Saúde mental
Esta página trata de repercussões psicológicas e psiquiátricas de desastres e fenômenos naturais, mas também de desastres e fenômenos sociais como guerra, refugiados, estupro, racismo, corrupção, religião e outros.
Biodiversidade nº 11
O cérebro humano possui 3.300 tipos de células, 86 bilhões de neurônios e 84 bilhões de outras células
3.300 tipos de células estão presentes no cérebro humano, segundo o Brain Cell Census: um projeto de 375 milhões de dólares que foi iniciado em 2017 pelo National Institutes of Health (NIH), do governo americano, e agora publicou seus primeiros resultados.
A complexidade surpreendeu os cientistas – até então, acreditava-se que o cérebro tivesse algumas centenas de tipos de células, não milhares. Além dos neurônios, 86 bilhões deles, o órgão também possui 84 bilhões de outras células, que desempenham diversas funções.
Super Interessante, edição 457, novembro de 2023, Supernovas, página 13; foto: Microsoft Bing.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 7
As vacinas oferecem proteção para mais de 30 doenças
Por ano, a vacina previne 3 milhões de mortes ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e oferece proteção para mais de 30 doenças.
Super Interessante, Edição 408, outubro 2019, página 61, A saga das vacinas; foto: Governo do Estado do Ceará.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
Em Defesa da Ciência nº 32
A dopamina não tem a ver com prazer, e sim, com a antecipação do prazer
O animal [um macaco] foi treinado para saber que, quando a luz da jaula acendia, ele tinha que pressionar uma alavanca dez vezes para ganhar comida. E outras dez vezes para ganhar mais.
[O biólogo Robert] Sapolsky acreditava que o nível de dopamina no cérebro do macaco aumentaria quando ele recebesse a recompensa. Mas, na verdade, isso acontecia antes: quando o macaco via a luz acender. “A dopamina não tem a ver com prazer, e sim, com a antecipação do prazer”, declarou Sapolsky, ao comentar o resultado.Super Interessante, Smartphone: o novo cigarro, Edição 408, outubro 2019, página 26; foto: Mega Curioso.
Rui Iwersen, médico psiquiatra, editor de GaiaNet.
Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 4
Pesquisa revela que é comum a atração entre bichos do mesmo sexo
Em seu livro de 750 páginas – Biological Exuberance – Animal Homossexuality and Natural Diversity (Exuberância Biológica – Homossexualidade Animal e Diversidade Natural) o biólogo americano Bruce Bagemihl analisou 450 espécies, principalmente de mamíferos e aves, todas praticantes, em maior ou menor grau, de hábitos homossexuais.
Super Interessante, Homossexualismo animal, ano 13, nº 8, agosto de 1999, página 27; foto: Hypeness.
Einstein pergunta a Freud: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?
Prezado Professor Freud,
A proposta da Liga das Nações e de seu Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual, em Paris, de que eu convidasse uma pessoa, de minha própria escolha, para um franco intercâmbio de pontos de vista sobre algum problema que eu poderia selecionar, oferece-me excelente oportunidade de conferenciar com o senhor a respeito de uma questão que, da maneira como as coisas estão, parece ser o mais urgente de todos os problemas que a civilização tem de enfrentar. Este é o problema: Existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?
É do conhecimento geral que, com o progresso da ciência de nossos dias, esse tema adquiriu significação de assunto de vida ou morte para a civilização, tal como a conhecemos; não obstante, apesar de todo o empenho demonstrado, todas as tentativas de solucioná-lo terminaram em lamentável fracasso.
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, página 241 (1ª frase do artigo original); foto: Toda Matéria.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Biodiversidade – Série de GaiaNet nº 23
Biodiversidade nº 3
O Homem é o único animal que faz guerra contra a própria espécie
“Há mais de 100 países afetados pelas guerras.”
(Fonte desconhecida)
“Guerras e outros conflitos envolvem mais de 100 milhões de pessoas.”
(ACNUR, agência de refugiados da ONU)
“Uma em cada seis crianças está crescendo em zonas de guerra ao redor do mundo.”
(Comité Internacional da Cruz vermelha – CICV)
“Gaza se tornou um cemitério a céu aberto de crianças palestinas, e um inferno para todas as outras.”
(Organização Mundial de Saúde – OMS)
Foto: O Globo; bombardeios de Israel sobre os palestinos de Gaza.
Freud fala de guerra e de paz para Einstein e para nós
ONU/Lois Conner
A guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização. (…)
Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra.
Einstein e Freud, Por que a Guerra?, 1932-1933; Edição Standard Brasileira das Obras de Freud, Imago Editora, Rio de Janeiro, 1974, páginas 258 e 259 (pg. 16 e 17 do artigo original); foto: Guerra e Paz, murais na ONU do pintor brasileiro Cândido Portinari, 1957.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 4 – Ilha de Páscoa
Os moais são hoje o símbolo do apocalipse do povo de Pascoa, causado por ele mesmo.
Em 1700, 70% da população de Páscoa tinha desaparecido. No lugar dos imensos moais, escultores agora faziam pequenas estátuas (os moais kavakava) que mostram pessoas famintas, com o rosto fundo e as costelas à mostra.
Quando Roggeveen chegou à ilha, iniciou uma segunda fase de extinção. As epidemias de doenças trazidas com os europeus e, mais tarde, os sequestros de insulares para trabalhar como escravos no Peru terminaram por dizimar a população. Entre 1862 e 1863, cerca de 1500 pessoas (metade da população) foram sequestradas.
Com a chegada dos missionários católicos, em 1864, o pouco de tradição oral que restava foi perdido. Em 1872, havia apena 111 habitantes (em seu auge, em 1400, estima-se que a população da ilha era de 15 mil pessoas). (…)
Os moais, restaurados, são hoje o símbolo do apocalipse de seu povo. Causado por ele mesmo.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Jornal da Fronteira.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 4 – Ilha de Páscoa
Os moais são hoje o símbolo do apocalipse do povo de Pascoa, causado por ele mesmo.
Em 1700, 70% da população de Páscoa tinha desaparecido. No lugar dos imensos moais, escultores agora faziam pequenas estátuas (os moais kavakava) que mostram pessoas famintas, com o rosto fundo e as costelas à mostra.
Quando Roggeveen chegou à ilha, iniciou uma segunda fase de extinção. As epidemias de doenças trazidas com os europeus e, mais tarde, os sequestros de insulares para trabalhar como escravos no Peru terminaram por dizimar a população. Entre 1862 e 1863, cerca de 1500 pessoas (metade da população) foram sequestradas.
Com a chegada dos missionários católicos, em 1864, o pouco de tradição oral que restava foi perdido. Em 1872, havia apena 111 habitantes (em seu auge, em 1400, estima-se que a população da ilha era de 15 mil pessoas). (…)
Os moais, restaurados, são hoje o símbolo do apocalipse de seu povo. Causado por ele mesmo.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Jornal da Fronteira.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 3 – Ilha de Páscoa
Os habitantes de Páscoa desmataram a ilha, como estamos desmatando o Planeta
O desmatamento desenfreado [de Páscoa] teve impactos profundos na ilha. (…) Erosões no solo dificultavam o plantio. Em 1500, já não havia mais árvores para a construção de canoas e por isso a pesca de peixes grandes despencou. Até mesmo os anzóis feitos de ossos de peixe desapareceram.
O cenário de crise aumentou a tensão entre os clãs. Por volta de 1680, explodiram guerras civis, e os clãs começaram a derrubar as estátuas dos rivais (quando os europeus chegaram, as estátuas estavam no chão). As pedras dos sagrados ahus foram profanadas e usadas como barreira para tentar evitar que o vento varresse novas plantações.
Nobres e sacerdotes já não conseguiam justificar seus status junto aos deuses, e foram eliminados por uma milícia (os matatoas) que assumiram o poder na ilha. (…) Faminta, a sociedade se degradou até o canibalismo…
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 57; foto: Folha PE (Ilha desmatada e inflamável).
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 2 – Ilha de Páscoa
O tamanho dos moais foi aumentando, o que sugere um acirramento na competição entre os clãs ou um maior apelo aos deuses
Nessa época, a sociedade [de Páscoa] se dividia em 12 clãs. Eles compartilhavam pacificamente os recursos naturais da ilha. A competição se resumia à fabricação das estátuas (os moais). Os moais representavam membros mortos das elites dos clãs.(…) Ao longo da história da ilha, o tamanho dos moais foi aumentando, o que sugere um acirramento na competição entre os clãs ou um maior apelo aos deuses. (…)
O auge da construção dos moais foi entre 1400 e 1600, período que o consumo de alimentos aumentou 25%. As estátuas requeriam, além de “combustível” para os trabalhadores, quilômetros de cordas grossas, muita madeira para os trenós, trilhos e alavancas.
As árvores também eram derrubadas para a construção de canoas, com as quais os homens se lançavam ao mar em busca de peixes e golfinhos. Eram também usadas nas fogueiras com as quais aqueciam os corpos, preparavam a comida e cremavam os mortos.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 58; foto: BBC.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Reflexões sobre o Racismo nº 1
Não existem raças na espécie humana
Pesquisa genética internacional mostra que não existem raças na espécie humana, derrubando qualquer base científica para a discriminação.
As diferenças genéticas mostram que, desde o princípio, as linhagens humanas rapidamente se espalharam por toda a humanidade, indicando um grande grau de contato entre as populações.
Os genes que determinam o tipo físico são apenas antigas adaptações biológicas a uma região geográfica.
Seja Racista Se For Capaz – somos todos um só, Isto É, nº 1520, 18 de novembro de 1998, páginas 129, 130 e 131
Matéria editada originalmente nas páginas Saúde mental e Reflexões ecológicas em 4 de novembro de 2015.
Rui Iwersen
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 1 – Ilha de Páscoa
A ilha chegou a abrigar a maior espécie de palmeira do mundo e uma floresta tropical com mais de 21 espécies de grandes árvores
[A ilha de] Páscoa é formada a partir de três vulcões que se ergueram do mar há milhões de anos. A topografia suave, sem penhascos acentuados, é caminho aberto para fortes ventos oceânicos. O clima é ameno, frio para os padrões polinésios [seus colonizadores]; a baixa temperatura do mar prejudica a formação de recifes de coral e diminui a oferta de peixes e moluscos. Os grandes costados de pedra dificultam ainda mais a pesca. A vida parece nunca ter sido fácil naquele canto do mundo.Se hoje o cenário é desolador, fósseis encontrados recentemente na lava vulcânica revelam que a ilha chegou a abrigar a maior espécie de palmeira do mundo e uma floresta tropical com mais de 21 espécies de grandes árvores. Essa foi a grande fonte de matéria – prima da civilização em seu apogeu.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 58; foto: Felipe, o pequeno viajante
1º artigo desta nova série de GaiaNet que apresentará trechos do relato de apocalipses de alguns povos da antiguidade e de uma entrevista com Jared Diamond, autor do livro Colapso.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet
Veja mais…
- Published in Informação Ecológica
Reflexões ecológicas
Publico aqui pequenas sínteses de livros, revistas, jornais e outras mídias; reflexões de pensadores como Darwin, Freud, James Lovelock, Jared Diamond, Richard Dawkins e Yuval Harari; reflexões sobre o Universo, a Terra, a Natureza, a Vida e o Homem.
26 de abril de 2024
Saúde do Planeta nº 38
Ondas de calor estão ficando mais lentas
Elas [as ondas de calor] ficam mais tempo sobre cada lugar, e isso – além de causar verões infernais – pode aumentar o risco de fenômenos climáticos extremos, como ciclones, tornados, secas e inundações.
Essa foi a conclusão de cientistas chineses, que analisaram registros históricos e constataram que a duração média das ondas de calor, em todo o mundo, aumentou de 8 dias (entre 1979 e 1984) para 12 dias (entre 2016 e 2020). Além disso, sua velocidade também caiu: hoje, as ondas de calor se deslocam 10% mais lentamente (andando em média 300 km por dia).
Segundo os pesquisadores, trata-se de um resultado direto das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.
Fonte: Super Interessante, edição 462, abril de 2024, Supernovas, página 15; foto: Observatório do Clima.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Saúde do Planeta nº 37
Em 2025, dois terços da população do planeta poderão ter dificuldade de acesso à água potável
O abastecimento de água doce do planeta está ameaçado e, em consequência, nossa sobrevivência também. Quem alerta é a Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 1 bilhão de pessoas (18% da população mundial) [em 2011] não têm acesso a uma quantidade mínima de água para consumo.
Agora, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldade de acesso à água potável. Em 2050, o número pode chegar a 75% da humanidade.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, Esgotamento dos Recursos Naturais, página 44; foto: Autossustentável.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 13 – Entrevista com Jared Diamond
A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos
Nos últimos anos temos visto um aumento dos ciclos de calor em certas áreas e o declínio em outras. (…) Como você enxerga essa questão?
A essência da mudança climática é que, no final das contas, o mundo está ficando mais quente. Algumas áreas estão ficando mais frias, porém um número maior delas está mais quente. Ou seja: o mundo está ficando mais variável.
Os céticos dizerem que isto é apenas “um ciclo natural da Terra” é o mesmo que dizer que não deveríamos nos preocupar se 500 pessoas forem assassinadas todos os dias em São Paulo ou Los Angeles porque morrer é parte do ciclo natural da vida. A magnitude atual das mudanças climáticas ultrapassa muito qualquer variação natural verificada nos últimos milhões de anos.
Em uma escala de 0 a 10, qual a chance de entrarmos em colapso?
Eu diria que a chance é de 4,99 (o que é um risco grande) se tivermos políticas sérias [para conter os problemas atuais]. Agora, se não mudarmos nosso estilo de vida, a probabilidade é de 9,99 em 10.
Fonte: Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 68; foto: Waves.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 29
Áreas vastíssimas do continente europeu eram habitadas por sociedades que muito provavelmente classificaríamos como tribais
Poucas regiões do mundo abrigaram um florescimento antigo e vigoroso de organizações estatais. As principais são velhas conhecidas dos livros de história dos ensinos fundamental e médio: a bacia do Mediterrâneo, a Mesopotâmia, as zonas de influência da Índia e da China (e, é claro, a América Central e os Andes).
Temos outros núcleos, mas quase todos são mais tardios e/ou parecem ter adquirido seus Estados, em larga medida, graças à pressão de sociedades estatais que viraram imperiais nas sua vizinhanças. A hoje desenvolvida Europa, aliás, talvez seja o exemplo mais claro: pouco antes do começo da Era Cristã, áreas vastíssimas do continente, incluindo os atuais territórios de Portugal, da Espanha, da França, do Reino Unido, da Alemanha e da Rússia, eram habitadas por sociedades que muito provavelmente classificaríamos como chefias (organizadas, portanto, de um jeito bastante parecido com o modo de vida de Marajó ou do Xingu antes da conquista europeia).
Foi preciso que a Roma imperial fincasse seu gládio (a espada curta romana) em vários desses territórios para que seus moradores enfim conhecessem a mão pesada do Estado. Em última instância, os Estados nacionais modernos da Europa só surgiram porque decidiram recuperar de vez a herança do Império Romano, após alguns séculos de retorno a uma situação muito próxima à de chefias na Idade Média.
Fonte: Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 223 e 224; foto: Surgiu.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Saúde do Planeta nº 36
74% das emissões do Brasil em 2018 estavam relacionadas à agropecuária
Diante das mudanças climáticas, o Brasil tem um desafio que é também uma oportunidade: adaptar seu modelo de agropecuária e, de quebra, cuidar do meio ambiente.
Três quartos das emissões brasileiras estão relacionadas à agropecuária, principalmente pelo desmatamento gerado para a abertura de novas produções.
Industria, energia (especialmente transporte rodoviário) e resíduos completam essa conta.
Fonte: Galileu, edição 329, dezembro de 2018, O país do futuro, páginas 24 e 25; foto: Aprova Total.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 11
O cérebro humano possui 3.300 tipos de células, 86 bilhões de neurônios e 84 bilhões de outras células
3.300 tipos de células estão presentes no cérebro humano, segundo o Brain Cell Census: um projeto de 375 milhões de dólares que foi iniciado em 2017 pelo National Institutes of Health (NIH), do governo americano, e agora publicou seus primeiros resultados.
A complexidade surpreendeu os cientistas – até então, acreditava-se que o cérebro tivesse algumas centenas de tipos de células, não milhares. Além dos neurônios, 86 bilhões deles, o órgão também possui 84 bilhões de outras células, que desempenham diversas funções.
Super Interessante, edição 457, novembro de 2023, Supernovas, página 13; foto: Microsoft Bing.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 12 – Entrevista com Jared Diamond
Más decisões levam certas sociedades ao colapso e boas escolhas permitem a algumas sociedades sobreviver
Colapso foi publicado há seis anos [ em 2005].Você enxerga o mundo de forma mais otimista hoje?
Vejo o mundo de forma similar à que via há seis anos atrás [em 2005]: os mesmos problemas, problemas ficando piores, muitas pessoas fazendo coisas estúpidas e algumas fazendo coisas sensatas.
No livro você cita cinco fatores que levam ao declínio das sociedades. Eles continuam válidos?
Sim. E não irão mudar porque são inerentes ao mundo e à sociedade humana. Impacto no ambiente causado pelo homem, mudanças climáticas, inimigos, amigos e instituições sociais, políticas e econômicas estarão conosco para sempre.
O que podemos aprender com as sociedades que se extinguiram?
[Podemos aprender] Que más decisões levam certas sociedades ao colapso e que boas escolhas permitem a algumas sociedades sobreviver. Podemos então escolher tomar boas ou más decisões, dependendo se queremos ou não entrar em colapso.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 66; foto: Grupo Editorial Record.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 28
As informações a respeito da existência de grandes cidades e impérios do outro lado das montanhas eram vagas e desencontradas
É claro que existiam Estados nas Américas pré-colombianas, mas eles estavam concentrados no México, na América Central e nos Andes. Mais importante ainda, não havia, até onde sabemos, nenhuma conexão diplomática ou política “em tempo real” entre essas entidades estatais. (…)
Do mesmo modo, embora as sociedades indígenas da Amazônia estivessem envolvidas em complexas redes de comércio de longa distância com seus vizinhos andinos a oeste da floresta, as informações que os membros das chefias amazônicas tinham a respeito da existência de grandes cidades e impérios do outro lado das montanhas eram vagas e desencontradas, e ficavam ainda mais genéricas e fantasiosas quando fornecidas pelos grupos Tupi e Guarani do litoral.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 222 e 223; foto: Zarpo Magazine.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
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Saúde do Planeta nº 35
Um aumento de 4ºC da temperatura seria suficiente para arrasar a floresta amazônica, transformando-a em cerrado ou deserto
Assim como na superfície do oceano, os organismos podem gostar de calor, mas as propriedades da água impõem um limite de crescimento.
Richard Betts, do Hadley Center, mostrou como as grandes florestas úmidas tropicais superam, em certo grau, essa limitação adaptando-se ao seu meio ambiente quente para conseguir reciclar água. O ecossistema faz isso sustentando as nuvens e a chuva sobre a copa da floresta, mas essa capacidade é limitada.
Ele e Peter Cox afirmam que um aumento de 4ºC da temperatura seria suficiente para arrasar a floresta amazônica, transformando-a em cerrado ou deserto. Este aumento poderia decorrer em parte das consequências locais de evaporação mais rápida da chuva, mas também de mudanças globais nos padrões de vento em um mundo 4ºC mais quente.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 39; foto: PrePara Enem.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 10
A importância da biodiversidade brasileira
“O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo.”
Jornal Hoje, 8 de dezembro de 2023; foto: Acembra Sincep News.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 11 – Entrevista com Jared Diamond
A chance de um colapso é basicamente 100% se continuarmos a adotar nosso estilo de vida atual
Será que a sociedade atual pode ter o mesmo destino de civilizações como a da Ilha de Páscoa, varrida do mapa por suas atitudes pouco sábias? A resposta, segundo o biogeógrafo americano Jared Diamond, é sim.
E a chance é basicamente 100% se continuarmos a adotar nosso estilo de vida atual, que une destruição dos recursos naturais, mudanças bruscas no clima e fatores políticos, econômicos e sociais que dificultam ou impedem a solução de questões ambientais.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 66; foto: Universo Racionalista.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 27
A diferença crucial foi a ausência de Estado centralizado entre os nativos brasileiros
Em última instância, entretanto, as diferenças de potencial tecnológico e bélico entre os ameríndios brasileiros e os invasores europeus começam a parecer relativamente desimportantes diante da principal distinção entre os dois tipos de sociedade: a presença de Estados politicamente centralizados do lado leste do Atlântico versus a ausência desse tipo de entidade política por aqui.
É claro que existiam Estados nas Américas pré-colombianas, mas eles estavam concentrados no México, na América Central e nos Andes. Mais importante ainda, não havia, até onde sabemos, nenhuma conexão diplomática ou política “em tempo real” entre essas entidades estatais.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, página 222; foto: Aventuras da História.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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Combater o aquecimento global não é só uma questão de vontade e esforço
Combater o aquecimento global não é só uma questão de vontade e esforço: também há um problema de escala envolvido. Isso porque, mesmo com todo o crescimento das fontes renováveis nos últimos anos, 80% de toda a energia consumida pela humanidade ainda é de origem fóssil.
Algumas nações, como o Brasil e a França, já têm matrizes energéticas bem limpas; mas as demais, incluindo os países que mais consomem energia no mundo, ainda são totalmente dependentes da queima de carvão e gás.
Descarbonizar tudo isso (ou uma parte grande o suficiente para frear o aquecimento global), com as tecnologias existentes hoje, será bem difícil.
Fonte: texto: Super Interessante, edição 459, janeiro 2024, páginas 26 e 27; foto: Tempo.com
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Biodiversidade nº 9
Abelhas, uma “sociedade de classes”
Uma colmeia tem [cerca de] 50 mil abelhas, organizadas em três categorias de indivíduo – com características e obrigações diferentes.
Trabalhadoras
São fêmeas e fazem todo o trabalho. Vivem 45 dias. (…)
Zangões (drones)
São machos e bem menos numerosos: há 1 deles para cada 100 trabalhadoras. Sua função é reprodutiva, acasalar com a abelha rainha. (…) Vivem 80 dias.
Rainha
É bem maior do que as outras, porque recebeu a “geleia real”. (…) Acasala com vários zangões para fertilizar seus ovos, que produz em grande quantidade: 1500 por dia. Vivem até 7 anos.
Super Interessante, Edição 459, janeiro 2024, A inteligência das abelhas, página 35. Foto: UPF/Universidade de Passo Fundo.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Colapsos – Série de GaiaNet nº 22
Colapso nº 10 – Entrevista com Jared Diamond
A humanidade, tal como a conhecemos, caminha para o colapso
Para Jared Diamond, biogeógrafo americano que estuda a ascensão e queda das civilizações, o futuro da humanidade, tal como a conhecemos, caminha para o colapso.
Para evitar ou reduzir o aquecimento global e a escassez de recursos naturais é necessário mudar completamente nosso modo de vida.
Super Interessante, Edição Especial, Apocalipse – O fim do mundo, Edição 291-A, maio de 2011, página 65; foto: HipeScience.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Saúde do Planeta nº 34
Quando se trata de previsão do clima, é preciso conhecer a natureza da superfície da terra
Mas, quando se trata de previsão do clima, não basta considerar apenas a física da atmosfera. É preciso levar em conta como o oceano armazena calor e dióxido de carbono, e a dinâmica de suas trocas com a atmosfera. É preciso também conhecer a natureza da superfície da terra – se está ou não coberta de neve faz uma enorme diferença, por exemplo.
As florestas agora conhecidas não são áreas passivas em um mapa, com propriedades climáticas fixas, mas protagonistas vivos do sistema climático. O mesmo acontece com a superfície do oceano e os organismos que vivem nele. As nuvens e partículas de poeira suspensas no ar também exercem um efeito poderoso sobre o clima.
Para levar em conta o grande número de variáveis, precisamos de um computador grande.
James Lovelock, A Vingança de Gaia, Editora Intrínseca, 2006, página 57; foto: Geolnova.
Rui Iwersen, editor de GaiaNet.
Série de GaiaNet nº 21
1501 – O Brasil depois de Cabral nº 26
As armas e armaduras de metal europeias fizeram a diferença nos conflitos com os indígenas
O que talvez tenha feito uma diferença significativa [entre os indígenas e os europeus] do ponto de vista do equipamento bélico foi a presença de armas e armaduras de metal do lado ibérico do conflito.
Embora até as armaduras europeias pudessem ser atravessadas pelas flechas dos Tupinambá de vez em quando, conforme relato de cronistas, é difícil imaginar que a maioria dos confrontos não tenha mostrado a superioridade do aço das espadas, lanças e capacetes do Velho Mundo no combate corpo a corpo.
Os próprios Tupinambá do Maranhão teriam reconhecido esse fato, segundo o frade capuchinho Claude D’Abbeville, ao contarem a seus aliados franceses uma narrativa da criação das diferentes raças humanas na qual as armas metálicas desempenham um papel-chave.
Reinaldo José Lopes, 1499 – O Brasil antes de Cabral, Epílogo – Por que o Brasil pré-histórico foi derrotado, Editora Harper Collins, páginas 221 e 222; foto: 123RF.
Rui Iwersen, médico, editor de GaiaNet.
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