capital
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COP27: o desafio de concretizar metas e compromissos
Países se reúnem na Conferência do Clima, no continente africano, com o desafio de dar seguimento aos anúncios do último ano.
Entre 6 e 18 de novembro, representantes de quase 200 países se reunirão para coordenar ações globais para mitigação e adaptação às mudanças climáticas durante a 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27).
A COP do clima é uma reunião anual de delegados (representantes) de quase todos os países do planeta para negociar metas globais de combate às mudanças climáticas, apresentar os planos de cada país para contribuir com essas metas e relatar seu progresso. A reunião deste ano será realizada na cidade de Sharm al Sheikh, no Egito.
A COP de 2021, em Glasgow, no Reino Unido, resultou em anúncios de peso e novas metas climáticas. Agora, os países devem se dedicar a buscar soluções para atingir os compromissos que estabeleceram –incluindo, sobretudo, como irão financiar a ação climática.
Fonte: The Nature Conservancy; foto: Diário do Comércio
GLOCAL EXPERIENCE – Rio de Janeiro, 9 a 17 de julho
Desafios e oportunidades para a Segurança Hídrica no Brasil
O Instituto Aegea, núcleo de inteligência socioambiental da Aegea, é um dos parceiros da Glocal Experience, evento realizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, entre 9 e 17 de julho. Na programação da conferência, o painel “Desafios e oportunidades para a Segurança Hídrica no Brasil” contou com a participação do presidente do Instituto Aegea, Edison Carlos, que defendeu uma integração de forças entre agentes da sociedade como forma de garantir a disponibilidade da água no país, assim como a importância do investimento em tecnologia.
Édison apontou que as principais atividades econômicas da pauta de exportações do Brasil, como agropecuária e mineração, são muito dependentes da disponibilidade da água, que então deve ser encarada como um ativo estratégico do país. “As comodities, principais produtos de exportação do Brasil, mas também a energia hidrelétrica, o abastecimento humano, a indústria, tudo tem na água a sua base. O agronegócio, maior fonte de recursos do país, responde por cerca de 60% do uso da água doce presente da natureza, então é fundamental estar presente em qualquer debate sobre recursos hídricos.”, afirmou.
Portanto, por representar um interesse comum, o presidente do Instituto Aegea indicou que todos devem participar dos esforços para garantir a segurança hídrica. “Se não colocarmos todos os agentes da sociedade na mesma mesa para discutir a questão hídrica não há como termos um futuro seguro. Fundamental ter o Governo Federal, em seu papel de fomentar as macros políticas de uso da água no país, estados e municípios monitorando os rios e o saneamento básico, as empresas e a sociedade, todos têm seu papel. As concessionárias de saneamento, que coletam, tratam e distribuem água potável a milhões de pessoas, investem, lógico, na proteção das bacias hidrográficas onde estão, mas as ações precisam ser coordenadas com os demais utilizadores dos recursos hídricos.”, apontou. (...)
Fonte: Aegea Blog; foto: Escola Kids - UOL
Rui Iwersen
GLOCAL EXPERIENCE – Rio de Janeiro, 9 a 17 de julho
Um olhar para os oceanos
Pouco se sabe sobre o mar e o grande desafio a ser enfrentado é engajar a população na proteção dos oceanos. Este foi o ponto principal discutido pelos participantes em “Um olhar para o oceano”, na tarde de quinta, 14 de julho.
Janaína Bumbeer, especialista em conservação da biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, apresentou os resultados de uma pesquisa que constatou que 80% das pessoas desconhecem que a maior parte do oxigênio que respiramos vem do mar.
Ana Asti, subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, lembrou a estimativa feita pela ONU de que até 2050 o oceano terá a mesma quantidade de peixes e de plástico.
Flavio Andrade, CEO da Ocean Pact, que desenvolve soluções seguras ambientalmente para operações submarinas, reforçou a necessidade de conhecimento e investimento para se cuidar e proteger o oceano. “Precisamos ter em mente que, dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, o de número 14 – Vida na Água, é o que recebeu menor volume de investimentos globalmente”, disse o CEO da empresa.
O biólogo Ricardo Gomes, diretor do Instituto Mar Urbano e diretor do documentário Baía Urbana, sobre a Baía da Guanabara, associou-se à Flavio Andrade em uma ação de replantio de 30 mil árvores no mangue da baía. “Nós nos preocupamos com bens, mas a grande herança que podemos deixar para nossos filhos é o oceano saudável”, disse Ricardo, que também é mergulhador e chamou a atenção do mundo todo para a Baía de Guanabara. (...)
Fonte: Aegea Blog
Rui Iwersen
GLOCAL EXPERIENCE - Rio de Janeiro, 9 a 17 de julho
CONFERÊNCIAS - 13 a 16 de julho; 09h às 17h; Marina da Glória, RJ
Fonte: glocalexperience.com.br
Rui Iwersen
Conferência dos Oceanos termina com 700 compromissos
(...) Mais de 6 mil pessoas estiveram na Conferência, abordando a necessidade de ações urgentes e concretas para enfrentar a crise oceânica. Do aumento do nível do mar e poluição marinha à acidificação dos oceanos e perda de habitat, o maior reservatório de biodiversidade do planeta está em perigo, ameaçando inviabilizar o progresso do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14, o principal roteiro para a ação global sobre a vida abaixo da água. Além disso, os impactos humanos cumulativos no oceano se não forem reduzidos, exacerbarão a emergência climática e prejudicarão as aspirações do Acordo de Paris. (...)
Além disso, a Conferência conseguiu traduzir ideias em ação com uma série de novos compromissos assumidos por muitos países e partes interessadas (veja abaixo). Cerca de 700 compromissos foram registrados, somando-se aos compromissos substanciais assumidos na Conferência dos Oceanos da ONU de 2017. Esses compromissos mostram a necessidade crítica de inovação e ciência para revitalizar o oceano. (...)
Fonte: Exame.55 anos
Rui Iwersen
Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, Lisboa, Portugal
A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, convocada pelos governos de Portugal e do Quênia, dará o tom para o que precisa ser feito para reverter o declínio na saúde dos oceanos. Definirá as principais áreas de ação oceânica orientada pela ciência e impulsionará os governos e outros gestores e autoridades a fazer mais e cumprir seus compromissos.
A Conferência dos Oceanos de 2017 nos mostrou o perigo em que os oceanos se encontram. Esta conferência trará soluções práticas, realistas, econômicas e replicáveis que podem ser adotadas para garantir a saúde dos oceanos.
A próxima Conferência dos Oceanos levará esses objetivos adiante, promovendo mais compromissos de ação e impulsionando soluções baseadas em evidências tão necessárias para que tenhamos um novo capítulo da ação global oceânica.
O evento acontece em Lisboa, Portugal, de 27 de junho a 01 de julho de 2022.
Fonte: Nações Unidas Brasil; foto: Mafia do Mergulho
COP 26 nº 7
ONU: relatório sobre clima é "alerta vermelho"
O relatório sobre o clima, publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), é um "alerta vermelho" que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que "destroem o planeta". A afirmação foi feita pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
O relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos e "deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta", segundo avaliação de Guterres, em comunicado.
O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. "Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável", acrescentou Guterres.
O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de + 1,5° centígrado), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, "ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes".
"Trata-se de um alerta vermelho para a humanidade", disse António Guterres. "Os alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta", disse o secretário. (...)
De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à pandemia de covid-19, o painel considera vários cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance.
Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 grau mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 grau em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100. Esse aumento, que acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris (...)
Os peritos reconhecem que a redução de emissões não terá efeitos visíveis na temperatura global até que se passem duas décadas, ainda que os benefícios para a contaminação atmosférica possam ser notados em poucos anos.
Fonte: Agência Brasil / Internacional; foto: DW
Rui Iwersen, médico planetário
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COP 26 nº 6
A humanidade "aqueceu a atmosfera, o oceano e a terra"
Já não se trata de algo mais ou menos provável, mas sim de um fato. O novo grande relatório conjuntural do IPCC, o painel de especialistas vinculados à ONU que há mais de três décadas estabelece as bases científicas sobre a mudança climática, fulmina o negacionismo. O documento considera “inequívoco” que a humanidade tenha "aquecido a atmosfera, o oceano e a terra", o que gerou “mudanças generalizadas e rápidas” no planeta.
A edição anterior deste estudo data de 2013, e desde então os indícios se multiplicaram, assim como os artigos e análises científicas que demonstram as consequências de uma crise que já gerou mudanças climáticas “sem precedentes” nos últimos milênios, e que em alguns casos serão “irreversíveis” durante centenas ou milhares de anos.
Entre as consequências diretas, além da elevação das temperaturas médias, figuram os fenômenos meteorológicos extremos. Trata-se de eventos similares às ondas de calor ou às chuvas torrenciais que estão sendo vistas nas últimas semanas em diversos lugares do globo e que já aumentaram em intensidade e frequência devido ao aquecimento gerado pelo ser humano, conforme confirma o relatório. (...)
Fonte: El País Internacional; foto: UOL Notícias
Rui Iwersen, médico planetário
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COP 26 nº 5
Novos detalhes da COP sobre desmatamento
A grande promessa de acabar com o desmatamento até 2030, anunciada por mais de 100 países, começou a tomar forma mais clara à medida que vários governos anunciaram compromissos concretos.
O Reino Unido disse que comprometeria mais de R$ 10 bilhões ao longo de cinco anos para apoiar a promessa, incluindo auxílio para florestas tropicais na Indonésia e a Amazônia. E Biden prometeu mais de R$ 50 bilhões em nome dos Estados Unidos.
“Este plano é o primeiro de seu tipo, adotando uma abordagem de todo o governo e trabalhando com o Congresso para empregar financiamento dos EUA até 2030 para conservar e restaurar nossas florestas e mobilizar mais bilhões de nossos parceiros”, disse ele.
Fonte: CNN Brasil - Internacional
Rui Iwersen, médico planetário
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COP 26 nº 4
Emissão de metano e combate ao desmatamento: destaques da COP26
Rebanho bovino é grande fonte de metano / Adepará via Agência Brasil
Cerca de 100 nações assinaram uma promessa global de reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O metano, principal componente do gás natural, é um gás de efeito estufa extremamente potente. Invisível e inodoro, tem 80 vezes mais poder de aquecimento a curto prazo do que o dióxido de carbono.
Von der Leyen disse que cortar as emissões de metano “irá desacelerar imediatamente a mudança climática”. Helen Mountford, vice-presidente de clima e economia do Instituto de Recursos Globais, organização de pesquisa ambiental, disse que o plano é essencial para evitar que o planeta aqueça além de 1,5ºC, limiar chave identificado por cientistas.
“Esta promessa estabelece uma forte ambição que precisamos globalmente”, disse Mountford em um comunicado. “Uma ação forte e rápida para reduzir as emissões de metano oferece uma gama de benefícios, desde a limitação do aquecimento a curto prazo e redução da poluição do ar até a melhoria da segurança alimentar e melhor saúde pública”.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o esforço é tanto uma oportunidade econômica quanto ambiental. “Isso não é apenas algo para proteger o meio ambiente, nosso futuro”, declarou. “É uma oportunidade enorme para todos nós, todas as nações, de criar empregos e fazer com que as metas climáticas sejam parte essencial de nossa recuperação econômica global”. (...)
Fonte: CNN Brasil - Internacional
Rui Iwersen, médico planetário
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COP-26 nº3
ANIMAL EXTINTO ALERTA ANIMAL EM AUTO-EXTINÇÃO SOBRE A EXTINÇÃO
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COP-26 nº 2
Relatório da ONU sobre o clima responsabiliza a humanidade por aumento de fenômenos extremos
Especialistas do Painel Internacional sobre a Mudança Climática (IPCC) alertam que já ocorreram mudanças que serão “irreversíveis” durante “séculos ou milênios”. Esse grande estudo defende reduções “profundas” e “rápidas” das emissões
Já não se trata de algo mais ou menos provável, mas sim de um fato. O novo grande relatório conjuntural do IPCC, o painel de especialistas vinculados à ONU que há mais de três décadas estabelece as bases científicas sobre a mudança climática, fulmina o negacionismo.
O documento considera “inequívoco” que a humanidade tenha "aquecido a atmosfera, o oceano e a terra", o que gerou “mudanças generalizadas e rápidas” no planeta.
A edição anterior deste estudo data de 2013, e desde então os indícios se multiplicaram, assim como os artigos e análises científicas que demonstram as consequências de uma crise que já gerou mudanças climáticas “sem precedentes” nos últimos milênios, e que em alguns casos serão “irreversíveis” durante centenas ou milhares de anos. Entre as consequências diretas, além da elevação das temperaturas médias, figuram os fenômenos meteorológicos extremos. (...)
Fonte: El País - Internacional; foto: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Rui Iwersen, médico planetário
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COP 26 nº 1
Ministros da pré-COP reconhecem que é preciso ‘fazer mais’
MILÃO – Após a ativista sueca Greta Thunberg ter chamado os discursos de líderes políticos sobre o clima de “blá-blá-blá”, os ministros participantes da conferência preparatória para a COP26 em Milão concordaram em “fazer mais” para limitar o aquecimento global neste século.
A pré-COP26 foi realizada entre 30 de setembro e este sábado (2) e reuniu ministros do Meio Ambiente de cerca de 50 países para avançar nas discussões e permitir resultados concretos na próxima cúpula climática da ONU, em Glasgow, em novembro. “Chegamos a um consenso de que é preciso fazer mais para manter o aquecimento abaixo de 1,5ºC [em relação aos níveis pré-industriais], aumentar as NDCs [metas climáticas de cada país] e garantir o fundo de US$ 100 bilhões para os países em desenvolvimento”, declarou o presidente da COP26, Alok Sharma.
O encerramento da pré-COP, no entanto, contemplou algumas das principais reivindicações dos jovens que participaram da conferência Youth4Climate, também em Milão, entre 28 e 30 de setembro, como o fechamento da indústria de combustíveis fósseis até 2030 e o incentivo à educação ambiental nas escolas. “A energia dos jovens da Youth4Climate galvanizou os ministros. Devemos nos lembrar do que eles disseram”, acrescentou Sharma.
Em seu discurso na abertura da conferência juvenil, Greta Thunberg havia dito que as promessas dos líderes mundiais eram apenas “blá-blá-blá” e que as emissões de carbono continuam aumentando. “Eles [os líderes mundiais] selecionam jovens como nós, fingindo que nos escutam, mas não é verdade, eles nunca nos escutaram”, disse a ativista sueca na ocasião.
Na coletiva deste sábado, Sharma reconheceu que as projeções para os próximos anos não são boas. “A ciência nos diz que, para manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, precisamos reduzir em 45% até 2030 as emissões de gases do efeito estufa, na comparação com 2010." (...) “A transição implica um certo lapso de tempo em que haverá a coexistência entre fontes renováveis e fósseis, mas o caminho está bem claro”, acrescentou.
Fonte: Isto É Mundo e ANSA; foto: AFP
Rui Iwersen, médico planetário
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Alerta à Humanidade nº 49
Dia da Sobrecarga da Terra chega mais cedo
Em 2021, a humanidade excedeu sua cota anual de recursos regeneráveis em 29 de julho, três semanas antes do que em 2020. Seriam necessárias 1,7 Terras para satisfazer nossas necessidades de consumo.
Hoje, a humanidade consome 74% a mais do que o que os ecossistemas globais podem regenerar
Após um adiamento temporário devido à pandemia em 2020 – quando o Dia da Sobrecarga da Terra foi em 22 de agosto – em 2021 a data em que a humanidade esgotou todos os recursos biológicos que a Terra regenera ao longo de um ano acontece três semanas antes, neste 29 de julho. No Brasil, a cota foi esgotada dois dias antes, em 27 de julho.
"Apesar de nos restar quase meio ano, já esgotamos nossa cota de recursos biológicos para 2021", advertiu Susan Aitken, líder do Conselho Municipal de Glasgow, onde lideranças mundiais se reunirão em novembro para a cúpula climática COP26. "Se precisamos lembrar que estamos sob uma emergência climática e ecológica, o Dia da Sobrecarga da Terra é a ocasião para isso", lembrou.
Como grande parte do mundo estava vivendo sob lockdowns impostos devido ao coronavírus no ano passado, o Dia da Sobrecarga aconteceu quase um mês depois do recorde de 2018, quando foi em 25 de julho. Mas mesmo que as emissões de carbono causadas por viagens aéreas e transporte rodoviário ainda estejam abaixo dos altos índices de 2019, a economia global em ascensão está empurrando as emissões e o consumo de volta para cima. (...)
O Dia da Sobrecarga da Terra existe desde 2006. A Global Footprint Network (GFN), organização de pesquisa que apresenta a data a cada ano junto com o grupo ambiental WWF, compara o cálculo a um extrato bancário que rastreia receitas em relação aos gastos. Ele considera milhares de dados da ONU sobre recursos como florestas biologicamente produtivas, pastagens, terras de cultivo, áreas de pesca e áreas urbanas. Esse cálculo é então medido em relação à demanda desses recursos naturais, entre eles alimentos de origem vegetal, madeira, gado, peixe e a capacidade das florestas de absorver emissões de dióxido de carbono.
Hoje, a humanidade consome 74% a mais do que o que os ecossistemas globais podem regenerar. Para continuar vivendo nos padrões atuais, precisaríamos dos recursos de cerca de 1,7 planetas. E isso não parece mudar tão cedo. (...)
Matéria enviada pelo colaborador de GaiaNet Jorge F. Schneider; fonte: DW - Made for minds
#DesmatamentoNãoReflorestamentoSim
2021 - 2030 - Década da Oceanografia da ONU
(...) Os oceanos, uma gigantesca superfície em variados tons de azul, cobrem cerca de 71% da extensão do planeta. Contudo, a vida debaixo d'água continua a ser uma grande mistério.
(...) Os seres humanos devem sua vida a essa imensidão desconhecida. Quatro em cada dez habitantes do planeta dependem dos mares para se alimentar. A vida marinha produz entre 50 e 70% de nosso oxigênio e 90% das mercadorias globais viajam por rotas marítimas. (...)
E mesmo assim, despejamos nela 8 toneladas de resíduos por ano. No ritmo em que estamos, em 2050 provavelmente haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. O aumento dos níveis de CO2 na atmosfera tornou o oceano mais ácido, ameaçando as cadeias alimentares.
Um relatório de 2019 do Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas alertou que, sem "profundas transformações econômicas e institucionais", haveria danos irreversíveis aos oceanos e ao gelo marinho. E isso pode afetar, além do modo de vida, a economia global de maneira imediata. O quadro, somado à falta de informações científicas sobre os oceanos, é um dos motivos para que a ONU tenha declarado o período entre 2021 e 2030 como a Década da Oceanografia. (...)
João Sorima Neto e Jennifer Ann Thomas, Escuridão Azul, Revista Época nº 1186 de 12 de abril de 2021, página 48; foto: G1 - Globo
Rui Iwersen, médico planetário, editor de GaiaNet
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Cúpula dos Líderes sobre o Clima
O mês de abril começa já com um importante evento no calendário. Trata-se da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, organizada pelo governo dos Estados Unidos de modo virtual nos dias 22 e 23 deste mês.
Ao todo, cerca de quatro dezenas de chefes de Estado devem atender ao convite do americano Joe Biden, incluindo Jair Bolsonaro, que confirmou presença, além de Vladimir Putin, da Rússia, Xi Jinping, da China, e Alberto Fernández, da Argentina.
No final de março, um alto funcionário do Departamento de Estado, em conversa com jornalistas, disse que os Estados Unidos não vão tolerar a destruição de florestas e cobrou um plano claro da parte do Brasil para acabar com o desmatamento ilegal até 2030, já com resultados palpáveis neste ano. A expectativa americana é que Bolsonaro chegue à cúpula com algo concreto para apresentar.
O anfitrião Biden quer usar o encontro para reafirmar seu compromisso com políticas voltadas para a preservação do meio ambiente e para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. (...)
A pressão para que a administração Bolsonaro passe a ter uma agenda responsável é também interna. (...) No ano passado foi criada a Concentração pela Amazônia, rede de cerca de 250 lideranças empresariais, acadêmicas e ambientalistas. Entre as ideias que unem o grupo, uma está muito clara: é chegada a hora de Bolsonaro aposentar sua política incendiária.
Dos editores, Clima para mudança, Revista Época, nº 1185, 05 de abril de 2021, página 4; foto: Brasil Escola - UOL
Rui Iwersen, médico planetário, editor de GaiaNet
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Cop 25: cúpula do clima chega a acordo em Madrid
A cimeira do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) já tem um documento final acerca da ambição climática em 2020 e cumprimento do acordo de Paris que limita os países para impedir a subida da temperatura média do planeta este século acima de 1,5 graus. O acordo, intitulado “Chile-Madrid, hora de agir”, foi alcançado quase dois dias após o dia marcado para encerrar a conferência COP25. [dia 13]
O documento foi aprovado pela presidente da COP25, a chilena Carolina Schmidt, após um tenso debate com o Brasil, que inicialmente não aceitou dois parágrafos incluídos no acordo sobre oceanos e uso da terra. O acordo final da COP25 estabelece que os países terão de apresentar em 2020 compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões (as chamadas Contribuições Nacionais Determinadas) para enfrentar a emergência climática.
Segundo o acordo, o conhecimento científico será “o eixo principal” que deve orientar as decisões climáticas dos países para aumentar a sua ambição, que deve ser constantemente atualizada de acordo com os avanços da ciência. O texto inclui “a imposição” de que a transição para um mundo sem emissões tem de ser justa e promover a criação de emprego.
O acordo também reconhece a ação climática de atores não-governamentais, a quem convida a aumentar e generalizar estratégias compatíveis com o clima. (...)
Fonte: O Jornal Econômico; foto: CNN
COP25: Guterres pede “entendimento comum”
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu “a todas as partes a ultrapassarem as suas actuais divisões e a encontrarem um entendimento comum” para lutar contra as alterações climáticas.
Arrancou esta segunda-feira, em Madrid a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, COP25. Os 196 países reunidos na capital espanhola devem tomar decisões para acelerar a luta contra a crise climática, num momento em que os fenómenos meteorológicos extremos se multiplicam.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu “a todas as partes a ultrapassarem as suas actuais divisões e a encontrarem um entendimento comum” para lutar contra as alterações climáticas. (...)
Fonte: RFI
Madrid acolhe durante duas semanas, entre 2 e 13 de dezembro, a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
O Parlamento Europeu declarou emergência climática global na semana passada, com o objetivo de aumentar os esforços para combater as alterações climáticas que têm deixado marcas no nosso planeta. Para discutir o que se pode fazer depois deste anúncio, Madrid recebe durante as próximas duas semanas a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP25).
A COP25, ou Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, é a conferência anual da ONU que pretende discutir a urgência de uma resposta à emergência climática que tem vindo a acelerar. Segundo a Convenção da ONU de 1992, todos os países mundiais estão sujeitos a encontrar formas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, de maneira equitativa. (...)
O foco da discussão durante as duas semanas será o artigo seis do Acordo de Paris, que permite a utilização de um mercado global de carbono para ajudar os países a reduzir as emissões e financiar medidas que reduzam as emissões nos países em desenvolvimento. (...)
Fonte: O Jornal Econômico
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Calendário ecológico
Nesta página apresento as datas comemorativas do meio ambiente, mas também datas de lutas ecológicas e sociais. Em algumas datas apresento informações sobre sua declaração ou sobre seu significado ecológico e ou social.
Datas de Comemorações e de Ações Ecológicas
1. Janeiro
Dia Mundial da Paz
O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro, tendo sido criado pelo papa Paulo VI em 1967. (...)
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos
Dia de Combate à Intolerância Religiosa
Data de luta e de mudança cultural criada em 2007
Dia Mundial da Liberdade
Dia Internacional da Memória do Holocausto
Esta data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2005 para não esquecermos o assassinato de cerca de 5 milhões de judeus e ciganos europeus pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial, que durou de 1 de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945.
Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo
Dia de Visibilidade Trans
45% dos trans-sexuais brasileiros já foram vítimas de transfobia em deslocamentos.
2. Fevereiro
Dia Mundial das Áreas Úmidas
Dia Mundial de Combate ao Câncer
Dia do Agente de Defesa Ambiental
Dia do Frevo
No dia 9 de fevereiro é comemorado o Dia do Frevo. A data faz referência à primeira vez que a palavra "frevo" foi citada na imprensa, em 1907, após o lançamento de uma música neste ritmo chamada "Eu frevo". Desde dezembro de 2012, o ritmo pernambucano foi considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Fonte: Google e informações próprias; foto: Garanhuns História
Dia de Criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA
3. Março
Dia do Turismo Ecológico
Dia Nacional de Combate ao Contrabando
Dia Mundial da Obesidade
Dia da Mulher
Dia Internacional da Energia
Dia Mundial de Atingidos por Barragens
Dia Mundial dos Direitos do Consumidor
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Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas
Dia Mundial dos Doentes
Dia Internacional da Felicidade
Início do Outono
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Dia Mundial das Florestas
No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional das Florestas
Para sensibilizar a população sobre a importância das florestas na manutenção dos ecossistemas e no desenvolvimento sustentável, a ONU criou o Dia Internacional das Florestas. (...)
Fonte: Brasil Escola; foto: Notícias Concursos
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Dia Mundial de Combate à Discriminação Racial
Dia Mundial da Água
Foto: Investvida - Desenvolvimento Sustentável
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado à discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
(...) E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. (...) Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água. (...)
Fonte: sua pesquisa
Dia do Meteorologista
Dia Mundial do Estudante
Dia Mundial da Tuberculose
Dia Mundial do Teatro
Dia Nacional do Doador de Sangue
Dia Mundial da Juventude
4. Abril
Dia Mundial da Saúde
Dia Nacional de Combate ao Bullying
Dia Nacional dos Jornalistas
Dia Mundial da Doença de Chagas
Barbeiro, o transmissor da doença de Chagas; Foto: Biologia Net
Ao contrário do que muita gente pensa, a doença de Chagas ainda existe e afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente na América Latina. Se não diagnosticada e tratada, a doença pode causar problemas no coração e no sistema digestivo por anos após a infecção.
Chagas afeta de seis a sete milhões de pessoas em 44 países no mundo, e outras 75 milhões correm o risco de contaminação, segundo a Organização Mundial da Saúde. Na América Latina, a doença de Chagas é endêmica em 21 países, incluindo o Brasil.
Fonte: Médicos Sem Fronteiras - MSF.
Dia Nacional da Conservação do Solo
Dia Nacional da Botânica
Dia dos Povos Indígenas
O Dia dos Povos Indígenas é uma data comemorativa celebrada no Brasil no dia 19 de abril e tem como propósito celebrar a diversidade das histórias e das culturas dos povos indígenas brasileiros; combater preconceitos contra os indígenas; e estabelecer políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários.
Essa data comemorativa foi criada, em 1943, durante a ditadura do Estado Novo. Seu surgimento se deu, em boa medida, pela pressão de Marechal Rondon, importante indigenista brasileiro. Ainda, a data foi criada por influência do Congresso Indigenista Interamericano que havia sido realizado no México em abril de 1940.
Fonte: Mundo Educação
Dia da Terra
Bandeira do Dia da Terra: O Planeta sobre um fundo azul.
O Dia da Terra foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de abril de 1970
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra. (...)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Editada em GaiaNet no dia 22 de abril de 2014
22 a 28 de abril - Semana da Educação
Dia Mundial de Luta Contra a Malária
Dia da Educação
Dia da Caatinga
5. Maio
Dia Internacional do Trabalho
Dia Internacional do Trabalhador
Dia Mundial de Liberdade de Imprensa
Dia do Sol
Dia do Solo
Dia do Pau-Brasil
Dia do Campo
Dia Mundial das Aves Migratórias
Dia Nacional da Segurança Social
Dia da Comunicação Social
Dia Internacional do Enfermeiro
Dia Internacional do Clima
Dia Internacional da Família
Dia Mundial da Reciclagem
Dia Internacional das Telecomunicações
Dia Internacional de Combate à Homofobia
Dia Internacional dos Museus
Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes
Dia Nacional do Advogado
Dia Mundial de Doação de Leite Materno
Dia da Autonomia do Poder Local
Dia Mundial da Biodiversidade
Dia Mundial da Abelha e Dia do Apicultor
Dia Mundial do Trabalhador Rural
Dia Internacional da Biodiversidade
Dia Nacional da Mata Atlântica
A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do mundo! São 20 mil espécies vegetais, 849 de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 espécies de peixes.
Como a maioria das florestas, esse ecossistema está cada vez mais sofrendo pela ação do homem através do desmatamento e pelas queimadas principalmente.
Assim, por sua importância, dia 27 de maio é comemorado o dia da Mata Atlântica e tem o objetivo de servir como ponto de reflexão sobre a necessidade de preservação e de conscientização a respeito das ações necessárias para mudar essa realidade. (...)
Fonte: Smart Kids
Dia do Geógrafo
Dia Mundial sem Tabaco
6. Junho
1º a 7 de junho - Semana do Meio Ambiente
Dia Antinuclear Internacional
Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco
Dia Mundial do Meio Ambiente
O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado no dia 5 de junho. Foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na resolução (XXVII) de 15 de dezembro de 1972 com a qual foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano.
Liderado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), o Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado anualmente no dia 5 de junho. Este ano, o tema clama por tolerância zero ao comércio ilegal de animais silvestres. (...)
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre e Nações Unidas
Dia da Ecologia
Dia dos Oceanos
Dia Nacional da Imunização
Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil
Dia Mundial Contra a Seca
Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação e a Seca
Dia Mundial do Refugiado
Início do Inverno
Dia das Nações Unidas (ONU)
Dia Mundial do Turismo
Dia Mundial da Pesca
Dia Mundial do Diabético
Dia do Orgulho LGBT
Dia do Pescador
7. Julho
Dia Mundial da Arquitetura
Dia Internacional do Cooperativismo
Inicialmente denominada como “Dia da Cooperação” e, posteriormente, chamada de “Dia do Cooperativismo”, atualmente a data é conhecida como “Dia Internacional do Cooperativismo".
Embora a data oficial tenha sido criada em 1994, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) celebrou pela primeira vez o Dia Internacional em 1923, instituindo a data com o objetivo de comemorar, no primeiro sábado de julho de cada ano, a confraternização de todos os povos ligados ao cooperativismo. (...)
Dia Nacional da Ciência
Dia do Engenheiro Florestal
Dia do Engenheiro Sanitarista
Dia da Liberdade de Pensamento
Dia da Proteção das Florestas
Dia do Amigo
Dia do Agricultor
Dia Mundial de Proteção dos Manguezais
O manguezal é considerado um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho. Característico de regiões tropicais e subtropicais, está sujeito ao regime das marés, dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam a outros componentes vegetais e animais. (...)
A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.
Fonte: Departamento. de Ecologia, IB, USP; foto: Rotas de Viagem
Dia Mundial da Conservação da Natureza
O Dia Mundial da Conservação da Natureza foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas e comemora-se a 28 de Julho. Este dia tem como objetivo chamar a atenção para os problemas da conservação da Natureza.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
8. Agosto
Dia Mundial da Amamentação
Dia Nacional da Saúde
O Dia Nacional da Saúde foi oficializado e inserido no calendário oficial brasileiro através do Decreto de Lei nº 5.352, de 8 de novembro 1967, do Ministério da Saúde e da Educação e Cultura.
O dia 5 de agosto foi escolhido para celebrar o Dia Nacional da Saúde por ser a data de nascimento do sanitarista Oswaldo da Cruz, um importante personagem na história do combate e erradicação das epidemias da peste, febre amarela e varíola no Brasil, no começo do século XX.
Oswaldo da Cruz nasceu em 5 de agosto de 1872 e foi responsável pela criação do Instituto Soroterápico Federal (atualmente conhecido como Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ) e da fundação da Academia Brasileira de Ciências. (...)
Fonte: Calendarr Brasil
Dia da Paz
Neste dia, em 1945, foi lançada a bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, no Japão.
Dia Internacional dos Povos Indígenas
Em 9 de agosto é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1994.
O dia é dedicado a homenagear e reconhecer as tradições dos povos indígenas e promover a conscientização sobre a inclusão dos povos originários na sociedade, alertando sobre direitos e reafirmando as garantias previstas na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. (...)
Fonte: Radio Senado
Dia Internacional de Qualidade do Ar
Dia do Psiquiatra
Desde 1966, a data de 13 de agosto ganhou um significado muito especial para a psiquiatria; foi neste dia que a sua Associação foi criada em uma sala do Instituto Municipal Philippe Pinel.
Em 2016, ano em que a instituição comemorou os seus 50 anos, ficou ainda mais estimado. Graças às solicitações do atual presidente da ABP, Dr. Antônio Geraldo da Silva, no dia 11 de agosto de 2016, foi instituído o dia do psiquiatra!
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
Dia do Controle da Poluição Ambiental
Dia do Controle da Poluição Industrial
Dia de Combate à Poluição
Dia do Filósofo
Filósofo é a pessoa responsável por estudar a natureza de todas as coisas existentes e as relações que possam existir entre estas coisas. Noções de valores, sentidos, fatos, além da conduta e destino do homem também são temas estudados por este profissional.
Fonte: Enciclopédia Significados; foto: iStock.
Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua
Dia Mundial do Folclore
Dia da Limpeza Urbana
Aniversário do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio
Dia Nacional do Voluntariado
Dia Nacional de Combate ao Fumo
9. Setembro
Dia do Biólogo
Dia da Mulher Indígena
Dia da Amazônia
O Dia da Amazônia é celebrado anualmente em 5 de setembro.
Esta data foi criada com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta.
O dia escolhido faz referência a 5 de setembro de 1850, quando o Príncipe D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas).
Não há muitos motivos para comemoração e sim para preocupação. A floresta amazônica atualmente está ameaçada pelos constantes desmatamentos ilegais, afetando diretamente a fauna e a flora da região, causando desequilíbrios e crises ambientais a nível global. (...)
Fonte: Calendarr Brasil
Dia da Pátria
Dia do Médico Veterinário
Dia Nacional do Cerrado
"O berço das águas"
O segundo maior bioma do Brasil é o Cerrado que cobre uma área de 2 milhões de km2, que corresponde a 204 milhões de hectares! Isso representa quase um quarto de toda a extensão territorial do país. Pra você ter uma ideia, um hectare, que mede 10.000 m2, equivale ao tamanho do gramado de um campo de futebol. Viu como é grande?
O bioma Cerrado é encontrado na parte mais central do País, incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Mas com esse tamanho todo (mais de 200 milhões de campos de futebol!), ele está presente também em pequenas porções dos estados do Paraná, no sul do Brasil, e de Rondônia, na região Norte.
Lá, onde o bioma Amazônia é predominante, a gente ainda encontra áreas enormes de vegetação típica de Cerrado, nos estados do Amapá, Roraima, Amazonas e Pará. (...)
O Cerrado é a savana tropical mais rica do mundo, pois nele há cerca de 5% de toda a diversidade do planeta. O Cerrado abriga 30% dos diversos seres vivos identificados no nosso país.
Fonte: Portal Embrapa; foto: Um só Planeta - Globo
14 a 21 de setembro - Semana da Árvore
Dia Internacional da Democracia
......
Democracia:
- Governo do povo; soberania popular; democratismo.
- Doutrina ou regime político baseado nos princípios de soberania popular e da distribuição equitativa do poder, ou seja, regime de governo que se caracteriza, em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade, isto é, dos poderes de decisão e de execução.
Fonte: Novo Dicionário Aurélio, Editora Nova Fronteira, 1ª edição, 15ª impressão, página 430.
Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias
O Dia Mundial da Limpeza é um movimento cívico que une 191 países e milhões de pessoas em todo o mundo para limpar o planeta. Em um único dia! No dia 17 de setembro de 2022, o Dia Mundial da Limpeza acontecerá pela 5ª vez. Desde 2018, 50 milhões de pessoas saíram e limparam suas cidades, rios e comunidades dos resíduos.
Fonte: LimpaBrasil.org
Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio
Dia Mundial pela Limpeza da Água
Dia Internacional da Limpeza de Praia
Dia da Árvore
Dia Internacional da Paz
Dia comemorativo e de luta pela Paz estabelecido pela ONU
Dia Mundial do Alzheimer
21 a 27 de setembro - Semana Nacional da Fauna
Início da Primavera
Dia da Defesa da Fauna
Dia da Jornada sem Carro
Dia Nacional dos Surdos
10. Outubro
Dia Internacional do Idoso
Dia Internacional do Habitat
O habitat é o lugar onde um organismo vive e encontra o que necessita para sobreviver: refúgio, ar, água, alimento e espaço.
Dada a importância do habitat, o crescimento da população e as condições do meio ambiente, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 3 de outubro de 1985, decidiu estabelecer esta data para celebrar o Dia Mundial do Habitat.
A ONU criou também o Centro de Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (CNUAH) uma agência especializada na gestão e no desenvolvimento integral dos assentamentos Humanos. (...)
Fonte: Seu History
Dia Nacional das Abelhas
Dia dos Animais
4 a 10 de outubro - Semana de Proteção aos Animais
Dia das Aves
Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Dia Mundial da Saúde Mental
Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher
O dia 10 de outubro foi escolhido para celebrar esta data porque foi em 10 de outubro de 1980 que um movimento de mulheres se reuniu nas escadarias do Teatro Municipal, em São Paulo, para iniciar um protesto contra o aumento de crimes de gênero no Brasil (hoje conhecidos como feminicídio, quando uma mulher é morta apenas por ser mulher).
Fonte: Calendário Brasil
Para queixas, disque 180
Dia do Engenheiro Agrônomo
Dia Mundial para a Prevenção de Desastres Naturais
Dia do Mar
Dia das Crianças
Dia do Consumo Consciente
Dia do Professor
Dia do Educador Ambiental
Dia Mundial da Alimentação
Dia do Médico
O dia 18 de outubro foi escolhido em homenagem ao nascimento de São Lucas, o protetor dos médicos.
São Lucas foi um dos seguidores de Jesus, segundo a tradição, escreveu um dos livros dos Evangelhos e o livro de Atos dos Apóstolos. Nestes livros, contou muitas histórias de Cristo, inclusive algumas das muitas curas e milagres que presenciou.
São Lucas estudou medicina em Antioquia (atual Turquia), e foi chamado pelo apóstolo Paulo de "amado médico" na epístola aos Colossenses. É considerado patrono dos médicos desde o século XV. (...)
Fonte: Academia Médica
Dia Mundial das Nações Unidas
Dia da Informação sobre o Desenvolvimento
Dia do Livro
11. Novembro
Dia da Favela
A data de 4 de novembro foi escolhida como Dia da Favela porque nesta ocasião a expressão “favela” apareceu pela primeira vez em um documento oficial. Foi em 1900, no Rio de Janeiro, ...
Foto: Favela da Rocinha, Rio de Janeiro.
Dia da Ciência
Dia da cultura
Dia Mundial do Urbanismo
O Dia Mundial do Urbanismo é uma data comemorativa instituída em 1949, e é celebrado anualmente a cada dia 8 de Novembro, e tem como objetivo promover a consciência, a sustentação, a promoção e a integração entre a comunidade e o Urbanismo.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dia Mundial contra o Racismo
Dia Mundial da Adoção
Dia Nacional do Pantanal
Dia Mundial do Diabetes
Dia da Alfabetização
Dia Internacional da Tolerância
Dia Mundial do Não Fumador
Dia Internacional do Estudante
Dia Mundial do Ar Puro
Dia Mundial do Banheiro
Uma questão de dignidade, de saúde individual, de saúde pública e de saúde ambiental.
Dia Nacional da Consciência Negra
Dia Internacional dos Direitos da Criança
Dia do Rio
Dia Nacional do Doador de Sangue
Dia Internacional do Combate à Violência contra as Mulheres
Dia do Estatuto da Terra
12. Dezembro
Dia Mundial de Luta Contra a AIDS
O Dia Mundial da Luta Contra AIDS é um dia que, cada ano, deve servir para desenvolver e reforçar o esforço mundial da luta contra a AIDS. O objetivo deste dia é estabelecer o entrelaçamento de comunicação, promover troca de informações e experiências, e de criar um espírito de tolerância social.
O Dia Mundial da Luta Contra a AIDS dá a ocasião de se falar da infecção por HIV e da AIDS, de se ocupar das pessoas infectadas pelo HIV e com a AIDS, e de se saber mais sobre esta doença. Este dia internacional de ação coordenada contra a AIDS constitui já um evento anual na maior parte dos países.
Evocando as atividades de luta já em curso e encorajando novas iniciativas, o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS contribui para edificar uma ação durável contra a AIDS.
(Tradução e adaptação do "Journée Mondiale SIDA - Information n.º 1" da Organisation Mondiale de la Santé - Programme Mondial de Lutte Contre le SIDA).
Fonte: Giv.org.br; foto: Planet Wissen
Dia Internacional dos Deficientes Físicos
Dia Mundial do Voluntariado
Dia do Pau-Brasil (Árvore Nacional Brasileira)
Dia Internacional Contra a Corrupção
Dia Mundial dos Direitos Humanos
Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Dia Internacional dos Povos Indígenas
Dia do Engenheiro de Pesca
Comemoração da Criação do Programa das Nações Unidas para o Ambiente - PNUMA
Dia Internacional do Migrante.
Início do Verão
Dia Mundial da Biodiversidade
Dia da Esperança
Fontes: GaiaNet; Ministério do Meio ambiente; Ser Melhor; Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Florianópolis; Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri); Google; Wikipédia
- Published in Ação Ecológica
Saúde mental
Esta página trata de repercussões psicológicas e psiquiátricas de desastres e fenômenos naturais, mas também de desastres e fenômenos sociais como guerras, refugiados, estupro, racismo, corrupção e religião.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 3
Os que lerem este livro poderão aprender algo sobre sua própria relação com a terra, com um povo que era de conservacionistas verdadeiros
Este não é um livro alegre, mas a história tem um jeito de se introduzir no presente, e talvez os que o lerem tenham uma compreensão mais clara do que é um índio americano, sabendo o que ele foi. Poderão surpreender-se ao ouvir que palavras gentis e ponderadas saem da boca de índios estereotipados no mito americano como selvagens impiedosos. Poderão aprender algo sobre sua própria relação com a terra, com um povo que era de conservacionistas verdadeiros.
Os índios sabiam que a vida equivale à terra e seus recursos, que a América era um paraíso, e não podiam compreender por que os invasores do Leste estavam decididos a destruir tudo que era índio e a própria América.
E se os leitores deste livro alguma vez puderem ver a pobreza, a desesperança e a miséria de uma reserva índia moderna, acharão possível compreender realmente as razões disso.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio - A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Introdução, página 17; foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 20
Pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais
Recentemente, um grupo de biólogos propôs uma terceira hipótese: pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais, e não puramente reprodutivas.
Em um artigo de 2023, esses pesquisadores analisaram a prevalência das relações em mais de 260 espécies de mamíferos - e notaram que a homossexualidade era especialmente comum nos que vivem em sociedade, com destaque para os primatas: 51 espécies, de lêmures a gorilas, apresentam o comportamento.
Fonte: Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, As origens biológicas da Homossexualidade, página 43; foto: DCM.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 21 – O apocalipse segundo os Vikings
A Terra e o universo se incendiarão e todos os deuses morrerão, assim como a humanidade
É provável que entre todos os mitos do fim do mundo conhecidos nenhum seja tão violento e devastador quanto o dos vikings, povo que habitava a Escandinávia na Idade Média. Dele, ninguém escapa, nem Odin, o principal deus do panteão nórdico. Trata-se da lenda do Ragnarok, A Morte dos Deuses, narrada nos Eddas, conjunto de relatos míticos escritos por volta do século 13. (...)
O fim dos tempos começa com o Fimbulvetr, um inverno que durará três anos. Loki escapará da prisão e comandará um exército de monstros e criaturas malignas contra as tropas de Odin. (...) Por fim, não sobrará pedra sobre pedra. A Terra e o próprio universo se incendiarão e todos os deuses morrerão, assim como a humanidade.
Mas não é o fim. De algum modo, surgem um novo universo e uma nova Terra, que serão governados por uma nova geração de deuses. Um novo casal de humanos aparece e tudo recomeça.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 29, Outros apocalipses; foto: IstoÉ Curioso.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 35
Grupos tribais sobreviventes
Prosseguimos esta Série de GaiaNet com artigos extraídos do livro Educação e sociedades tribais, de Silvio Coelho dos Santos, com especial destaque para o capítulo Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil.
A educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional
A escola existente junto às comunidades indígenas, de uma forma ou de outra, compatua como instrumento destinado a manter tal quadro de relacionamento e submissão entre índios e não-índios.
As funções da educação escolar foram destacadas a partir da idéia de que ela é uma agência formal do processo destinado a socializar os membros jovens da sociedade que a patrocina. Foi assim possível detectar como a educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional. Essa utilização fica nítida a partir do momento em que a escola se propõe a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa. Ou quando todos os pontos de referência da atividade escolar são tomados na sociedade nacional.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Introdução, páginas 11 e 12; foto: Portal Gov.br.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 2
Esta série mostra o Capitalismo maquiavélico dos colonizadores europeus da América do Norte, como ocorreu na América do Sul (como veremos futuramente na Série de GaiaNet nº 21: "1501 - O Brasil depois de Cabral").
Enterrem meu coração na curva do rio é um livro de advertência sobre o problema das minorias raciais em confronto com uma cultura tecnologicamente adiantada
O livro de Dee Brown chegou à lista de best-sellers e passou mais de um ano sacudindo consciências e revelando uma face triste da formação dos Estados Unidos, reabilitando os pobres subumanos mostrados pelo cinema e pela televisão de massas. Revela outro aspecto importante dessas décadas impiedosas: o papel do homem branco como o agente poluidor da natureza exuberante da região habitada pelos índios. Os brancos introduziram a fumaça dos trens, o uísque, as doenças infecciosas e acabaram com as florestas e a vida selvagem. (...)
[Dee Brown] Foi um pesquisador nato e provou isso em Enterrem meu coração na curva do rio, revelando uma quantidade imensa de material original e desconhecido sobre os índios. (...)No Brasil, além do interesse natural por uma obra sobre o assunto, Enterrem meu coração na curva do rio é um livro de advertência, profundamente atual, sobre o problema das minorias raciais em confronto com uma cultura tecnologicamente adiantada.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio - A dramática história dos índios norte-americanos, Coleção L&PM Pocket, 2003; Geraldo Galvão Ferraz, Apresentação, páginas 6 e 7; foto: Facebook - Buenas ideias.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 1
Esta nova Série de GaiaNet mostra o "Capitalismo maquiavélico" dos colonizadores europeus da América do Norte. Esta ideologia foi descrita em 1532 por Nicolau Maquiavel no livro O Príncipe, e será apresentada na Série de GaiaNet nº21: 1501 - O Brasil depois de Cabral.
Dee Brown conseguiu mostrar a grande tragédia dos índios norte-americanos
Enterrem meu coração na curva do rio (Bury my Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro lado da história, a história índia do Oeste Americano. (...) A tal gente pintada que berrava é um povo altivo, nobre, com uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo o direito de viver nas terras que sempre foram suas. (...)
Os brancos guardam a memória dos massacres Fatterman e de Little Big Horn, onde morreu o general Custer. Ficou relegado aos livros especializados e a documentos de difícil acesso o grande número de massacres de aldeias índias, com morte a sangue frio de velhos, mulheres e crianças. (...)
Dee Brown, nesta sua obra que veio na hora certa, quando a consciência do povo norte-americano estava sendo incomodada pela guerra vietnamita e pela questão racial, conseguiu mostrar, em primeiro lugar, a grande tragédia do índio, uma minoria incômoda para a expressão desenvolvimentista de uma nação em progresso, que precisava de terras para ampliar seu território, para fazer estradas e colonizar o interior.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio (A dramática história dos índios norte-americanos), Coleção L&PM Pocket, 2003; Geraldo Galvão Ferraz, Apresentação, páginas 5 e 6; foto: Dois Pontos.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 20 – O apocalipse segundo o islamismo
A trombeta do anjo Israfil se tornará tão forte e assustadora que destruirá o universo, levando à morte todos os seres vivos
"Tudo quanto existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo", diz a 55ª Surata, versículos 26 - 27, do Alcorão. É um anúncio do fim dos tempos para os mulçumanos. Assim como no cristianismo, no islamismo também há a crença no dia do Juízo Final, quando Deus ressuscitará e julgará os mortos, mandando os justos para o céu e os pecadores que não se arrependerem para o inferno. Não há data para o evento.
Antes disso, haverá a batalha final entre o representante do mal, o "falso profeta" Dajjal, uma espécie de anticristo, e Mahdi, o Bem Guiado, algo como um messias islâmico. Este contará com a ajuda de Issa, o "filho de Mariam", que ninguém mais é do que Jesus. (...)
O combate será anunciado pela trombeta do anjo Israfil. No princípio o som será melodioso, mas se intensificará e se tornará tão forte e assustador que destruirá o universo, levando à morte todos os seres vivos, reduzirá a pó todas as construções e fará as montanhas voarem pelo espaço, como flocos de algodão. As estrelas, o Sol e a Lua perderão sua luz e seu brilho e o céu se partirá. Por ordem de Deus, Israfil tocará a trombeta pela segunda vez. "E a trombeta será soada, e ei-los que sairão de seus sepulcros e se apressarão para o seu Senhor."
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 28, Outros apocalipses; foto: Jornal Opção.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 19 – Apocalipse segundo o Judaísmo
Outros eventos assinalarão que esse tempo está próximo, como a derrota de todos os inimigos de Israel
Atualmente Israel está em luta contra a Palestina (Hamas), o Líbano (Hezbollah), a Síria, o Irã e o Iêmen (Hutis).
Entre os muitos profetas da Bíblia, um dos mais importantes é Daniel, que teria vivido no século 5 a.C.. O livro de Daniel, do Antigo Testamento, foi escrito três séculos depois por autor desconhecido. Mas traz relatos da vida dele e de suas profecias para o fim do mundo. Os sinais de que ele estará próximo incluem o aparecimento de "quatro bestas enormes". (...) Elas precederiam o fim dos tempos.
No judaísmo, o relato desse apocalipse não é muito claro. Muitos acreditam, por analogia, que assim como Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, sua criação durará 6 mil anos de atribulações, trabalho e sofrimento, e no sétimo milênio será inaugurada uma era de harmonia entre os homens e entre eles e Deus. Antes disso, chegará o Messias para preparar as pessoas para essa era.
Para alguns, outros eventos também assinalarão que esse tempo está próximo, como a derrota de todos os inimigos de Israel, a construção do terceiro Templo de Jerusalém e a ressurreição dos mortos. Para alguns judeus ortodoxos, há até uma data: 2240 do calendário cristão.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 27, Outros apocalipses; foto: iPED.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 18 – Mazdaísmo
As montanhas derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal incandescente
[O Mazdaísmo] Foi um dos primeiros cultos monoteístas de que se tem notícia e logo se espalhou pela Pérsia, tendo influenciado posteriormente o desenvolvimento do judaísmo e do cristianismo. (...) Seu deus era Ahura Mazda, que vivia lutando com sua antítese maligna, Arimã, pelo controle do universo.O fim dessa longa guerra está descrito no Zend Avesta, livro escrito por Zoroastro no século 5 a.C., no qual proclama a nova religião. Num futuro não determinado, Ahura Mazda enviará à Terra seu último profeta, Saoshyans, para realizar o julgamento final dos seres humanos. Para isso, todos serão ressuscitados. As montanhas então derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal incandescente.
Como prova final, os vivos e os mortos ressuscitados terão que atravessá-lo descalços. Apenas os justos conseguirão transpor o oceano de fogo sem se queimar. Os pecadores arderão nas chamas para serem purificados. Arimã será destruído e o mundo ressurgirá das cinzas, agora sem o mal para sempre.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 26, Outros apocalipses; foto: Olhar Digital.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 34
O cavalo transformou as sociedades indígenas e permitiu que elas resistissem aos invasores
Os Payaguá (...) especializaram-se na construção de canoas simples e velozes, que eram usadas para cruzar os muitos rios da região e atacar tanto os colonos quanto outros indígenas. (...)
Se a saga dos Guaikurú parece ligeiramente familiar, com ar de faroeste, é porque talvez seja mesmo. A introdução do cavalo nas Américas foi um dos principais instrumentos do avanço avassalador dos europeus. Contudo, em lugares onde populações de equinos voltaram ao estado selvagem por azar ou descuido dos colonizadores, surgiu uma oportunidade que transformou as sociedades indígenas e permitiu que elas resistissem com muito mais eficácia aos invasores - não só no Pantanal como também nas grandes planícies do interior dos Estados Unidos e do Canadá e nos pampas argentinos e gaúchos.
As tribos de cavaleiros só seriam definitivamente subjugadas no século XIX, quando a tecnologia militar europeia tinha avançado muito além dos canhões e arcabuzes da Era das Navegações.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 228 e 231 ; foto: Portal Cavalus.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 16
Refugiados políticos e refugiados do clima no Planeta
"Existem 100 milhões de refugiados no mundo".
Fonte: COI, Abertura dos jogos Olímpicos de Paris; foto: Conexão UFRJ.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 17 – Apocalipse Hindu
A Terra será incinerada e destruída, mas ressurgirá das cinzas
Na cosmologia hindu, cada dia na vida de Brahma equivale a 4 bilhões de anos dos seres humanos. Apesar da enormidade desse tempo, que equivale quase à idade da Terra, que é de 4,5 bilhões de anos, ele representa apenas um ciclo na história do universo, conhecida como kalpa. Esse, por sua vez, é dividido em períodos menores, de 4 milhões de anos, chamados mahayugas. De acordo com os Puranas, um dos livros sagrados do hinduísmo, no fim de cada um dos mahayugas, a humanidade cairá no caos e na degradação moral. Haveria um tempo de perversidade, inveja e conflito.
Sempre que isso ocorre, Vishnu, que mantém a ordem no universo, se manifesta como um avatar que é enviado à Terra. O próximo será Kalki, descrito como "um jovem magnífico cavalgando num grande cavalo branco com uma espada semelhante a um meteoro fazendo chover morte e destruição por todos os lados". A Terra será incinerada e destruída, mas ressurgirá das cinzas. A vinda de Vishnu "restabelecerá a justiça na Terra, e a volta de uma era de pureza e inocência", segundo os livros sagrados. O último avatar foi Buda, que veio ao mundo cerca de 4 séculos antes de Cristo. Kalki, portanto, deve demorar algum tempo para aparecer.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 15, Começo e recomeço; foto: Segredos do Mundo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 33
A conquista portuguesa das sociedades indígenas não foi um passeio
Apesar da assimetria de forças, em especial quanto aos aspectos epidemiológicos e organizacionais, é preciso deixar claro que a conquista [portuguesa] não foi um passeio.
Diversas sociedades indígenas encontraram maneiras de adiar por séculos a necessidade de chegar a um acordo com os invasores ibéricos, e em certos casos esse acerto foi muito mais parecido com um tratado de paz entre iguais do que com o reconhecimento da derrota por parte dos nativos.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 227; foto: Consciência.org
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 15
Sete em cada dez brasileiros têm animal de estimação
- 94% dos brasileiros têm ou já tiveram algum animal de estimação.
- 72% dos brasileiros têm algum animal de estimação.
- Brasil é o 3º país do mundo com a maior população de pets, 149 milhões, atrás da China e Estados Unidos.
Fonte: GloboNews, edição das 18h, 2 de julho de 2024; foto: Jornal Imparcial.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos - Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 16 - Apocalipse bíblico
O primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe
O próprio Apocalípse de João, apesar de todo o sofrimento que prevê para a parte pecadora não arrependida da humanidade, deixa esperanças no final. O homem, enfim, viverá em comunhão com Deus e todas as dores terão acabado. O ciclo se fecha.
"Vi então um novo céu e uma nova terra", escreve o profeta. "Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, vestida como noiva enfeitada para o seu esposo. Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: 'Esta é a morada de Deus com os homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus com eles será seu Deus. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram'."
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 13, Apocalipse bíblico; foto: Central da Oração.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 32
Muitas das sociedades ameríndias do litoral ficavam cada vez mais desarticuladas diante das epidemias e da conversão religiosa
O governo luso, com sua unidade política e acesso ao comércio marítimo global, sempre conseguia desembarcar a tripulação de mais algumas caravelas em São Vicente, no Rio ou em Salvador, enquanto muitas das sociedades ameríndias do litoral ficavam cada vez mais desarticuladas diante das epidemias, da conversão religiosa e das exigências de mão de obra dos colonizadores - uma desarticulação demográfica, política e cultural que provavelmente foi sendo transmitida pouco a pouco, como as ondas de choque deixadas por um terremoto, para os grupos que viviam mais para o interior, antes mesmo que eles travassem contato direto com os lusos.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 226 e 227; foto: Nó de Oito.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Aquecimento global
Nesta página apresento informações sobre aquecimento global, efeito estufa, mudanças climáticas, mudanças ambientais, mudanças sociais e mudanças sanitárias.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 45
Acredita-se em contaminação por mercúrio a morte de botos e tucuxis na região amazônica do Médio Solimões
As cenas foram de cortar o coração: ao menos 130 botos e tucuxis apareceram mortos em Tefé, na região amazônica do Médio Solimões. As causas ainda estão sendo investigadas, mas acredita-se em contaminação, possivelmente por mercúrio.
A temperatura da água dos rios, que atingiu mais de 40 graus, certamente também contribuiu para a tragédia. Os picos do termômetro provocaram a mais severa seca da história e alguns trechos do Rio Negro ficaram completamente secos. Para além do triste cenário revelado pela fauna - um barco com piscina abrigava os animais resgatados com vida -, há implicações para as populações ribeirinhas, de circulação restrita, sem acesso a escolas e a alimentos que chegam de barcos.
Fonte: Veja, Editora Abril, edição 2862, ano 56, número 40, 6 de outubro de 2023, Tragédia Amazônica, página 23; foto: Projeto Colabora.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 43
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É o pior resultado para o mês desde 2010, quando 90.444 focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Considerando os dados históricos coletados pelo Inpe desde 1998, os números do governo federal colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil.
A taxa também mais que dobrou na comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período. A média de queimadas para o mês é de 46.529 focos. Já o mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país. Ainda segundo o Inpe, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
Na Amazônia, a temporada de incêndios geralmente ocorre entre junho e outubro, mas fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a floresta e se preparam para queimá-la durante todo o ano. E de acordo com o Programa Queimadas, o bioma registrou 65.667 focos de fogo desde janeiro até agora (1º setembro). O número representa um aumento de 104% quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 32.145 focos foram contados pelo instituto. (...)
Fonte: G1; Foto: Blog Nossa Voz.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
A desertificação e a seca ameaçam vidas e meios de subsistência em todo o planeta
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 42
Dia da Sobrecarga da Terra, indicador calculado desde 1971, mostra que em 2023 usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar
Hoje, o aquecimento global e outros problemas ambientais são temas dominantes - e urgentes. Todo ano, a ong americana Global Footprint Network calcula o chamado Dia da Sobrecarga da Terra, a data em que ultrapassamos a capacidade do planeta de reequilibrar seus sistemas ecológicos e regenerar recursos naturais.
Esse indicador é calculado desde 1971; naquele ano, a humanidade atravessou o limite em dezembro. Já em 2023, isso aconteceu no dia 2 de agosto. Isso significa que, no ano passado, usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar.
Fonte: Super Interessante, edição 459, janeiro de 2024, O fim da superpopulação, página 22; foto: A Terra é Redonda.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 41
Modelo teórico mostra a dinâmica do colapso ambiental
Os vínculos intrincados entre algas que vivem nos oceanos, produção de gás enxofre, química atmosférica, física das nuvens e clima vêm, aos poucos, sendo descobertos em dezenas de laboratórios ao redor do mundo. (...)
Quando executamos nosso modelo aumentando gradualmente a entrada de calor do Sol, ou mantendo o Sol constante mas aumentando a entrada de dióxido de carbono, como estamos fazendo agora no mundo real, o modelo mostrou um bom equilíbrio, com os ecossistemas oceânico e terrestre desempenhando seus papéis. Mas, quando a quantidade de dióxido de carbono se aproximou de 500 ppm, o equilíbrio começou a falhar, e ocorreu um súbito aumento de temperatura. A causa foi o colapso do ecossistema oceânico. Com o aquecimento do mundo, a expansão da superfície morna dos oceanos privou as algas de nutrientes, até que elas se extinguissem. Com a diminuição da área de oceano coberta por algas, seu efeito resfriador diminuiu e a temperatura disparou.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, páginas 40 e 41; foto: Olhar Digital.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade - Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 13
Efeito das mudanças climáticas sobre os animais silvestres
"50% das espécies animais brasileiras estão mudando de habitat."
Fonte: Globo News, Cidades e Soluções, 2 de junho de 2024; foto: Uninter Notícias.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 38
Ondas de calor estão ficando mais lentas
Elas [as ondas de calor] ficam mais tempo sobre cada lugar, e isso - além de causar verões infernais - pode aumentar o risco de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, tornados, secas e inundações.
Essa foi a conclusão de cientistas chineses, que analisaram registros históricos e constataram que a duração média das ondas de calor, em todo o mundo, aumentou de 8 dias (entre 1979 e 1984) para 12 dias (entre 2016 e 2020). Além disso, sua velocidade também caiu: hoje, as ondas de calor se deslocam 10% mais lentamente (andando em média 300 km por dia).
Segundo os pesquisadores, trata-se de um resultado direto das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.
Fonte: Super Interessante, edição 462, abril de 2024, Supernovas, página 15; foto: Observatório do Clima.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos - Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 13 - Entrevista com Jared Diamond
A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos
Nos últimos anos temos visto um aumento dos ciclos de calor em certas áreas e o declínio em outras. (...) Como você enxerga essa questão?
A essência da mudança climática é que, no final das contas, o mundo está ficando mais quente. Algumas áreas estão ficando mais frias, porém um número maior delas está mais quente. Ou seja: o mundo está ficando mais variável.
Os céticos dizerem que isto é apenas "um ciclo natural da Terra" é o mesmo que dizer que não deveríamos nos preocupar se 500 pessoas forem assassinadas todos os dias em São Paulo ou Los Angeles porque morrer é parte do ciclo natural da vida. A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos.
Em uma escala de 0 a 10, qual a chance de entrarmos em colapso?
Eu diria que a chance é de 4,99 (o que é um risco grande) se tivermos políticas sérias [para conter os problemas atuais]. Agora, se não mudarmos nosso estilo de vida, a probabilidade é de 9,99 em 10.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 68; foto: Waves.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
- Published in Séries de GaiaNet
Varal ecológico
Varal Ecológico é uma atividade divulgada por Rui Iwersen desde 1983 em encontros ou atividades ecológicas. Nesta página de GaiaNet apresento, desde 2009, imagens e pequenas sínteses de algumas das matérias editadas no blog.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 20
Pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais
Recentemente, um grupo de biólogos propôs uma terceira hipótese: pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por raízes sociais, e não puramente reprodutivas. (...)
Leia mais nas páginas Reflexões ecológicas, Saúde ambiental, Saúde mental e, abreviadamente, em Varal ecológico.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 35
Grupos tribais sobreviventes
A educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional
A escola existente junto às comunidades indígenas, de uma forma ou de outra, compatua como instrumento destinado a manter tal quadro de relacionamento e submissão entre índios e não-índios. (...)
Leia mais nas páginas Antropoceno, Florestas brasileiras, Reflexões ecológicas e Saúde mental.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 1
Dee Brown conseguiu mostrar a grande tragédia dos índios norte-americanos
Enterrem meu coração na curva do rio (Bury my Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro lado da história, a história índia do Oeste Americano. (...)
Leia mais nas páginas Antropoceno, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 19
Biodiversidade da flora amazônica
"Há cerca de 40 mil espécies vegetais na Amazônia."
Leia mais nas páginas Florestas brasileiras, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 44
53,6% da humanidade não têm acesso a água limpa para beber
4,4 bilhões de pessoas, ou 53,6% da humanidade, não têm acesso a água limpa para beber. (...)
Leia mais nas páginas Antropoceno, Colapso, Florestas brasileiras, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 18
Biodiversidade da fauna brasileira
"Em Santa Catarina há 701 espécies de aves registradas, 35% das aves do Brasil."
Leia mais nas páginas Antropoceno, Florestas brasileiras, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Séries de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 43
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Leia mais nas páginas Antropoceno, Aquecimento global, Colapso, Florestas brasileiras, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 17
"O Brasil tem 240 milhões de cabeças de gado."
Leia mais nas páginas Antropoceno, Colapso, Florestas brasileiras, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 18 – Mazdaísmo
As montanhas derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal incandescente
[O Mazdaísmo] Foi um dos primeiros cultos monoteístas de que se tem notícia e logo se espalhou pela Pérsia, tendo influenciado posteriormente o desenvolvimento do judaísmo e do cristianismo. (...)Leia mais nas páginas Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde mental.
Séries de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 42
Dia da Sobrecarga da Terra, indicador calculado desde 1971, mostra que em 2023 usamos 75% mais recursos do que o planeta pode suportar
Hoje, o aquecimento global e outros problemas ambientais são temas dominantes - e urgentes. Todo ano, a ong americana Global Footprint Network calcula o chamado Dia da Sobrecarga da Terra (...)
Leia mais nas páginas Antropocceno, Aquecimento global, Colapso, Reflexões ecológicas, Saúde ambiental, e Teoria de Gaia.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 17 – Apocalipse Hindu
A Terra será incinerada e destruída, mas ressurgirá das cinzas
Na cosmologia hindu, cada dia na vida de Brahma equivale a 4 bilhões de anos dos seres humanos. (...)
Leia mais nas páginas Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde mental.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 15
Sete em cada dez brasileiros têm animal de estimação
- 94% dos brasileiros têm ou já tiveram algum animal de estimação. (...)
Leia mais nas páginas Antropoceno, Reflexões ecológicas, Saúde ambiental e Saúde mental.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 32
Muitas das sociedades ameríndias do litoral ficavam cada vez mais desarticuladas diante das epidemias e da conversão religiosa
O governo luso, com sua unidade política e acesso ao comércio marítimo global, sempre conseguia desembarcar a tripulação de mais algumas caravelas em São Vicente, no Rio ou em Salvador...
Editado nas páginas Antropoceno, Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde mental.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 13
Efeito das mudanças climáticas sobre os animais silvestres
"50% das espécies animais brasileiras estão mudando de habitat."
Editado nas páginas Antropoceno, Aquecimento global, Colapso, Reflexões ecológicas, Saúde ambiental e Teoria de Gaia.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 12
Contaminação dos Yanomami pelo garimpo ilegal
94% dos Yanomami estão contaminados por mercúrio.
Editado nas páginas Antropoceno, Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Séries de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 38
Ondas de calor estão ficando mais lentas
Elas [as ondas de calor] ficam mais tempo sobre cada lugar, e isso - além de causar verões infernais - pode aumentar o risco de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, tornados, secas e inundações. (...)
Leia mais nas páginas Antropoceno, Aquecimento global, Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
Colapsos - Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 13 - Entrevista com Jared Diamond
A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos
A essência da mudança climática é que, no final das contas, o mundo está ficando mais quente. (...)
Leia mais nas páginas Antropoceno, Aquecimento global, Colapso, Reflexões ecológicas e Saúde ambiental.
- Published in Reflexão Ecológica
Dessalinização de águas
Nesta página de GaiaNet apresento técnicas, ações e instrumentos de dessalinização da água do mar e de águas salobras para a obtenção de água potável e de sais minerais, no Brasil e em outros países.
O QUE É A DESSALINIZAÇÃO
A dessalinização é o processo através do qual se eliminam os sais minerais dissolvidos na água. Atualmente, tal processo, aplicado à água do mar, é um dos mais usados para obter água doce para consumo humano ou agrícola.
A dessalinização ocorre de forma natural durante o ciclo da água: a evaporação da água do mar deixa atrás o sal para formar nuvens que geram a chuva. Aristóteles observou que a água do mar evaporada e condensada era doce e Da Vinci compreendeu que era fácil obtê-la usando um alambique.
Durante os séculos posteriores a dessalinização da água do mar foi utilizada sobretudo em embarcações e submarinos para fornecer água doce à tripulação durante longas travessias. No entanto, esse processo não esteve disponível em larga escala até a revolução industrial e, especialmente, até o desenvolvimento das plantas de dessalinização.
Fonte: Iberdrola; foto Ciclo Orgânico.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
A dessalinização da água do mar: um método para lutar contra a escassez?
A água é um dos recursos mais preciosos do planeta e, de acordo com a ONU, sua escassez já afeta mais de 40 % da população mundial. Um dado que disparou todos os alarmes e impulsiona a busca de soluções. Uma delas, e não necessariamente nova, é a dessalinização, que consiste em eliminar os minerais (majoritariamente sal) da água do mar mediante processos físicos e químicos. É fundamental aumentar a capacidade das dessalinizadoras reduzindo simultaneamente seu impacto ambiental nos próximos anos.
A água cobre 70 % de nosso planeta, por isso é fácil pensarmos que é mais do que suficiente. No entanto, a água doce é um recurso cada vez mais escasso no mundo — apenas 3% das águas são doces — e dois terços não estão disponíveis, uma vez que estão em forma de gelo ou são inacessíveis. Cerca de 1,1 bilhão de pessoas em todo o mundo não têm acesso à água doce e 2,7 bilhões sofrem com sua escassez durante pelo menos um mês por ano. Mas, paradoxalmente, em muitas das áreas afetadas pela escassez de água doce, o mar está muito perto; portanto, é aí onde a dessalinização pode ajudar.
Fonte: Iberdrola
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
A anomalia da água útil para dessalinizar a água do mar
A água é menos densa no estado sólido que no líquido, desafia a gravidade e congela mais rápido se está fervendo. Essas são algumas das mais de 70 anomalias da água: um conjunto de características que nenhum outro líquido do Universo tem. (...)
Um dos problemas que a cientista Márcia Barbosa encarou é que a água se move mais rápido - e não mais devagar - quando está contida num espaço apertado. (...) Que tal, então, experimentar água passando por nanotubos - cilindros 80 mil vezes menor que um fio de cabelo? Nessa situação, as moléculas, que estão em grupos de quatro, mudam de estratégia: passam a se organizar em uma fila, fazendo apenas duas ligações: uma com o grupo de H2O que vai na frente, uma com o que vai atrás. (...) O fluxo de água em nanotubos é centenas ou até milhares de vezes maior do que o previsto pelas leis da hidrodinâmica.
Essa pressa toda deu à cientista uma ideia: aplicar os nanotubos na dessalinização de água do mar para consumo humano. O H2O passa e os sais vão ficando para trás. A nanotecnologia poderia reduzir as usinas a um décimo do tamanho atual, e salvar a pele de países em regiões áridas, que vão sofrer com o aquecimento global.
(...) Agora, buscamos na água uma solução para não ficar sem ela.
Água - uma anomalia, Super Interessante, edição 422, dezembro de 2020, páginas 48, 52 e 53; foto: Sustentável
Rui Iwersen
Dessalinização da água: do mar ao copo
Entenda como é feita a dessalinização, tecnologia que transforma água do mar em água potável e garante o abastecimento de milhões de pessoas no mundo
A dessalinização é um processo físico-químico de tratamento de água que retira o excesso de sais minerais, micro-organismos e outras partículas sólidas presentes na água salgada e na água salobra, com a finalidade de obter água potável para consumo.
A dessalinização da água pode ser realizada por meio de dois métodos convencionais: a destilação térmica ou a osmose reversa. A destilação térmica procura imitar o ciclo natural da chuva. Através de energia fóssil ou solar, a água em estado líquido é aquecida - o processo de evaporação transforma a água de estado líquido para gasoso e as partículas sólidas ficam retidas, enquanto o vapor d'água é captado pelo sistema de resfriamento. Ao ser submetido a temperaturas mais baixas, o vapor d'água se condensa, retornando ao estado líquido.
Já a osmose reversa procura fazer o processo contrário ao fenômeno natural da osmose. Na natureza, a osmose é o deslocamento de um fluído através de uma membrana semipermeável, no sentido do meio menos concentrado para o mais concentrado, buscando o equilíbrio entre os dois fluidos. A osmose reversa exige um sistema de bombeamento capaz de exercer pressão superior à encontrada na natureza, para vencer o sentido natural do fluxo. Dessa forma, a água salgada ou salobra, que é o meio mais concentrado, se desloca no sentido do menos concentrado. A membrana semipermeável permite somente a passagem de líquidos, retendo partículas sólidas, possibilitando a dessalinização da água do mar.
Aplicabilidade
A Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) publicou, em seu relatório sobre dessalinização e energias renováveis, que a dessalinização é a maior fonte de água para saciar a sede humana e irrigação no Oriente Médio, Norte da África e em algumas ilhas do Caribe. Segundo informação disponível no site da International Desalination Assossiation (IDA), mais de 300 milhões de pessoas são abastecidas diariamente por meio da dessalinização no mundo.
Existem pelo menos 150 países que usam o método de dessalinização para seu abastecimento regular, em especial os de regiões desérticas ou com dificuldades de abastecimento, como os do Oriente Médio e do norte da África. Um dos líderes nessa tecnologia é Israel, onde cerca de 80% da água potável consumida pela população é proveniente do mar. (...)
A utilização da energia solar e a recuperação da energia a partir das águas residuais são alternativas indicadas tanto pela ONU quanto pela Irena para diminuir os custos da dessalinização. Outras fontes de energia apropriadas seriam a eólica e a geotérmica. (...)
Fonte: Equipe eCycle
Matéria enviada pelo colaborador Jorge Fernando Schneider
Métodos de dessalinização
A dessalinização da água pode acontecer através da:
• Osmose Inversa:
É um processo de separação da água e do sal por meio de pressão sobre o líquido.
• Dessalinização Térmica:
É um processo onde primeiramente evapora-se a água para fazer a separação entre esta e o sal e logo após submete-a ao processo de condensação para que retorne ao estado líquido.
• Destilação Simples:
É um processo semelhante à dessalinização térmica, porém mais simples. A água é aquecida a 100ºC para evaporar-se e logo em seguida é encaminhada a um condensador onde retorna ao estado líquido.
A forma mais utilizada nesta transformação é a osmose inversa, pois seu custo é bastante acessível e além de separar o sal da água, também retira dela os possíveis vírus, bactérias e fungos existentes. (...)
Matéria editada originalmente nesta página em 3 de junho de 2008
Rui Iwersen, editor
Rio tem projeto de usina que torna potável água do mar para 1 milhão de pessoas
A instalação de uma usina dessalinizadora para transformar água salgada em potável e que atenderia a 1 milhão de pessoas no estado do Rio de Janeiro está em estudos pelo governo estadual para reforçar o abastecimento na região metropolitana, informou hoje (12) o governador Luiz Fernando Pezão.
O governador disse que se reuniu com técnicos espanhóis envolvidos na instalação de usinas desse tipo em 25 países e pediu um orçamento para o projeto. "Achei muito viável. Os preços são um terço do que eram dez anos atrás", disse o governador.
A intenção é instalar a usina perto dos polos industriais do município de Itaguaí e do bairro de Santa Cruz, na zona oeste da capital, e estabelecer uma parceria público-privada para a operação. No mês passado, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, chegou a dizer que as indústrias da região teriam o abastecimento afetado, se a situação nos reservatórios não melhorasse.
Além da usina que tornaria potável a água da Baía de Sepetiba, o governo do estado avalia a instalação de uma unidade na Baía de Guanabara ou no município de São Gonçalo, o que ainda depende do custo estimado dos empreendimentos
Segundo o governador, o estado do Rio de Janeiro continuará fazendo campanhas para estimular a redução do consumo de água. Ele anunciou que tomará mais medidas preventivas se a estiagem continuar muito forte.
Fonte: Agência Brasil e www.istoe.com.br
Programa Água Doce
O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda em comunidades difusas do semi-árido.
(...) O PAD está estruturado em seis componentes: gestão, pesquisa, sistemas de dessalinização, sustentabilidade ambiental, mobilização social e sistemas de produção. O componente da gestão é responsável pela formação de recursos humanos, elaboração de diagnósticos técnicos e ambientais, manutenção e operacionalização dos sistemas, além de dar o apoio ao gerenciamento e manutenção dos sistemas. (...)
Com o compromisso de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos, promovendo a convivência com o semiárido a partir da sustentabilidade ambiental e social, o PAD beneficia cerca de 100 mil pessoas em 154 localidades do Nordeste, ampliando suas ações para garantir o acesso à água de qualidade nas comunidades difusas do semiárido.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente - www.mma.gov.br
O Programa Água Doce está no Portal Brasil. Clique aqui para acessar a página
Veja mais...
- Published in Ação Ecológica
Reflexões ecológicas
Publico aqui pequenas sínteses de livros, revistas, jornais e outras mídias; reflexões de pensadores como Darwin, Freud, James Lovelock, Jared Diamond, Richard Dawkins e Yuval Harari; reflexões sobre o Universo, a Terra, a Natureza, a Vida e o Homem.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 3
Os que lerem este livro poderão aprender algo sobre sua própria relação com a terra, com um povo que era de conservacionistas verdadeiros
Este não é um livro alegre, mas a história tem um jeito de se introduzir no presente, e talvez os que o lerem tenham uma compreensão mais clara do que é um índio americano, sabendo o que ele foi. Poderão surpreender-se ao ouvir que palavras gentis e ponderadas saem da boca de índios estereotipados no mito americano como selvagens impiedosos. Poderão aprender algo sobre sua própria relação com a terra, com um povo que era de conservacionistas verdadeiros.
Os índios sabiam que a vida equivale à terra e seus recursos, que a América era um paraíso, e não podiam compreender por que os invasores do Leste estavam decididos a destruir tudo que era índio e a própria América.
E se os leitores deste livro alguma vez puderem ver a pobreza, a desesperança e a miséria de uma reserva índia moderna, acharão possível compreender realmente as razões disso.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio - A dramática história dos índios norte-americanos, 1970, Coleção L&PM Pocket, 2003; Introdução, página 17; foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 20
Pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais
Recentemente, um grupo de biólogos propôs uma terceira hipótese: pelo menos nos mamíferos, o comportamento homossexual pode ter surgido por razões sociais, e não puramente reprodutivas.
Em um artigo de 2023, esses pesquisadores analisaram a prevalência das relações em mais de 260 espécies de mamíferos - e notaram que a homossexualidade era especialmente comum nos que vivem em sociedade, com destaque para os primatas: 51 espécies, de lêmures a gorilas, apresentam o comportamento.
Fonte: Super Interessante, edição 466, agosto de 2024, As origens biológicas da Homossexualidade, página 43; foto: DCM.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 21 – O apocalipse segundo os Vikings
A Terra e o universo se incendiarão e todos os deuses morrerão, assim como a humanidade
É provável que entre todos os mitos do fim do mundo conhecidos nenhum seja tão violento e devastador quanto o dos vikings, povo que habitava a Escandinávia na Idade Média. Dele, ninguém escapa, nem Odin, o principal deus do panteão nórdico. Trata-se da lenda do Ragnarok, A Morte dos Deuses, narrada nos Eddas, conjunto de relatos míticos escritos por volta do século 13. (...)
O fim dos tempos começa com o Fimbulvetr, um inverno que durará três anos. Loki escapará da prisão e comandará um exército de monstros e criaturas malignas contra as tropas de Odin. (...) Por fim, não sobrará pedra sobre pedra. A Terra e o próprio universo se incendiarão e todos os deuses morrerão, assim como a humanidade.
Mas não é o fim. De algum modo, surgem um novo universo e uma nova Terra, que serão governados por uma nova geração de deuses. Um novo casal de humanos aparece e tudo recomeça.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 29, Outros apocalipses; foto: IstoÉ Curioso.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 35
Grupos tribais sobreviventes
Prosseguimos esta Série de GaiaNet com artigos extraídos do livro Educação e sociedades tribais, de Silvio Coelho dos Santos, com especial destaque para o capítulo Grupos tribais sobreviventes no sul do Brasil.
A educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional
A escola existente junto às comunidades indígenas, de uma forma ou de outra, compatua como instrumento destinado a manter tal quadro de relacionamento e submissão entre índios e não-índios.
As funções da educação escolar foram destacadas a partir da idéia de que ela é uma agência formal do processo destinado a socializar os membros jovens da sociedade que a patrocina. Foi assim possível detectar como a educação vem sendo usada junto às comunidades indígenas para manter os quadros de dominação exercidos pela sociedade nacional. Essa utilização fica nítida a partir do momento em que a escola se propõe a alfabetizar os indígenas somente em língua portuguesa. Ou quando todos os pontos de referência da atividade escolar são tomados na sociedade nacional.
Fonte: Silvio Coelho dos Santos, Educação e sociedades tribais, Editora Movimento, 1975, Introdução, páginas 11 e 12; foto: Portal Gov.br.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 2
Esta série mostra o Capitalismo maquiavélico dos colonizadores europeus da América do Norte, como ocorreu na América do Sul (como veremos na Série de GaiaNet nº 21: "1501 - O Brasil depois de Cabral").
Enterrem meu coração na curva do rio é um livro de advertência sobre o problema das minorias raciais em confronto com uma cultura tecnologicamente adiantada
O livro de Dee Brown chegou à lista de best-sellers e passou mais de um ano sacudindo consciências e revelando uma face triste da formação dos Estados Unidos, reabilitando os pobres subumanos mostrados pelo cinema e pela televisão de massas. Revela outro aspecto importante dessas décadas impiedosas: o papel do homem branco como o agente poluidor da natureza exuberante da região habitada pelos índios. Os brancos introduziram a fumaça dos trens, o uísque, as doenças infecciosas e acabaram com as florestas e a vida selvagem. (...)
[Dee Brown] Foi um pesquisador nato e provou isso em Enterrem meu coração na curva do rio, revelando uma quantidade imensa de material original e desconhecido sobre os índios. (...)No Brasil, além do interesse natural por uma obra sobre o assunto, Enterrem meu coração na curva do rio é um livro de advertência, profundamente atual, sobre o problema das minorias raciais em confronto com uma cultura tecnologicamente adiantada.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio - A dramática história dos índios norte-americanos, Coleção L&PM Pocket, 2003; Geraldo Galvão Ferraz, Apresentação, páginas 6 e 7; foto: Facebook - Buenas ideias.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 45
Acredita-se em contaminação por mercúrio a morte de botos e tucuxis na região amazônica do Médio Solimões
As cenas foram de cortar o coração: ao menos 130 botos e tucuxis apareceram mortos em Tefé, na região amazônica do Médio Solimões. As causas ainda estão sendo investigadas, mas acredita-se em contaminação, possivelmente por mercúrio.
A temperatura da água dos rios, que atingiu mais de 40 graus, certamente também contribuiu para a tragédia. Os picos do termômetro provocaram a mais severa seca da história e alguns trechos do Rio Negro ficaram completamente secos. Para além do triste cenário revelado pela fauna - um barco com piscina abrigava os animais resgatados com vida -, há implicações para as populações ribeirinhas, de circulação restrita, sem acesso a escolas e a alimentos que chegam de barcos.
Fonte: Veja, Editora Abril, edição 2862, ano 56, número 40, 6 de outubro de 2023, Tragédia Amazônica, página 23; foto: Projeto Colabora.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 24
A dramática história dos índios norte-americanos - nº 1
Esta nova Série de GaiaNet mostra o Capitalismo maquiavélico dos colonizadores europeus da América do Norte. Esta ideologia foi descrita em 1532 por Nicolau Maquiavel no livro O Príncipe, e será apresentada futuramente na Série de GaiaNet nº21: 1501 - O Brasil depois de Cabral.
Dee Brown conseguiu mostrar a grande tragédia dos índios norte-americanos
Enterrem meu coração na curva do rio (Bury my Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta o outro lado da história, a história índia do Oeste Americano. (...) A tal gente pintada que berrava é um povo altivo, nobre, com uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo o direito de viver nas terras que sempre foram suas. (...)
Os brancos guardam a memória dos massacres Fatterman e de Little Big Horn, onde morreu o general Custer. Ficou relegado aos livros especializados e a documentos de difícil acesso o grande número de massacres de aldeias índias, com morte a sangue frio de velhos, mulheres e crianças. (...)
Dee Brown, nesta sua obra que veio na hora certa, quando a consciência do povo norte-americano estava sendo incomodada pela guerra vietnamita e pela questão racial, conseguiu mostrar, em primeiro lugar, a grande tragédia do índio, uma minoria incômoda para a expressão desenvolvimentista de uma nação em progresso, que precisava de terras para ampliar seu território, para fazer estradas e colonizar o interior.
Fonte: Dee Brown, Enterrem meu coração na curva do rio (A dramática história dos índios norte-americanos), Coleção L&PM Pocket, 2003; Geraldo Galvão Ferraz, Apresentação, páginas 5 e 6; foto: Dois Pontos.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 19
Biodiversidade da flora amazônica
"Há cerca de 40 mil espécies vegetais na Amazônia."
Fonte: Canal Gov; foto: Conhecimento científico.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 20 – O apocalipse segundo o islamismo
A trombeta do anjo Israfil se tornará tão forte e assustadora que destruirá o universo, levando à morte todos os seres vivos
"Tudo quanto existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo", diz a 55ª Surata, versículos 26 - 27, do Alcorão. É um anúncio do fim dos tempos para os mulçumanos. Assim como no cristianismo, no islamismo também há a crença no dia do Juízo Final, quando Deus ressuscitará e julgará os mortos, mandando os justos para o céu e os pecadores que não se arrependerem para o inferno. Não há data para o evento.
Antes disso, haverá a batalha final entre o representante do mal, o "falso profeta" Dajjal, uma espécie de anticristo, e Mahdi, o Bem Guiado, algo como um messias islâmico. Este contará com a ajuda de Issa, o "filho de Mariam", que ninguém mais é do que Jesus. (...)
O combate será anunciado pela trombeta do anjo Israfil. No princípio o som será melodioso, mas se intensificará e se tornará tão forte e assustador que destruirá o universo, levando à morte todos os seres vivos, reduzirá a pó todas as construções e fará as montanhas voarem pelo espaço, como flocos de algodão. As estrelas, o Sol e a Lua perderão sua luz e seu brilho e o céu se partirá. Por ordem de Deus, Israfil tocará a trombeta pela segunda vez. "E a trombeta será soada, e ei-los que sairão de seus sepulcros e se apressarão para o seu Senhor."
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 28, Outros apocalipses; foto: Jornal Opção.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 44
53,6% da humanidade não têm acesso a água limpa para beber
4,4 bilhões de pessoas, ou 53,6% da humanidade, não têm acesso a água limpa para beber. Essa é a constatação, alarmante, de um novo estudo publicado por cientistas suíços.
Eles analisaram dados de 135 países em desenvolvimento e descobriram que, em muitos casos, a água que essas populações consomem apresenta níveis inaceitáveis de coliformes fecais.
O número é muito maior que o calculado pela OMS - em 2020, ela estimou que 2 bilhões de pessoas não tinham acesso a água limpa. *
Super Interessante, edição 467, setembro de 2024, Bruno Garattoni, Supernovas, página 13; foto: Águas do Rio.
* Ver "Saúde do Planeta nº 37" de 2/4/24 onde a ONU nos alerta: "Agora, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldade de acesso à água potável."
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 18
Biodiversidade da fauna brasileira
"Em Santa Catarina há 701 espécies de aves registradas, 35% das aves do Brasil."
Fonte: NSC, Jornal do Almoço, 17 de julho de 2024; foto: Fauna News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 19 – Apocalipse segundo o Judaísmo
Outros eventos assinalarão que esse tempo está próximo, como a derrota de todos os inimigos de Israel
Atualmente Israel está em luta contra a Palestina (Hamas), o Líbano (Hezbollah), a Síria, o Irã e o Iêmen (Hutis).
Entre os muitos profetas da Bíblia, um dos mais importantes é Daniel, que teria vivido no século 5 a.C.. O livro de Daniel, do Antigo Testamento, foi escrito três séculos depois por autor desconhecido. Mas traz relatos da vida dele e de suas profecias para o fim do mundo. Os sinais de que ele estará próximo incluem o aparecimento de "quatro bestas enormes". (...) Elas precederiam o fim dos tempos.
No judaísmo, o relato desse apocalipse não é muito claro. Muitos acreditam, por analogia, que assim como Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, sua criação durará 6 mil anos de atribulações, trabalho e sofrimento, e no sétimo milênio será inaugurada uma era de harmonia entre os homens e entre eles e Deus. Antes disso, chegará o Messias para preparar as pessoas para essa era.
Para alguns, outros eventos também assinalarão que esse tempo está próximo, como a derrota de todos os inimigos de Israel, a construção do terceiro Templo de Jerusalém e a ressurreição dos mortos. Para alguns judeus ortodoxos, há até uma data: 2240 do calendário cristão.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 27, Outros apocalipses; foto: iPED.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Pacto Global da ONU alerta que crise climática tem impacto maior nas comunidades mais vulneráveis
Terminou nesta sexta-feira (20), em Nova York, a reunião anual do Pacto Global nas Nações Unidas. A iniciativa tem o apoio da Globo e estimula empresas, governos e sociedade civil a trabalharem pelo desenvolvimento sustentável e inclusivo no planeta.
O ano de 2024 não deixa dúvida: a crise climática impacta o mundo todo. Mas também ficou evidente que as comunidades mais vulneráveis são as mais atingidas. Esse foi um dos temas do Pacto Global, o maior evento de sustentabilidade corporativa do mundo. Em dois dias, ele reuniu centenas de pessoas na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O primeiro painel do evento foi sobre as ameaças das mudanças climáticas para a saúde.
“Ela vai impactar a saúde, seja por eventos agudos como a gente teve no Brasil. O deslizamento de terra das chuvas no litoral norte, como foi o Rio Grande do Sul, e ao mesmo tempo passa um mês, nós temos uma onda de calor gigantesca com queimadas que estão cobrindo 60% do território brasileiro, com pessoas inalando partículas dentro da fumaça”, diz Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Albert Einstein.
Há décadas, a ONU estimula os debates para os países reconhecerem os riscos das mudanças climáticas. Mas sustentabilidade vai além da redução de emissões de carbono e do combate ao desmatamento. Temas sociais como igualdade salarial entre homens e mulheres, dignidade no trabalho e igualdade racial também fazem parte desse debate.
“O racismo ambiental, que eu mesmo trabalhando com a luta antirracista há tanto tempo, ainda não tinha mapeado. A gente chama de desigualdade, de falta de acesso a direitos, mas isso muitas vezes se expressa em uma cor. E esses dados estão aí", diz o autor e ator Lázaro Ramos.
As empresas que participam do Pacto Global se comprometem a fazer as mudanças necessárias para cumprir as metas de melhorias nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Já são 21 mil empresa em 160 países – 2 mil só no Brasil.
Fonte: G1, Jornal Nacional, 20 de setembro de 2024; foto: TRT4
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 20
Saúde do Planeta nº 43
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É o pior resultado para o mês desde 2010, quando 90.444 focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Considerando os dados históricos coletados pelo Inpe desde 1998, os números do governo federal colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil.
A taxa também mais que dobrou na comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período. A média de queimadas para o mês é de 46.529 focos. Já o mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país. Ainda segundo o Inpe, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
Na Amazônia, a temporada de incêndios geralmente ocorre entre junho e outubro, mas fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a floresta e se preparam para queimá-la durante todo o ano. E de acordo com o Programa Queimadas, o bioma registrou 65.667 focos de fogo desde janeiro até agora (1º setembro). O número representa um aumento de 104% quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 32.145 focos foram contados pelo instituto. (...)
Fonte: G1; Foto: Blog Nossa Voz.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Séries de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 17
"O Brasil tem 240 milhões de cabeças de gado."
Fonte: Globo News, Prejuízo na Agropecuária [dos incêndios florestais], 7 de maio de 2024; foto: Animal Business Brasil.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 18 – Mazdaísmo
As montanhas derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal incandescente
[O Mazdaísmo] Foi um dos primeiros cultos monoteístas de que se tem notícia e logo se espalhou pela Pérsia, tendo influenciado posteriormente o desenvolvimento do judaísmo e do cristianismo. (...) Seu deus era Ahura Mazda, que vivia lutando com sua antítese maligna, Arimã, pelo controle do universo.O fim dessa longa guerra está descrito no Zend Avesta, livro escrito por Zoroastro no século 5 a.C., no qual proclama a nova religião. Num futuro não determinado, Ahura Mazda enviará à Terra seu último profeta, Saoshyans, para realizar o julgamento final dos seres humanos. Para isso, todos serão ressuscitados. As montanhas então derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal incandescente.
Como prova final, os vivos e os mortos ressuscitados terão que atravessá-lo descalços. Apenas os justos conseguirão transpor o oceano de fogo sem se queimar. Os pecadores arderão nas chamas para serem purificados. Arimã será destruído e o mundo ressurgirá das cinzas, agora sem o mal para sempre.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011; página 26, Outros apocalipses; foto: Olhar Digital.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 34
O cavalo transformou as sociedades indígenas e permitiu que elas resistissem aos invasores
Os Payaguá (...) especializaram-se na construção de canoas simples e velozes, que eram usadas para cruzar os muitos rios da região e atacar tanto os colonos quanto outros indígenas. (...)
Se a saga dos Guaikurú parece ligeiramente familiar, com ar de faroeste, é porque talvez seja mesmo. A introdução do cavalo nas Américas foi um dos principais instrumentos do avanço avassalador dos europeus. Contudo, em lugares onde populações de equinos voltaram ao estado selvagem por azar ou descuido dos colonizadores, surgiu uma oportunidade que transformou as sociedades indígenas e permitiu que elas resistissem com muito mais eficácia aos invasores - não só no Pantanal como também nas grandes planícies do interior dos Estados Unidos e do Canadá e nos pampas argentinos e gaúchos.
As tribos de cavaleiros só seriam definitivamente subjugadas no século XIX, quando a tecnologia militar europeia tinha avançado muito além dos canhões e arcabuzes da Era das Navegações.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 228 e 231 ; foto: Portal Cavalus.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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A desertificação e a seca ameaçam vidas e meios de subsistência em todo o planeta
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
- Published in Reflexão Ecológica